Se o
poder é hoje onipresente,
microfísicos nem sempre
identificável nas suas
fontes de emissão,pouco
adianta combatê-lo
num plano geral, elaborar
estratégias complexas
e utopias de reforma
social. Uma vez
que ele opera nos
particulares, é nos
particulares que é
necessário desestabilizá-lo,
combatendo-o no terreno
acidentado e descontínuo
dos focos de insubordinação.
Foucault então
delineia um modelo
militar de interpretação
da política e da
teoria: não é
a dialética, que esquiva
a realidade, “sempre aleatória
e aberta”, nem
a semiologia que podem
explicar o mundo
político e intelectual,
mas a guerra. E
não só a guerra
guerreada, mas a
“silenciosa” que penetra
no corpo social, de
modo que a política
é a continuação
da guerra com outros
meios e a teoria
é sempre uma arma
que produz poder, reforçando
o velho e contribuindo
para criar um novo.
A dimensão política,
como atividade coletiva tendente
à modificação da
sociedade como um
todo, desmorona ao mesmo
tempo que as ideias
de totalidade e de
dialética.
Nos textos
obscuros sobre os
quais se debruçou,
Foucault escutou a
voz dos pobres, miseráveis,
mendigos e vagabundos.
Ouviu também os libertinos,
doentes venéreos,
devassos e homossexuais,
os anormais, os homens
infames e os
loucos, presos em
hospitais e clínicas
psiquiátricas. Ele ouviu
a voz do outro,
a voz de uma
outra razão.
Apesar de
ser zen, o fazer-nada
para ele não estava
com nada. O filósofo
itinerante admitia que
tinha “uma profunda incapacidade”
de se divertir,
de se distrair,
de cultivar a arte
sublime do ócio.
Ele se encontrava
de outra maneira.
Ser diferente,
pensar diferente, viver diferente,
esses foram seus assuntos
desde o início. Procuravauma saída. Como é
possível admitir a
diferença? Como é
possível reformular
o próprio comportamento
sedimentado pelo habito?
Como é possível resistir
às forças da sociedade
que nos vigiam e
modulam de modo
cada vez mais sutil
e refinado?.
Ele não
queria ficar na prisão
do discurso, no pensar
sobre o pensar, na
concentração filosófica.
Em uma
entrevista, ele diz:
“Eu pareço um pouco
o que as pessoas
chamam de escafandrista,
entre a areia e
o rochedo. E, de
repente, o mar,
finalmente a profundidade.
Eles estão subindo e
eu permaneço quase boiando
na superfície”.
Michel Foucault
mostrou-nos, através de
sua vasta e inquietante
obra, os efeitos normatizantes
dos modos de dominação
na produção da subjetividade
humana. Considerado
um dos filósofos
de maior influência
no pensamento moderno sobre
a sexualidade,
Referências
Foucault, M.
Um diálogo sobre os
prazeres do sexo.
São Paulo: Landy. 1982
Foucault, M.
História da sexualidade
I: A vontade de
saber (8a ed.). Rio
de Janeiro: Graal. 2005.
Foucault, M.
História da sexualidade
II: O uso dos
prazeres (8a ed.).
Rio de Janeiro: Graal.2005.
Foucault, M.
História da sexualidade
III: O cuidado de
si (8a ed.). Rio
de Janeiro: Graal. 2005.
Foucault, M.
O sujeito e o
poder. In H. Dreyfus
& P. Rabinow (Orgs.),
Michel Foucault: Uma trajetória
filosófica: Para além
do estruturalismo e
da hermenêutica Rio
de Janeiro: Forense Universitária.
1995.
Foucault, M.
Estética, ética e
hermenêutica (Obras Essenciales
Vol. 3) (A. Gabilondo,
Trad.). Buenos Aires,
Argentina: Paidós. 1999.
HUMOR
GRÁFICO NA BAHIA
Uma
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K-Lunga, Tischenko, Sinézio Alves, Fernando Diniz, Theo, Lage, Setubal, Nildão,
Ruy Carvalho, Cedraz, Cau Gomez, Bfruno Aziz, Valterio, Flavio Luis, Luis
Augusto, Valmar Oliveira, Andre Leal, Angelo Roberto, Eduardo Barbosa, Gentil,
Jorge Silva, Carlos Ferraz, Helson Ramos, Hector Salas, Tulio Carapiá, Sidney
Falcão são alguns dos artistas cujas obras estarão na mostra.
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Deus, 22, Pelourinho). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra
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