Após abolição
da escravidão em 1888,
a necessidade de
mão de obra, para
a agricultura, principalmente
a do café, em
substituição ao trabalho
escravo, abriu espaço
para a imigração
em larga escala. Até
fins da década de
1940 estima-se que o
Brasil recebeu aproximadamente
5 milhões de imigrantes.
Deste total,
2/3 foram constituídos
por italianos, portugueses
e espanhóis. No 1/3
restante contam-se
principalmente alemães e
japoneses, e grupos
menores de russos,
sírio-libaneses e outros.
Em anos mais recentes,
após a segunda guerra
mundial,
novos contingentes
de imigrantes coreanos,
chineses e de
países sul-americanos, como
Bolívia e Paraguai
aportaram ao Brasil.
Deste modo,
a formação da cultura
brasileira encontra fortes
raízes nas culturas europeia,
indígena, negra além
de influências orientais,
moldando o brasileiro
como indivíduo versátil e
adaptável, aberto ao
contato e a
apreciação das mais
diversas influências
culturais.
INDEPENDÊNCIA
– Com a exploração
dos nossos tesouros o
Brasil ganhou mais habitantes,
alguns deles bem mais
ricos e o país
mais pobre. A população
de Minas Gerais viveu
no final do século
17 uma vida agitada.
Por causa do ouro,
centenas de pessoas
mataram e morreram
(filmes de bangue
bangue perde para esse
cenário). E por
estar mais perto das
minas, o Rio de
Janeiro passou a
cidade de Salvador para
trás e se tornou
a capital. Mas a
população pobre começou
a se movimentar
insatisfeita e, entre
poema satírico e carta
contra o governo, surgiram
os primeiros movimentos
pela independência.
A monarquia
brasileira durou 67
anos e foi uma
época confusa. O imperador
reinava aqui e
em Portugal, fomos até
governados por um
garoto de 14 anos.
Diversos ministros
vieram e caíram. Pedro
I proclamou a Independência
e ninguém ficou sabendo.
O Brasil era uma
colônia composta por
regime muito diferentes.
Várias revoluções explodem em
todo o país a
partir de 1835: Farroupilha
(Rio Grande do Sul),
Revolta dos Malês
(Bahia), Cabanagem
(Pará).
MILITARES -
Em 1864 começa a
Guerra do Paraguai e
a vitória aumentou o
sentimento de que
formávamos uma só
povo. Mas em 1889
os republicanos tramavam
um golpe e Dom
Pedro II é deposto,
o império cai e
o marechal Deodoro da
Fonseca assume. Começa
então o período da
República. Assim quando
um marechal do Exército,
herói da Guerra do
Paraguai derrubou o
imperador, nosso país
passou a conviver coma
grande influência dos militares.
Foi com a ajuda
dos militares que Getúlio
Vargas assumiu a presidência,
e foi por causa
deles que caiu, em
1945. E a caserna
garantiu a posse
de alguns presidentes
e chegou ao auge
do poder em abril
de 1964. Começava então
o mais longo período
de ditadura da nossa
história republicana.
É bom
lembrar que até
o final da Guerra
do Paraguai (1870) não
valia a pena ser
militar no Brasil.
Desde que foi criado
o Exército e a
Marinha ir para
lá era um castigo
reservado para as
pessoas pobres acusadas
de delinquência ou
vadiagem. O conflito
no país vizinho forçou
o Império a criar
um exército de verdade.
Com a vitória no
Paraguai surgiram os
heróis Duque de Caxias
e o marechal Deodoro
da Fonseca. Eles voltaram
da guerra querendo mais
poder. Conseguiram através
de conspirações, tramoias
e sabe lá o
quê...
NAZISTA -
Nos anos 30, para
quem não se lembra,
abrigamos o maior
partido de apoio
a Hitler fora da
Alemanha. Muitos dos
imigrantes alemães nazistas
eram espiões. São Paulo,
Santa Catarina, Rio de
Janeiro entre outros,
saudavam a Alemanha
de Hitler. Em Salvador,
por exemplo, no bucólico
bairro da Saúde chegou
a morar um desses
espiões (dizem a
lenda, se desejar vá
pesquisar e relatar
tal fato). O presidente
Getúlio Vargas gostava
da Alemanha e não
decidia que lado
o Brasil ia apoiar
na Segunda Guerra Mundial.
Sua decisão chegou quando
submarinos alemães bombardearam
navios brasileiros em
agosto de 1942. Então
Getúlio declarou guerra
a Hitler e Mussolini.
As armas secretas no
exterior de Hitler
(no caso Brasil) estavam
nas escolas, clubes e
no alto do morro
de Santa Tereza (vixe
Maria!).
Em 1964,
com a tomada do
poder pelos militares,
ocorreram mudanças que
marcaram profundamente
duas ou três gerações
de brasileiros, até
os dias de hoje.
Por um lado os
militares privilegiaram
o desenvolvimento econômico,
dispostos que estavam
a transformar o
Brasil em uma potência
emergente. Mas, por
outro lado, através de
uma série de "Atos
Institucionais", suspenderam
direitos políticos,
eliminaram a possibilidade
da população eleger o
Presidente da República
e os Governadores
dos Estados, instauraram
uma política de censura,
cerceando a liberdade
de expressão, e iniciaram
uma fase de repressão
e perseguições políticas.
(Mais sobre o assunto
leia “As Ilusões Armadas-
A Ditadura Envergonhada”,
de Elio Gaspari, Cia
das Letras).
JUSCELINO -
Veio o Presidente
Juscelino Kubitschek
que fez o país
acreditar que estava
entrando no primeiro
mundo. Sorridente e jovial
ele prometeu fazer o
Brasil saltar 50 anos
em 5. E se
o antecessor queria que
todas as grandes empresas
que operasse no Brasil
fossem nacionais, Juscelino
saiu em busca de
empresas de todo
lugar do mundo para
priorizar áreas de
energia, industria,
transporte, alimentação
e educação. A Volkswagem
começou a fabricar
aqui Fuscas e Kombis.
As pessoas passaram a
ter em casa liquidificadores,
vitrolas, geladeiras,
enceradeiras, televisores.
Foi uma grande empolgação.
As rodovias
asfaltadas triplicaram,
construíram hidrelétricas,
Brasília surgiu como
a cidade mais moderna
do planeta, mas a
felicidade estava chegando
em um final não
tão feliz assim pois
o país endividava
demais. O governo
gastava muito mais
que arrecadava e o
dinheiro estrangeiro
não foi suficiente
para segurar o rombo.
A inflação saltou de
19% para 30% ao
ano (1958). Nas eleições
Juscelino estava mal
e em 1964 um
golpe militar mudou todo
o cenário.(Leia: “Feliz
1958 o ano que
não devia terminar”,
de Joaquim dos Santos,
editora Record para
sacar mais sobre o
assunto) Fecha as
cortinas!. O resto
você deve ter acompanhado...
EXTERMÍNIO
(ou a arte
de não ver)
A história
é crônica da destruição
e das ruínas das
coisas corroídas pelo tempo.
A história é massacre
que o presente sem
memória converte em
progresso. O historicista
procura empatia com
o vencedor. Os que
conseguiram a vitória
participam do cortejo
triunfal que conduz
os dominadores de
hoje a tal posição
na medida em que
passam sobre os vencidos
que jazem no chão.
O contato entre culturas
diferentes, no passado,
foi trágico. O engajamento
europeu com os
povos nativos das Américas
foi trágico. A Europa
enriqueceu com os
genocídios nas Américas.
Em 1492, cerca de
100 mil povos nativos
viviam nas Américas.
No fim do Século
XIX, quase todos eles
tinham sido exterminados.
Quando os
espanhóis chegaram nas
Américas, destruíram
tudo e todos que
encontraram pelos caminho.
Colombo fez pior
que Hitler e a
História esconde esses
fatos. Mataram, estriparam,
queimaram, vivos. Esses
conquistadores espalharam
sua missão civilizatória
ao longo das Américas
Central e do
Sul matando todos os
povos indígenas. Os missionários
franciscanos usaram trabalhos
escravos em campos
de concentração e
exterminaram milhares de
povos. Os que cometeram
atrocidades foram credenciados
como heróis. E o
Vaticano beatificou
muitos desses assassinos.
Política e religião
quando se junta, haja
exterminação.
E o
abatedouro continuou
até chegar nos dias
atuais onde o princípio
do genocídio que o
oponente é melhor
oprimido quando não
podemos vê-lo continua.
“Nós nos tornamos todos
hábeis na arte de
não ver”.
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nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Brotas),
Galeria do Livro (Espaço Cultural Itau
Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (Barris em
frente a Biblioteca Pública) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras, 28,
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