Há 120 anos perdiam muito tempo
para abotoar todas as roupas, botas, bolsas e outros objetos. Pensando em
facilitar a vida das pessoas que o americano W. Litcomb Judson decidiu, no
final do século 19 (exatamente em 1893), se dedicar ao desenvolvimento de algum
apetrecho que pudesse solucionar essa questão. Ele patenteou um sistema de
fecho que era feito de garranchos e fendas que se agarravam para abrir e
fechar. Ainda era um esboço do que conheceríamos mais tarde como zíper. Com a
ajuda do engenheiro Gideon Sundback ele produziu um fecho semelhante só que sem
os ganchos pontiagudos, usado no lugar dentes de metal. Tal tipo de fecho era
usado para bolsinhas que guardavam tabaco e dinheiro.
Além da função de fechar e abrir,
o zíper garantiu seu lugar como um dos objetos mais sexy do planeta. No
libidinoso ano de 1893, um francês criou o underwear feminino, mas foi o
americano W. Litcomb Judson que inventou o zíper para substituir o laço das
botas de cano alto.
Em 1917, a marinha americana
começou a fabricar jaquetas impermeáveis com fechos. Em 1919, eles já eram
usados maciçamente pelas forças armadas, em roupas e equipamentos. Em 1920, o
zíper estava realmente na moda e podia ser encontrado em todos os tipos de roupas,
sapatos e bolsas.
A empresa B. F. Goodrich produziu
uma bota de borracha com o novo fecho, o acessório se tornou popular. O nome
zíper foi adotado também nessa época por B.G. Worth. O exército americano notou
o potencial da peça e, durante a Primeira Guerra Mundial, os zíperes
arrematavam as roupas, os sapatos e as mochilas dos soldados.
Muito antes de serem associados,
nos anos 50, ao símbolo número 1 de rebeldia no cinema: as
jaquetas de couro.
Quem não se lembra do modelo eternizado por Marlon Brando no filme O Selvagem?
Durante os anos 30, Elsa Schiaparelli foi a primeira estilista a usar fechos
aparentes, como um enfeite, em suas criações. Desde então, por várias vezes, o
zíper entrou e saiu da moda, tendo sido usado por estilistas e designers. A
coleção de Christian Dior, para o verão do ano 2000, teve, como estrela
principal, o zíper, usado de todas as formas, na vertical, horizontal, nas
barras das calças e até no cabelo.
Depois disso, a história do
acessório foi um sucesso só. Prático e estiloso, não há como resistir a suas
mil e uma funções. Além da sua praticidade incontestável, o abrir e fechar dos
fechos fez com que ele se tornasse um símbolo de sensualidade, muito usado em
roupas e acessórios fetichistas.Era o fecho éclair.
Nos últimos desfiles da SP
Fashion Week, o estilista Alexandre Herchcovitch investiu forte nos zíperes,
que aparecem como elemento indispensável para compor o estilo rock de jaquetas
e vestidos pretos. No início dos anos 70 foi muito usado nas coleções de Courrèges.
O aviamento em versão 96 ganhou uma boa variedade de cores e materiais, como os
de acrílico, que não oxidam e nem perdem a forma quando lavados.
Hoje em dia, apesar de ter
ganhado o posto de acessório fashion, o aviamento também tem a sua função fetichista:
“É uma coisa que sobe, escorrega e desce. Uma coisa bem rapidinha, sabe?”,
brinca uma conhecida estilista baiana. O zíper também pode ser usado em tops e
blusas na medida em que cada pessoa quiser. Isso pode ser muito interessante e
sexy.
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