BAIRRO DA PAZ
Localizado na zona
norte de Salvador, os imigrantes da área rural se uniram em 1982 para a
construção do Bairro da Paz. As interdições na Avenida Luís Viana Filho
(Paralela) eram constantes, por isso mesmo o primeiro nome: Malvinas,
comparação à guerra travada entre a Argentina e Inglaterra pela posse do
arquipélago de mesmo nome. Em 1988 uma assembleia na Praça das Decisões definiu
o nome para Bairro da Paz. As lutas amadureceram o espírito de união e
organização em prol do coletivo. E hoje o lugar ainda preserva a característica
que garantiu sua sobrevivência: a união. Agindo em grupo, os moradores
conseguiram melhorias para o bairro e dão exemplo de organização. Vista logo na
principal entrada, pela Paralela, nas cores verde, azul e branca, a bandeira
traz uma pomba e a frase: A Paz se faz. O desenho foi escolhido através de um
concurso entre jovens do bairro em 2005.
BOCA DO
RIO
Suas ruas são
estreitas e tortuosas. Foi nas imediações da foz do hoje poluído Rio das
Pedras, perto da rede do Esporte Clube Bahia, onde existia, nos anos 40 do
século passado, um aglomerado de pescadores, que surgiu a Boca do Rio. A
proximidade da foz deu origem à denominação. O bairro se adensou. O Alto do São
Francisco abriga uma igreja de mesmo nome. Na marginal da Avenida Octávio
Mangabeira há enfileirada uma variedade de bares e restaurantes que alterna o
luxo e o pobre. No alto da Estrada do Curralinho está a Praça da Mãe Preta e
marco de onde a duna coberta de vegetação separa os prédios do Imbuí da janela
que se espraia do lado do oceano. O bairro já foi o preferido da boemia e da
elite cultural, que não dispensava o banho de mar na Praia dos artistas.
BONFIM
Como em
toda a Península
de Itapagipe, o bairro
do Bonfim contrasta
com os tempos modernos
ao manter o clima
bucólico e as
mesmas características de
há 50 anos, quando
residências de arquitetura
moderna, a maioria
de dois pavimentos,
abrigava uma significativa
parcela das classes
média e alta da
cidade. Essas casas
foram construídas na
planície que se
espraia no sopé
da Colina Sagrada, conhecida
como Baixa do Bonfim,e,
também, do lado
da Baía de Todos
os Santos, no chamado
Belvedere do Bonfim.
Uma das marcas do
Bonfim é a de
seu centro de romarias
e de turistas de
todo o mundo. A
festa em louvor ao
santo maior da Bahia,
que acontece em janeiro,
tem o seu ponto
alto na quinta-feira
da lavagem. O comércio
sustentado pela fé
fez proliferar inúmeros ambulantes
no entorno do templo,
que, entre outras coisas,
comercializam as famosas
fitinhas do Senhor
do Bonfim. Há ainda
as tradicionais casas
de objetos religiosos
que funcionam junto à
igreja.
O clima
praiano é outro
ponto positivo destacado
pelos moradores do Bonfim.
As águas serenas da
Baía de Todos os
Santos oferecem o prazer
de um banho de
mar ou de uma
caminhada ao longo
da Avenida Beira Mar,
que margeia o oceano
entre o Bonfim e
a Ribeira. Ponto mais
alto da Cidade Baixa,
a Colina do Bonfim
sempre foi um local
de convergência religiosa.
Visível de quase
toda a encosta de
Salvador, a Igreja
do Bonfim, do alto
da colina, funciona como
uma sempre presente guardiã
de toda a cidade.
A imagem sagrada do
Senhor Crucificado, medindo
1,06 metros, foi esculpida
em Portugal. Os vários
mirantes existentes
no Adro do Bonfim
oferecem vistas indescritíveis.
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