Já a população urbana, que vive
distanciada das áreas indígenas, tende a ter deles uma imagem favorável, embora
os veja como algo muito remoto. Os índios são considerados a partir de um
conjunto de imagens e crenças amplamente disseminadas pelo senso comum: eles
são os donos da terra e seus primeiros habitantes, aqueles que sabem conviver
com a natureza sem depredá-la. São também vistos como parte do passado e,
portanto, como estando em processo de desaparecimento, muito embora, como
provam os dados, nas três últimas décadas tenha se constatado o crescimento da
população indígena.
Só recentemente os diferentes
segmentos da sociedade brasileira estão se conscientizando de que os índios são
seus contemporâneos. Eles vivem no mesmo país, participam da elaboração de
leis, elegem candidatos e compartilham problemas semelhantes, como as
conseqüências da poluição ambiental e das diretrizes e ações do governo nas
áreas da política, economia, saúde, educação e administração pública em geral.
Hoje, há um movimento de busca de informações atualizadas e confiáveis sobre os
índios, um interesse em saber, afinal, quem são eles.
Qualquer grupo social humano
elabora e constitui um universo completo de conhecimentos integrados, com
fortes ligações com o meio em que vive e se desenvolve. Entendendo cultura como
o conjunto de respostas que uma determinada sociedade humana dá às experiências
por ela vividas e aos desafios que encontra ao longo do tempo, percebe-se o
quanto as diferentes culturas são dinâmicas e estão em contínuo processo de
transformação. O Brasil possui uma imensa diversidade étnica e lingüística,
estando entre as maiores do mundo. São 215 sociedades indígenas, mais cerca de
55 grupos de índios isolados, sobre os quais ainda não há informações
objetivas. 180 línguas, pelo menos, são faladas pelos membros destas
sociedades, as quais pertencem a mais de 30 famílias lingüísticas diferentes.
No entanto, é importante frisar
que as variadas culturas das sociedades indígenas modificam-se constantemente e
reelaboram-se com o passar do tempo, como a cultura de qualquer outra sociedade
humana. E é preciso considerar que isto aconteceria mesmo que não houvesse
ocorrido o contato com as sociedades de origem europeia e africana. No que diz
respeito à identidade étnica, as mudanças ocorridas em várias sociedades
indígenas, como o fato de falarem português, vestirem roupas iguais às dos
outros membros da sociedade nacional com que estão em contato, utilizarem
modernas
tecnologias (como câmeras de vídeo, máquinas fotográficas e aparelhos de
fax), não fazem com que percam sua identidade étnica e deixem de ser indígenas.
A diversidade cultural pode ser
enfocada tanto sob o ponto de vista das diferenças existentes entre as
sociedades indígenas e as não-indígenas, quanto sob o ponto de vista das
diferenças entre as muitas sociedades indígenas que vivem no Brasil. Mas está
sempre relacionada ao contato entre realidades socioculturais diferentes e à
necessidade de convívio entre elas, especialmente num país pluriétnico, como é
o caso do Brasil. É necessário reconhecer e valorizar a identidade étnica
específica de cada uma das sociedades indígenas em particular, compreender suas
línguas e suas formas tradicionais de organização social, de ocupação da terra
e de uso dos recursos naturais. Isto significa o respeito pelos direitos
coletivos especiais de cada uma delas e a busca do convívio pacífico, por meio
de um intercâmbio cultural, com as diferentes etnias.
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Canções da musica brasileira que ouço o tempo todo
(Vol.4)
Dor de cotovelo, Péri (2o Tempo)
Radioatividade, Vivendo do Ócio (O Pensamento é um imã)
Andaluz, Viola de Arama (Viola de Arame)
Luandê, Gilberto Gil/Ederaldo Gentil (Pérolas Finais)
Ilha de Maré, Mariene de Castro (Abre Caminho)
Lição de vida, Juliana Ribeiro (Juliana Ribeiro)
Cocada, Rita Ribeiro (Tecnomacumba)
Memórias das águas, Maria Bethânia (Pirata)
Chegar à Bahia, Clécia Queiroz (Clecia Queiroz)
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nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Brotas),
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