12 abril 2013

Cognomes nos quadrinhos



Alguns críticos define os autores de quadrinhos conforme seu estilo.

Benjamin Rabier, cognominado de La Fontaine das HQs. É o autor de Gédèon. Nasceu em 1869, em Roche-sur-Yon e morreu em l939.

Harold Foster, desenhista de Tarzan e criador do Príncipe Valente foi cognominado de o Griffith dos Quadrinhos.

Milton Caniff foi cognominado o Hemingway dos Quadrinhos. Foi também considerado o Rembrandt dos Comic Strips (título de um livro biográfico a seu respeito). John Paul Adams escreveu: “Milton Caniff é outro Rembrandt van Rijn. No senso que ele personifica a arte mais popular de seu tempo, tal como Rembrandt personificou a arte mais popular de seu tempo. E também no sentido que (Caniff) deu uma nova grandeza ao seu veículo”.



Sempre foi considerado um dos poucos desenhistas de hqs que conseguiu elevar seu trabalho ao nível de pura arte. Seja no seu traço, técnica de desenhos, na linguagem cinematográfica, ou no  seu texto modelar, mas também no seu comportamento como profissional. Sua linguagem de cinema nos quadrinhos, frequentemente levava a comparações com o mestre John Ford. Isso ficou patente quando matou uma das personagens principais da historieta Terry e os Piratas, provocando revolta dos leitores, e, numa tira horizontal, sem divisão de quadrinhos, mostrou o enterro simples da heroína como numa panorâmica “johnfordiana”. Mas, seu ídolo cinematográfico era o mestre Alfred Hitchcock, de quem não perdia um filme. Quando Marilyn Monroe surgiu como sex symbol, o escritor Prêmio Nobel de Literatura, John Steinbeck, citou sexy Madame Dragão como sua preferida. Mas era com Hemingway que Caniff mais se parecia com escritor. Dono de um estilo seco, telegráfico, direto, usando termos precisos e abordando temas “controversos” (como o tráfico de drogas feito por crianças vietnamitas, na guerra), conseguiu um equilíbrio total na colocação de suas aventuras com a realidade da época.


 

Will Eisner foi cognominado o Orson Welles das HQs.

Hogarth foi cognominado o Miguel Angelo dos Quadrinhos.

Stan Lee é considerado o Raskolnikov dos Quadrinhos. É também conhecido como o Homero do Século XX.

Guido Crepax, o criador de Valentina, foi considerado o Godard dos quadrinhos. O milanês Crepax radicalizou a experimentação visual no meio HQ. Com um traço barroco, ele começou a usar a diagramação da página parta quebrar o formato estabelecido pelas tiras americanas. Outra inovação foram suas visitas ao mundo dos autores clássicos, como Sade, Masoch, Bram Stocker, Henry James e outros.


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