Artista
plástico. Nasceu em Salvador simultaneamente na Semana de Arte
Moderna, no dia 09 de novembro de 1922 (há 90 anos). Autodidata em
pintura. Começou a pintar ainda criança, fazendo figuras e
paisagens para presépios de Natal. Em 1946 formou-se em Odontologia,
tendo exercido por pouco tempo a clínica sem entretanto deixar de
pintar.
Pintor
autodidata, influenciado por Torres Garcia, experimentando uma
aproximação com o concretismo nos anos 60 e voltando, no final da
vida, às formas circulares. Essas “mandalas”, não são
referenciais. Elas têm um sentido universal, ecumênico. Participou
do movimento renovador das artes iniciado na Bahia em 1946/47. Em
1948 passou a dedicar-se exclusivamente às artes plásticas.
Bacharelou-se em Jornalismo no ano de 1953. Em 1957 transfere-se para
o Rio. Ganha, em 1962, o prêmio de viagem ao estrangeiro no XI Salão
Nacional de Arte Moderna.
Viaja
para a Europa onde permanece três anos e meio visitando museus,
exposições e galerias de arte, interessando-se principalmente pela
arte negra e dos povos primitivos e informando-se na época sobre o
que havia da chamada vanguarda nos países ditos
desenvolvidos/industrializados.
Viaja
pela Inglaterra, França, Holanda, Bélgica, Alemanha, Áustria,
Espanha, Portugal e Itália. Fixa-se em Roma, aí trabalha e expõe.
Percorre toda a Itália. Visita as Bienais de Veneza de 1964 e 1966.
Vai à África participando da Exposição de Arte Contemporânea do
I Festival Mundial de Arte Negra, 1966, Dacar, Senegal. Retorna a
Roma. Volta para o Brasil em setembro de 1966, atendendo convite do
então Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília.
De 1949 a
1955 participou do Salão Baiano de Belas Artes. Em 1950, dos Novos
Artistas Baianos. Em 1955, da III Bienal de São Paulo. Em 1966, a
convite, da I Bienal Nacional de Artes Plásticas, em Salvador, com
Sala Especial, obteve Prêmio Especial pela Contribuição à Pintura
Brasileira. Nesse mesmo ano participa de uma mostra coletiva
contemporânea em Roma. Com seis grandes relevos denominados
Emblemas, participou como artista convidado da I Bienal Internacional
de Arte Construtivista Nuremberg, Alemanha, em 1969; do Panorama de
Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e da X
Bienal de SP.
Nos anos
70 participou da II Bienal de Artes Plásticas Coltejer, em Medellin,
Colombia; II Festival de Arte Negra, em Lagos, na Nigéria; Fundação
Cultural do Distrito Federal, em Brasília; Museu de Arte Moderna do
Rio de Janeiro; Museu Nacional de Belas Artes, em Santiago, Chile;
Japão, entre outras.
Seu
primeiro prêmio foi em 1955, Universidade da Bahia, no Salão Baiano
de Belas Artes. A partir daí não parou mais com muitas exposições
individuais, centenas de mostras coletivas e inúmeros prêmios. Em
1974 o cineasta Aécio Andrade dirigiu um curta metragem em cores:
Rubem Valentim e sua Obra Semiológica. André Paluch dirigiu nesse
mesmo ano o curta em cores Artistas Brasileiros no Museu de Ontário,
Canadá, e o crítico de arte Frederico Morais produziu o
audio-visual A Arte de Rubem Valentim.
Suas
obras estão espalhadas por diversos museus, galerias, nas ruas, além
de várias coleções importantes particulares no Brasil e no
estrangeiro. Um bom exemplo: Museu de Arte Moderna de São Paulo,
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de SP, Museu de Arte
Moderna do Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes do RJ,
Galeria Nazionale d’Arte Moderna de Roma, Itália; Museu de
Ontário, Canadá; Palácio Residencial do Governo da Bahia, Ondina,
Salvador; Palácio do Governo do Zaire, Kinsasha, África; Embaixada
do Brasil em Roma e Bogotá; Museu de Arte e História de Genebra,
Suiça; Museu de Arte Moderna de Paris, França; Museu de Lagos,
Nigéria, entre outros.
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