O
quadrinista Laerte criou uma série com uma protagonista negra:
Suriá, a Menina do
Circo, criada para o suplemento infantil do jornal Folha
de S.Paulo entre 1997 e 1998. Narra as aventuras de uma trapezista
mirim às voltas com animais, reais e de fantasia, em seu cotidiano
de circo.
Os pais
de Suriá são malabaristas e a filha, que nasceu e vive dentro de um
circo, também segue o mesmo caminho. Como a companhia está sempre
em movimento, se apresentando em várias cidades, Suriá vive
trocando de amigos e a convivência com os artistas e os animais do
circo acaba sendo muito intensa.
Da mesma
graça de cartunistas de Laerte, Angeli criou a adolescente negra
Tantra, as voltas com conflitos emocionais dessa fase da vida
mas não reflete questões de etnia ou preconceitos. Luke e Tantra
são ligadas em som e retratam um universo de adolescentes da classe
média paulistana. Uma delas é alta, magra e não tem bunda nem
peito; a outra é bunduda e peituda, mas muito baixinha. Criaram uma
webcam, em que jogam suas intimidades na rede e são vistas por gente
dos quatro cantos do mundo.
Já a
dupla Black Little Skots são dois
rapazes negros que criam, propositalmente, situações em que o
racismo e os estereótipos são explorados de forma provocativa.
No ano
2000 surge a menina Luana, criada por iniciativa de Aroldo
Macedo, um dos criadores da revista Raça,voltado ao público negro.
A personagem venceu como projeto voltado para crianças negras com
intenção de lhes elevar a autoestima e combater o preconceito.
Garota
simpática e ativa, Luana é praticante de capoeira, líder de uma
turma de crianças que entre uma aventura e outra aborda temas da
cultura afro brasileira. As histórias são roteirizadas por Dejair
da Mata e desenhadas por Mingo de Souza.
No final
de 2008 o baiano Flávio Luiz lança o álbum Au, o
Capoeirista tendo um negro como protagonista. Humor e
aventura de forma bem equilibrada, aborda vários elementos da cidade
de Salvador como música e culinária. Exímio lutador, Au vale-se de
sua astucia e inteligencia para solucionar os problemas. A história,
ambientada em Salvador, é repleta de aventura, humor, consciência
ecológica e mostra o cotidiano do capoeirista mirim Aú e seu
inseparável amigo, o macaquinho Licuri.
O
adolescente investiga o desaparecimento de uma garota francesa
sequestrada no Pelourinho ao presenciar o início de um incêndio. A
investigação do capoeirista Au o leva à ilha particular do
misterioso Armando Confuzionni. A partir daí o leitor vai encontrar
muita ação pelas ladeiras do Pelô e outros pontos da cidade, além
de uma eletrizante perseguição de jetskis nas águas da Baía de
Todos os Santos.
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