Filho de imigrantes italianos. Fã de
Millôr Fernandes, Jaguar e Ziraldo. Publicou seu primeiro
desenho na extinta
revista Senhor, aos 14 anos. E desenvolveu um gosto por tipos urbanos com
comportamentos fora do padrão. Autor de vários livros, participante de alguns
festivais de comics da Europa e colaborador do jornal Diário de Notícias de
Lisboa, Angeli teve seus trabalhos publicados pelas revistas Linus (Milão), El
Víbora (Barcelona) e Humor (Buenos Aires).
Atualmente, trabalha com exclusividade
para a Folha de S.Paulo e para o provedor Universo Online, desenvolvendo
quadrinhos animados para a Internet. Seus trabalhos já foram adaptados para o
teatro e para a televisão. Grande parte dos seus personagens podem ser conferidos
também no cinema, no longa de animação Wood & Stock: sexo, orégano e
rock´n´rol, dirigido por Otto Guerra.
Outra forte característica do seu trabalho
é o humor político – nenhum presidente escapou das tirinhas do paulistano. “Por
meio dos pincéis do cartunista paulistano Angeli, José Sarney virou um ator
mexicano de segunda categoria, Fernando Collor surgiu envergando uma faixa
presidencial feita de correntes de ferro, Itamar Franco teve comentadas suas
propagadas limitações intelectuais e Fernando Henrique Cardoso, sua ilimitada
vaidade”, publicou a revista Veja.
Só para o ex-presidente Lula foram mais
de 200 charges que praticamente contam a história de seus oito anos de mandato.
“Humor a favor não é comigo. Deixo isso para os publicitários”, disse. “Angeli
é o melhor chargista do Brasil”, diz o cartunista Laerte. “Ele fez o que todo
humorista deve fazer, que é manter-se cético em relação a qualquer governo. Nenhum
deles jamais vai conseguir sua adesão”.
“Charge política eu faço mais por raiva
do que por prazer, os quadrinhos eu faço por prazer. Na
charge utilizo a visão
que estou tendo da coisa como cidadão comum, para passar um recado”, disse numa
entrevista a Caros Amigos (n.50, maio de 2001, pags.30 a 37. Pags 30 a 37). “Fazendo charge
política, vi que não gosto da política oficial, por isso faço com raiva. Tem
chargista que gosta. O Chico e o Paulo Caruso gostam. Eles desenham passo a
passo cada trama política. Eu já faço uma charge mais ampla, nem sempre
consigo, mas procuro não desenhar políticos. O meu lance é criar personagens,
construir o mundo do personagem, quer dizer, eles são melhor construídos do que
desenhados”.
Recebe diversas propostas para colocar
seus personagens em campanhas publicitárias mas ele não aceita. É um princípio
seu. A Rede
Globo já convidou diversas vezes para ele fazer charge, não
aceitou. O Millôr aceitou. “Antes de tudo, não sinto vontade”, respondeu.
“...já fiz desenhos de graça pra entidades, campanhas sociais, pra fanzine de
moleque, não tem problema, mas, quando é uma empresa do tamanho da Globo, da
Abril, propor fazer um desenho de graça chega a ser ofensivo”, disse para a
revista Caros Amigos.
Angeli
não é de oposição nem de situação. É do contra. Desenha há 37 anos contra a
politicagem, contra o politicamente correto – e a favor do grande orgasmo
universal
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