O teórico
canadense Marshall McLuhan
ficou famoso por suas
posições polêmicas
no campo da comunicação.
Ao publicar seus livros
em meados da década
de 1960 sobre o
assunto, criou inimigos
das mais variadas tendências,
principalmente no campo
acadêmico da comunicação.
O motivo foi simples.
McLuhan era professor
de literatura, enquanto
a maioria absoluta dos
pesquisadores eram sociólogos
ou jornalistas.
Respeitado,
mais criticado do que
lido, mais citado do
que estudado, McLuhan tornou-se
uma espécie de referência
obrigatória como modelo
negativo de pesquisas.
O que ele fez
foi identificar fenômenos
preexistentes, deu-lhes forma
histórica e sistematizou-os.
Mostrou a independência
do meio em relação
às outras partes do
processo comunicativo.
O que
ele fez foi focar
não nas ideologias
das mídias e sim
na interferência delas
nas sensações humanas, de
onde criou o conceito
de “meios de comunicação
como extensão do homem”,
o título de uma
de suas obras. Precursor
dos estudos midiológicos,
McLuhan defendeu que
os próprios meios são
a causa e o
motivo das estruturas
sociais.
Sua tese
pode ser resumida em
quatro teorias:
1. “Os
meios de comunicação
são extensões do homem”. Para McLuhan
o homem age sobre
a natureza criando extensões
de seu próprio corpo.
Nesse sentido, a roupa
é extensão da pele,
a faca é uma
extensão dos dentes,
o livro é uma
extensão de nossa
memória. E todo
meio de comunicação
também é uma extensão
– o rádio da boca
(para quem fala) e
do ouvido (para quem
ouve), enquanto que a
televisão dos olhos
e do ouvido, o
computador de nosso
cérebro. O teclado
do computador é um
prolongamento dos dedos,
as rodas do carro
são prolongamento dos
pés. Os óculos são
prolongamento dos olhos,
desembocando em uma
espécie de Homo
Techinologicus integrado
à máquina.
2. “O
meio é a mensagem”.
O próprio meio de
comunicação condiciona
a mensagem por ele
transmitida. Um programa
de tevê só possui
esses atrativos por ser
um programa de televisão,
da mesma maneira que
um texto como este
muda radicalmente de
interpretação se lido
impresso ou na
tele de um computador.
Para ele o importante
é que todo meio
de comunicação modifica
a psicologia e a
forma de organização
social das pessoas que
o utilizam. Quando o
ser humano se organizava
em pequenas aldeias a
comunicação era predominantemente
oral. As pessoas recebiam
informações pelo ouvido
e a visão era
um sentido a mai
que permitia captar o
gestual de quem
falava. Havia um
contato direto entre
o emissor e o
receptor. Era uma
comunicação com envolvimento
e voltada para a
prática.
3. “Aldeia
Global”. Com o
avanço das telecomunicações,
as distâncias foram encurtadas,
as diferenças nacionais
relegadas a segundo
plano e o mundo
interno “retribalizado”,
ligado em uma única
“aldeia global”.
Em seu livro “O
meio é a mensagem”,
ele afirmou que “a
nova interdependência eletrônica
cria o mundo à
imagem de uma aldeia
global”. Quando ele
falou isso, a coisa
mais parecida com Internet
que existia eram as
redes de computadores
militares norte americanos.
Computador pessoal era
apenas um sonho no
distante ano de
1964. Hoje a Internet
coloca o conhecimento
à disposição das pessoas
em qualquer parte do
mundo.
4. “Os
novos meios acabaram com
a linearidade da
leitura”. Segundo
ele, até o advento
da imprensa, a comunicação
requisitava todos os
sentidos do homem,
não apenas seus olhos.
O surgimento da imprensa
reorganizou as informações
de forma linear, dispensando
o concurso dos outros
sentidos para a
compreensão.
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