James Bond faz mais de 50 anos de cinema (3)

AS VÁRIAS FACES DE 007

O agente secreto 007, sempre a serviço da Rainha da Inglaterra, já enfrentou as mais dolorosas tortura, escapou de ciladas inacreditáveis e amou mulheres deliciosas. Capaz das façanhas mais absurdas, Bond combateu metralhadores pilotando uma mini helicóptero, fugiu de uma ilha pisando sobre jacarés, e aterrissou um avião supersônico num posto de gasolina para abastecer. Quase foi dilacerado por um raio laser e cremado dentro de um caixão de defunto.

Felizmente, sobreviveu. Bond, que estreou no cinema em 1962, já foi interpretado por Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore e Timothy Dalton. Mesmo assim – com os Beatles e a minissaia, outros ídolos dos anos 60 – permanece na moda. Todos os filmes de 007 podem ser encontrados em DVD.

SEAN CONNERY:

1962 – “O Satânico Dr. No” (Doctor No). Direção de Terence Youg. Com Sean Connery, Ursula Andress e Joseph Wiseman. O primeiro filme da série virou objeto de culto e é considerado um dos melhores até hoje. James Bond vai à Jamaica investigar a morte de outro agente e encontra uma organização criminosa dirigida por um chinês, o Dr. No. Foi o diretor Young que criou o estilo para Connery interpretar Bond, com um leve toque irônico de humor. Aparece aqui também pela primeira vez, o tema musical que ficou famoso, criado por Monty Norman, e que depois acompanharia a série toda. Sequência memorável: a aranha andando no corpo de Bond na cama do hotel. O filme custou um milhão de dólares, e arrecadou 56 milhões.

1963 – “Moscou Contra 007” (From Russia Whit Love). Direção de Terence Young. Com Connery e Daniela Bianchi. Agora a ação se passa em Istambul, onde 007 se envolve com uma agente russa e a trama da Spectre (Serviço Secreto russo). A italiana Bianchi ( que faz a agente russa dissidente) era inexpressiva e não fez carreira. Matt Monro canta a música-tema, que fez muito sucesso, sendo aqui o primeiro contato do músico John Barry com a série. A maleta 007 foi inventada para este filme. Sequência memorável: a longa e violenta luta dentro do Expresso Oriente, entre Bond e o gélido Rede Grant (Robert Shaw). Considerado por muitos como o melhor filme do espião. A luta entre Bond e Grant no Expresso do Oriente foi considerada tão violenta que, por muitos anos, foi exibida com cortes na TV.

1964 – “007 Contra Goldfinger” (Goldfinger). Direção de Guy Hamilton. Com Connery e GertFrobe. Esta terceira aventura do herói passa-se quase inteira nos EUA, onde o vilão Auric Goldfinger (interpretado pelo alemão Gert Frobe) planeja assaltar Fort Knox, depósito das reservas americanas de ouro. Shirley Bassey canta a música-tema, grande sucesso. A cena do raio laser que caminha cortando uma mesa de aço, em cima da qual Bond está amarrado, a caminho daquilo que o herói mais preza para impressionar as mulheres, causa calafrios em qualquer um. Teve US$ 3 milhões de orçamento e US$ 124 milhões de arrecadação.

1965 – “007 Contra Chantagem Atômica” (Thunderball). Direção de Terence Young. Com Connery, Claudine Auger e Adolfo Celi. Em sua quarta aventura cinematográfica, James Bond enfrenta o vilão Largo, que procura deflagrar, para a temível organização Spectre, a Terceira Guerra Mundial. O alvo é Miami e Cabo Kennedy. O filme tem Claudine Auger no papel do Dominó, a bela agente inimiga que 007 se encarrega de conquistar. O clima é de guerra fria e a canção-tema, de Don Black e John Berry, é interpretada por Tom Jones.

1967 – “007 só se Vive Duas Vezes” (You Only Live Twice). Direção de Lewis Gilbert. Com Sean Connery. Akiko Walabayashi, Tetsuro Tamba e Mia Hama. Conney estavacansado do papel e o diretor aproveitou a irritação e mostrou 007 mais racista e machista do que nunca. Na história, o herói vai à Asia para descobrir qual é a grande potência que está patrocinando os planos da Spectre para deflagra uma guerra mundial. Começa com uma aventura no espaço e tem o seu desfecho num vulcão extinto, onde funciona o “QG” dos vilões. A melhor sequência é a de Bond, num mini-helicóptero, enfrentando cinco helicópteros portando metralhadoras, enviados pelo seu inimigo mortal para matá-lo. Nancy Sinatra canta a canção-tema de John Berry e Lesli Bricusse, outro sucesso.

1971 – “007 Os Diamantes são Eternos” ( Diamonds Are Forever). Direção de Guy Hamilton. Com o retorno de Connery e Jill St John. Bond descobre um contrabando de diamantes e um enorme aparelho de raios laser para destruir o governo norte-americano. Há uma ótima luta dentro de uma elevador ( em Amsterdã), uma boa perseguição de carros pelas ruas de Las Vegas e um momento em que Bond quase é cremado dentro de um caixão.

1983 – “Nunca Mais outra Vez” (Never Say Never Again).Direção de Irvin Keershner. Com Connery, Klaus Maria Brandauer e Kim Basinger. Após vãrias tentativas, Kevin McClory conseguiu criar um filme de Bond só seu e ainda atraiu Connery para o papel. Refilmagem de “Thunderball”. E a Spectre ameaça novamente o mundo. Desta vez com armas nucleares. Música de Michel Legrand.

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