A Igreja Católica proibiu toda
música que contivesse polifonia (mais de uma linha musical em execução
simultânea), temendo que as pessoas fossem levadas a duvidar da unidade de
Deus. A Igreja proibiu também o intervalo da quarta aumentada (a distancia
entre a nota dó e fá sustenido), também conhecida como trítono. Esse intervalo
era considerado tão dissonante que só podia ser obra de Lúcifer, tendo sido
designado, por isso, Diabolus in music.
“A música é o som organizado”
definiu o compositor Edgard Varése. Elementos fundamentais do som: intensidade,
altura, contorno, duração (ou ritmo), andamento, timbre, localização espacial e
reverberação.
Quando esses elementos se
combinam, dão origem a conceitos mais
elevados como a métrica, a tonalidade, a
melodia e a harmonia.
A música precisa encontrar o
equilíbrio entre simplicidade e complexidade para ser apreciada. E isso tem a
ver com familiaridade. As primeiras experiências frequentemente são mais
profundas, transformando-se no alicerce de novos horizontes musicais. Cada
gênero musical tem suas regras e sua forma. Quando não há familiaridade com a
estrutura, pode decorrer frustração ou simplesmente falta de real apreciação.
Para os grandes teóricos do
assunto, a música não passa de um comportamento de busca de prazer que explora
um ou mais dos canais desenvolvidos para reforçar um comportamento adaptativo,
presumivelmente a comunicação linguística.
Dentro do útero, banhado no
fluído amniótico. O feto ouve sons. Ouve a batida cardíaca da mãe, às vezes
acelerando, outras vezes diminuindo. E ouve musica. Um ano depois do
nascimento, as crianças reconhecem e preferem as músicas que ouviram enquanto
estavam no útero. O sistema auditivo do feto já está em pleno funcionamento
cerca de 20 semanas depois da concepção.
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