Corpos
Ardentes (direção Lawrence Kasdan) foi um tributo ao
cinema noir. E como não poderia deixar de ser trouxe no centro da
trama uma bela e sedutora mulher fatal. Interpretada por Kathleen
Turner, Matty Walker é uma mulher rica e casada que se envolve com
Ned Racine (William Hurt), um advogado mulherengo e que não gosta
muito de trabalhar. A sensualidade de Turner é realçada pela
atmosfera tórrida da Flórida e ela não tem muita dificuldade em
manipular os homens a sua volta. O erotismo do filme é muito mais
explícito do que nos filmes noir clássicos, com as impactantes
cenas de sexo entre a atriz e Hurt.
1986 -
9 e Meia Semanas de Amor (Kim Basinger)
A cena de
Kim Basinger esfregando sensualmente gelo no corpo é um dos pontos
altos do erotismo no cinema dos anos 80. Ainda que 9 ½
Semanas de Amor (direção de
Adrian Lyne) não seja lá grande coisa – ele ganhou três
indicações ao “Framboesa de Ouro” (premiação dos piores
filmes do ano) –, é inegável que a personagem Elizabeth,
interpretada por Kim Basinger, está entre as mais sensuais da sétima
arte. Contribuiu para isso a beleza escultural da atriz, que tornou
os jogos de atração e dominação retratados no filme em momentos
de puro erotismo, ajudada por uma trilha sonora também bastante
sedutora.[
1992 –
Instinto Selvagem (Sharon Stone)
Sharon
Stone exibiu a cruzada de pernas mais famosa do mundo em Instinto
Selvagem. Catherine Tramell matou ou não o astro Johnny Boz? Apesar
de ser o mote central de Instinto Selvagem
(direção de Paul Verhoeven), essa questão acaba em segundo
plano em função da sedutora atuação da atriz Sharon Stone como a
escritora suspeita de assassinar o ex-astro do rock. A cruzada de
pernas que a revela sem calcinha na sala de interrogatório, para
tortura dos investigadores, as transas com o detetive Nick Curran
(Michael Douglas), encarregado de investigá-la, e as cenas de
lesbianismo fizeram da interpretação de Stone uma das mais eróticas
da sétima arte.
1996 – O Livro de Cabeceira (Vivian Wu)
O contato da caneta – ou do pincel – com o papel, tão sensual
quanto o toque entre dois amantes, é o foco do filme do cineasta
inglês Peter Greenaway. “Pillowbook – ou, Livro de
Cabeceira – resgata a arte da caligrafia como símbolo
da relação do corpo com o pensamento. O filme conta a história de
Nagiko, uma mulher apaixonada pela caligrafia ideográfica oriental,
que obtém prazer escrevendo sobre os corpos dos seus amantes. Filha
de um calígrafo e escritor japonês de Kyoto, Nagiko aprendeu a amar
a caligrafia com o pai, que festejava os aniversários da filha
escrevendo versos em seu rosto e em suas costas. Depois de fugir de
um casamento precoce e desastroso com o sobrinho do editor do seu
pai, torna-se uma bem sucedida top model em Hong Kong, e tenta obter,
num mesmo ato, os prazeres proporcionados pelo corpo e pela
literatura. Como no mito bíblico, no princípio era o verbo que,
depois, se fez carne. Nagiko escreve sobre o corpo do amante inglês
Jerome para que possa lê-lo e amá-lo convenientemente. Esse foi o
estratagema inventado pelo próprio Jerome para convencer o editor,
que havia se recusado a publicar a obra de Nagiko. Sem a inscrição,
nada de sedução, sem a caligrafia, nada de ereção. Antes do
pênis, a pena, o pincel, a caneta. Mas um não existe sem o outro,
um depende do outro, para escrever, para amar, para escrever como
quem ama. Afinal, trata-se de uma mesma energia erótica,
compartilhada pelos amantes-escreventes, uma única excitação. O
corpo do amante, sua pele, não só serve de suporte, mas
transforma-se em página mesmo, em papel, em pergaminho – em livro.
Um corpo de amor e de escrita, que porta a escrita do amor, e que,
mais além, caminha para se tornar um corpo escrito, circulante,
visceral – portanto, erótico. (“O cheiro de papel branco é como
o odor da pele de um novo amante”, uma das frases lapidares de
Nagiko). Assim é o cinema de Greenaway, a um só tempo, auditivo,
visual, gustativo, olfativo e tátil.
1999 -
Segundas Intenções (Sarah Michelle Gellar)
Sarah
Michelle Gellar encarnou a versão adolescente e contemporânea das
vamps no filme Segundas Intenções (direção
de Roger Kumble). No papel da bem-nascida e inescrupulosa Kathryn
Merteuil, ela esbanja sedução para, junto com seu meio-irmão,
arruinar a vida e a reputação das garotas do requintado colégio
que frequentam. Famosa por interpretar Bufy, a caça-vampiros do
seriado televisivo, Gellar se saiu bem como uma garota diabolicamente
atraente, praticamente irresistível, que não poupa esforços nem
charme para fazer seus jogos de conquista e vingança.
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