Ela saiu
do mar do Caribe, em seu biquini branco e caminhou sensualmente em
direção à praia, observada por nada mais nada menos do que Bond.
James Bond. Essa é considerada por muitos uma das cenas mais
sensuais do cinema. E ela foi protagonizada pela atriz suíça Ursula
Andress no papel de Honey Rider, a primeira “Bond Girl” da
história, no filme O Satânico Dr.
No (direção Terence Young). Ursula, que contracenou com
o 007 interpretado por Sean Connery, fez o papel de uma bela
colecionadora de conchas interessada em vingar a morte do pai
assassinado pelo Dr. No.
1969 -
Mulheres Apaixonadas (Glenda Jackson)
Com
Oliver Reed no elenco, Russell realizou o filme que o consagraria em
1969, Mulheres Apaixonadas, uma adaptação do
romance clássico de D.H. Lawrence. O filme foi um sucesso de crítica
e bilheterias. Levou cinco indicações ao Oscar e deu o troféu de
Melhor Atriz para Glenda Jackson. Mas é mais lembrado pela famosa
cena de luta entre os atores Alan Bates e Oliver Reed, completamente
nus – ideia que os mais novos se lembram como “inovação” de
David Cronenberg em “Senhores do Crime” (2007). Foi o primeiro nu
frontal masculino.
1967 -
A Bela da Tarde (Catherine Deneuve)
A
Bela da Tarde (direção Luis
Buñuel) chegou a ser classificado como pornográfico. Erotismo,
perversão e fetichismo se misturaram para contar a história de
Séverini Serizi, interpretada por Catherine Deneuve, uma entediada e
frígida esposa burguesa que busca num bordel de alta classe realizar
suas fantasias sexuais. A sensualidade do filme reside muito mais nas
roupas que cobrem o corpo de Deneuve e naquilo que sugere acontecer
sem mostrar do que na própria nudez da atriz. A direção de Buñuel
dá ao filme um tom onírico, surrealista e ressalta ao máximo a
beleza de Deneuve.
1972 –
O Último Tango em Paris (Maria Schineider)
O Último Tango em
Paris conta a história da paixão, condenada ao
fracasso, de um homem de meia-idade (Marlon Brando) por uma garota
francesa sensual (Maria Schneider). Pela maneira como enfoca
sexualidade e morte, o clássico de Bernardo Bertolucci causou forte
impacto em todo o mundo, mas no Brasil ocorreu um fenômeno curioso.
A censura implicou com a cena da manteiga e o filme entrou para a
lista das obras proibidas. Simultaneamente, a censura não impedia
que a cena fosse contada em detalhes, às vezes de forma até mais
picante, nos jornais e revistas da época. A cena mais forte, que
marcou a década e o imaginário de toda uma geração foi “a cena
da manteiga”. Apesar da maioria das pessoas se lembram apenas da
“manteiga”, as palavras que Marlon Brando profere durante aquele
ato são agentes de violação muito maior que o ato físico em si.
Num certo instante ficamos em dúvida sobre o que realmente faz Maria
Schneider chorar em um dado momento, se é realmente a penetração
anal física a que é submetida ou se é a penetração auditiva
moral que a invadiu, esta sim, de maneira insuspeita e sem mediações.
O fato de ela ter ficado com ele e continuado com aquele
relacionamento legitima de maneira contundente a aparente “violação”
a que tinha supostamente sido “submetida”, seja ela física ou
moral. Da mesma forma que nos obriga a olhar para os nossos próprios
valores e preconceitos, para a nossa própria moralidade insuspeita.
1974 –
Emmanuelle (Sylvia Kristel)
Em 1974,
teve início uma das mais famosas séries eróticas do cinema
francês, Emmanuelle, com Sylvia Kristel. Emmanuelle
popularizou o conceito do filme “soft core” (em contraposição
ao hardcore de Garganta Profunda, por exemplo), que fica na fronteira
entre o erótico e o explícito. A série influenciou boa parte da
produção posterior de pornôs light. Nascida em um livro da
escritora Emmanuelle Arsan, a personagem apareceu pela primeira vez
no cinema no filme italiano “Io, Emannuelle” (1969), encarnado
por Érika Blanc. Mas ela se tornou um mito sexual a partir da
adaptação francesa de 1974, dirigida pelo fotógrafo de moda Just
Jaeckin e protagonizada por Sylvia Kristel. A história gira em torno
das aventuras sexuais de uma modelo francesa na Tailândia,
realizadas com o consentimento de seu marido. No cardápio do filme,
há seqüências de estupro, masturbação, lesbianismo e ménage à
trois – com sexo sugerido, mas não explícito.
-----------------------------------------------------
Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do
nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Brotas),
Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau
Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (Barris em
frente a Biblioteca Pública) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras,28,
Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor
Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro
Vermelho 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929)
Nenhum comentário:
Postar um comentário