11 dezembro 2012

Ruy Espinheira Filho: 70 anos (1)

Ensaísta, cronista, romancista, jornalista e poeta. Ruy Alberto D’Assis Espinheira Filho nasceu no Amparo do Tororó, em Salvador, a 12 de dezembro de 1942 (há 70 anos). Quando tinha três anos de idade, seu pai se transferiu para Poções, onde foi advogar. Até os 12 anos viveu sua infância naquela pequena cidade. Vai estudar no Colégio de Jequié, em regime de internato. Foi um dos fundadores da Associação Jequieense dos Estudantes Secundários promovendo debates, conferências, concursos de oratório. Publicava um jornal e ocupava um espaço na Rádio Baiana de Jequié, de propriedade de Lomanto Júnior. Em Salvador faz o curso clássico no Colégio Estadual da Bahia.

Diplomado em Jornalismo pela UFBA e fundador do jornal Tribuna da Bahia, assinava a coluna Temponáutica. Na atividade jornalística fez quase tudo: foi de copy-desk a editor. Em 1981 saiu da Tribuna da Bahia, e em 1983 foi para o Jornal da Bahia escrever crônicas.

Colaborou com O Pasquim. Durante muitos anos ensinou na Faculdade de Comunicação da UFBA, transferindo-se em 1995 para o Instituto de Letras, onde ensina e conclui o doutorado sobre o universo de Mário de Andrade, de quem o próprio Ruy aprendeu que “a poesia deve ser suja de vida”. E em 1998 lançou pela Record, Poesia Reunida e Inéditos.

Um novo romance que Ruy reserva aos seus leitores para lançamento próximo, fala “sobre um poeta muito louco e a vida boêmia dos anos 60”. O título é Príncipe das Nuvens. De 1989 a 1993 foi diretor da Faculdade de Comunicação da UFBA. Jornalista, mestre em Ciências Sociais, professor adjunto do Departamento de Letras Vernáculas do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia.

Seus poemas foram publicados na revista Serial, incluídas nas antologias 25 Poetas da Bahia - de 1933 a 1968 e Breve Romanceiro do Natal (1972). Publicou, com Antônio Brasileiro, Poemas (1973). Concorrendo com pequenas coletâneas, ganhou o Prêmio de Poesia da Universidade Federal da Bahia nos anos de 1969, 70, 72 e 73 - tendo também, em 1970, conquistado premiação na categoria Ensaio Literária com o trabalho sobre Manuel Bandeira - No Caminho de Passárgada.

Com o dinheiro que ganhou com os prêmios da UFBA lançou Heléboro (1974) editado por Antônio Brasileiro. No ano seguinte lança o livro de crônicas Sob o Último Sol de Fevereiro (Civ. Brasileira). Em 1979, pela Civilização, lança o segundo livro de poemas, Julgado do Vento.

Em 1981 sai o livro de poesias As Sombras Luminosas (Florianópolis, FCC Edições) e o de contos O Vento no Tamarindeiro (RJ, Codecri). Segue, Morte Secreta e Poesia Anterior (RJ, Philobiblion/INL, 1984), o romance Ângelo Sobral Desce aos Infernos (RJ, Philobiblion/Fundação Rio, 1986), o livro infantil A Guerra do Gato (Ed. Jornal da Bahia, 1987) e a novela O Rei Artur Vai à Guerra (SP, Contexto, 1987). Outras novelas suas são publicadas: O Fantasma da Delegacia (1988) e Os Quatro Mosqueteiros Eram Três (1989, Contexto).

Em 1990 lança pela Brasiliense/Ed. Jornal da Bahia, A Canção de Beatriz e outros poemas, e o ensaio O Nordeste e o Negro na Poesia de Jorge de Lima (Fundação das Artes/Empresa Gráfica da Bahia. Em 1991 publica o romance Últimos Tempos Heróicos em Manacá da Serra, pela Oficina de Livros, de BH.

Em 1995 pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro publica o livro de poesia Antologia Breve, e, em 1996, Antologia poética, pela Fundação Casa de Jorge Amado/Copene
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