Em 2008, Gilberto Gil lançou "Banda Larga Cordel", reafirmando seu engajamento irreversível com as novas réguas e compassos do universo “bits and bytes” - tema que o tem fascinado por mais de trinta anos - onde Gil disponibiliza ao máximo seu trabalho para webcasts, podcasts, cellcasts, etc. Os shows tiveram um caloroso convite para que se fotografe e filme o que quiser o quanto quiser. Os bastidores da tour foram lançados na internet ao máximo em diversas plataformas a partir do hotsite especialmente criado.
Ainda no
ano de 2009, em dezembro, foi lançado o CD/DVD BandaDois, registro
do show gravado ao vivo em setembro no Teatro Bradesco em SP, sob
direção de Andrucha Waddington. O show, com Gil em voz e violão,
contou com as participações de Maria Rita e de seus filhos Bem (que
o acompanha ha tempos nas apresentações) e o filho mais novo José,
que surpreendeu o público nos números em que toca baixo.
Em abril
de 2010 excursionou pelos Estados Unidos, com o projeto Concerto de
Cordas, e logo após seu retorno ao Brasil, inicia a gravação de
seu novo disco, “Fé na Festa”, todo dedicado ao gênero do
forró, o álbum inclui parcerias com Vanessa da Mata e Nando Cordel.
Em junho de 2010 Gil excursionou o nordeste com a turnê “Fé na
Festa”, durante o mês de julho, leva a Europa o mesmo show,
intitulado em terras estrangeiras como: “For All”.
Com 57
álbuns lançados, Gilberto Gil ganhou 8 Grammys. Por seu engajamento
sempre criativo em levar para o mundo o coração e a alma da música
brasileira, Gilberto Gil tem sido contemplado por diversas entidades
e personalidades e tem recebido muitos prêmios no Brasil e no
exterior. Seu talento, sua curiosidade, a firmeza de sua convicção
cultural como músico e embaixador, o torna único.
Gil
lançou em 1996 na rede uma música, Pela Internet, uma alusão na
letra e no título ao samba Pelo Telefone (Donga), de 1917. Em
dezembro de 1996 ele fez um show na sede da Embratel para transmissão
em tempo real pela internet. Foi o primeiro show de um artista
brasileiro transmitido ao vivo pela rede. Em janeiro de 2008 Gil foi
o primeiro artista brasileiro ater um canal exclusivo de vídeos no
YouTube.
Os anos
20000 Gil conciliou suas habilidades cibernéticas com uma volta às
origens musicais. Começou com sua abordagem do cancioneiro seminal
de Luiz Gonzaga (feita para a trilha sonora do filme Eu Tu Eles –
2000). Teve uma passagem pela política como primeiro Ministro da
Cultura do Governo Lula, e fechou a década com o lançamento de Fé
na Festa (2010), álbum de inéditas compostas com inspiração nas
tradições das festas juninas.
O show
Concerto de Cordas & Máquina de Ritmos, programado para rodar o
Brasil em comemoração aos seus 70 anos de vida e 50 de carreira, é
seu trabalho acústico que já vem sendo feito desde 2009 por Gil com
seu filho Bem. A máquina de ritmos de Gil com passos em ação
continua emocionando a todos.
“Gil é
um mensageiro do sempre sintonizado com o agora. Ele nos ensina não
só os meandros do fazer artístico como os meandros da alma, da fé,
da busca do equilíbrio e da aceitação dos limites humanos”,
escreveu a pesquisadora Ana de Oliveira na apresentação do livro
Gilberto Gil. Encontros (Azougue, 2008).
“Gil é
um grande inventor que não registra patente. Sua imensa vaidade
exercida em demasiada modéstia e seu desprezo inocente pela própria
grandeza são as duas faces dessa lua meio negra e meio escondida que
é a música da sua pessoa (…) Suponho que Gil inventou o
samba-jazz-fusion e a toada moderna – coisa que não lhe
interessam. Ele também criou o neo-rock-n´-roll brasileiro e a nova
cultura musical afro-baiana – que lhe interessam muito, mas cuja
paternidade ele não reivindica e cuja responsabilidade não aparece
no que ele se permitiu fazer depois. Ele não olha para trás” (Sem
Patente. In: Caetano Veloso. O mundo não é chato. Organização de
Eucanaã Ferraz. Pag. 96. São Paulo: Companhia das Letras, 2005)
Hoje,
terça, dia 26, para comemorar os 70 anos de Gil, o You Tube exibirá
uma hora do Concerto de Cordas e Máquinas de Ritmo:
Discografia
1962:
Primeira gravação como cantor, interpretando “Coça, coça,
lacerdinha”.
1963:
Disco de estreia “Gilberto Gil- sua música, sua interpretação”.
1965:
Compacto simples com “Procissão” e “Roda”.
1966:
Contrato para fazer o primeiro LP: “Ensaio geral” (lado A) e
“Minha senhora” (lado B).
1967:
Composição de músicas para o filme “Brasil ano 2000”.
Lançamento do LP “Louvação”.
1968:
Compacto “Pega a yoga, cabeludo” e “Barca Grande”; disco
tropicalista “Gilberto Gil”; participação no repertório do
Panis et circensis; compacto com “A luta contra a lata ou a
falência do café”.
1969:
Compacto “Aquele abraço” e “Omã iaô” e seu terceiro LP
“Gilberto Gil”
1971:
Lançamento na Inglaterra do álbum “Gilberto Gil”.
1972:
Compacto duplo com “O sonho acabou”, “Oriente”, “Felicidade
vem depois” e “Expresso 2222” e compacto com “Cada macaco no
seu galho” e “Chiclete com banana”. LP com as faixas “Back in
Bahia”, “Ele e eu”, "Expresso 2222”, e outras. Lança
com Caetano o LP “Barra 69”.
1973:
Compacto simples com “Meio-de-campo”.
1974:
Disco e LP “Temporada de verão”. Compacto “Vamos passear no
astral” e “Está na cara, está na cura”.
1975:
Álbum duplo “Gil Jorge Ogum Xangô” e lançamento de
“Refazenda”.
1976:
Álbum duplo de “Doces Bárbaros”.
1977:
Compacto com “Sítio do Pica-Pau Amarelo” e “A gaivota”.
Refavela é lançado. Refestança é gravado em LP.
1979:
“Nightingale”, compacto com “Não chore mais” (o seu maior
hit, com 750 mil cópias) e “Macapá". Lançamento de “Realce”
e LP com “Super-homem”, “Marina", “Realce” e “Toda
menina baiana”.
1980:
Lançamento do “Se eu quiser falar com Deus” e “Cores vivas”.
1981:
“Luar” e “Brasil”, com João Gilberto e Caetano. “Sonho
molhado” e “Cara a cara” saem em um compacto.
1982:
Disco “Um Banda Um”.
1983:
Disco “Extra”.
1984:
Álbum “Quilombo na Europa”.
1985:
Disco “Dia dorim noite neon” e “Gil, 20 anos-luz”.
1986:
Trilha sonora do filme “Jubiabá”.
1987:
Disco acústico “Gilberto Gil em concerto”. Sai nos EUA “Soy
loco por ti, América”.
1989:
Disco “O eterno deus Um dança”.
1990:
Relançamento em CDs de discos lançados em LP pela
1991: CD
“Afoxé” é lançado apenas no exterior.
1992:
“Parabolicamará” e duplo “Songbook Gilberto Gil”.
1993:
Disco “Tropicália 2”. Todos os seus LPs e discos são relançados
em CDs na série “Colecionador”.
1994:
lançamento mundial em disco e homevideo de “Gilberto Gil
unplugged”.
1997:
Single promocional “Pela internet” é lançado em CD, bem como o
duplo “Quanta”.
1998:
Disco duplo ao vivo “Quanta gente veio ver”. CD “O sol de
Oslo”.
1999:
Lançamento da caixa “Ensaio Geral”, com 13 CDs. CD gravado para
o livro “GiLuminoso”
2000:
Disco “Gilberto Gil e as canções de Eu tu eles”. Lançamento do
CD “Gil Milton”.
2001:
Disco “São João Vivo”.
2002: CD
“Kaya N’gan daya” e caixa “Palco” (com 30 CDs), com
material inédito.
2004: DVD
“Outros (Doces) Bárbaros”.
2005: DVD
“Show da Paz, Gil na ONU”.
2006:
Relançamento do disco “Sol de Oslo”. Lançamento da música
“Ballet de Berlim”, para homenagear a Copa.
2008:
Álbum “Banda Larda Cordel” é lançado pela internet.
2009: CD
e DVD “Banda Dois”.
2010: CD
“Fé na Festa”.
Festivais
e Prêmios
1965:
Participa do 4º Festival da Balança, com “Iemanjá”.
1966:
Concorre como compositor no 1º Festival Internacional da Canção e
no 2º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record (recebendo
o quinto lugar com a interpretação de “Ensaio geral” por Elis
Regina).
1967:
Segundo lugar no 3º Festival de Música Popular Brasileira com
“Domingo no parque”.
1968:
Terceiro lugar no 4º Festival de Música Popular Brasileira por
“Divino, maravilhoso”.
1970:
Golfinho de Ouro pela música “Aquele abraço” (prêmio recusado)
1977:
Participação no 2º Festival Mundial de Arte e Cultura Negra.
1986:
Recebe o Golfinho de Ouro.
1990: Gil
recebe o título de cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras do
ministro da Cultura da França. Recebe o 10º Prêmio Shell para
Música Brasileira pelo conjunto de sua obra.
1993:
Homenageado no Festival Internacional de Jazz de Montreux.
1994:
Recebe o Prêmio Sharp de Música.
1999:
“Quanta live” é eleito o disco do ano na categoria World Music
pelo Grammy.
2003: Gil
recebe o prêmio de personalidade de 2003 no Grammy Latino em Miami.
2004:
Prêmio Polar de Música concedido pela Real Academia Sueca de
Música.
2005:
Compõe “hino” em francês, para o festival de Dacar – “La
Renaissence Africaine”. Recebe o Polar Music Prize em Estocolmo.
Recebe o Prêmio Multishow de Música Brasileira, 2005 com a música
“Vamos Fugir”, com Skank. É indicado ao 6º Grammy Latino com o
CD “Eletroacústico”. Recebe do governo francês a “Légion
D’Honneur Grand Officier”.
2006:
Recebe o Grammy nos EUA de melhor álbum contemporâneo de World
Music pelo CD “Eletroacústico”. Recebe o título de Honra ao
mérito do Afoxés Bisnetos de Gandhy.
2007:
Indicado ao 50º Grammy com o disco “Gil Luminoso”, concorrendo
ao troféu de melhor álbum na categoria World Music.
2008:
Indicado ao prêmio 9º Grammy Latino na categoria melhor álbum
compositor com o CD “Banda Larga Cordel”.
2009:
Recebe diploma da Cidade de Milão por ser “embaixador da cultura e
da consciência crítica do Brasil moderno”.
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