O prefeito vai dar um jeito?
O prefeito vai dar um jeito?
nesse nosso defeito
de tocar som alto em cada esquina,
urinar nas ruas e casas vizinhas,
jogar lixo toda hora em cada cruzada,
e misturar tudo, o profano e o sagrado?
O prefeito vai dar um jeito?
Nesse nosso defeito
onde crianças cheiram crack na Praça da Sé
Plano Inclinado não funciona e desço ladeira à pé
Elevador Lacerda quebrado deixa o povo consternado
com voz estrangulado, dor maior é elevar a dor.
E o que fazer de um doutor sem diploma
que leva o povo na conversa, embroma
e ninguém toma providência, só escuta
enquanto o transporte sai apinhado de gente
sofrendo apertado, dos pés até os dentes
enquanto o metrô parado não vai dar jeito, está desfeito.
O prefeito vai dar um jeito?
Nesse nosso defeito.
As ruas continuam esburacadas
e os monumentos estão abandonados,
o povo está esquecido, maltratado
e para não dizer, mal educado
canta de noite e de dia
para espantar a tristeza, a miséria
toda essa mazela, para viver de utopia.
O prefeito vai dar um jeito?
Nesse nosso defeito
creio que não, nossa gente está descrente
desiludida com toda essa ferida
que não consegue estancar
é sangue por todo lado, violência em cada passo
só não vê quem não consegue enxergar
a vida tranquila é passado, o presente é de matar!
O prefeito vai dar um jeito?
Nesse nosso defeito
Defeito maior é ficar calado, encastelado
vendo tudo mas não querendo enxergar
ouvindo tudo mas não querendo escutar
sentindo tudo mas não querendo falar
e o tempo vai passando, o baiano se arrochando
para não querer reprovar. Mas um dia isso vai acabar.
Até la o alcaide já fugiu
e como tudo aqui acontece, nada surgiu
entro em beco saio em beco
e a população reduziu, a cidade encolheu
a Bahia que era rica, patrimonial, desapareceu
e o povo, onde está? Sumiu!
Olha que gente escura
nenhuma brancura
o que aconteceu?
O imigrante assustado
o olhar apavorado
estarreceu.
Nunca viu um povo altivo
um sorriso decisivo
numa pele tão negra
E ficou olhando abismado
e muito desavisado
esse preconceito de cor
Era claro que a pele branca
dominava a matança
e a escravidão de dor.
Mas agora a pele escura
aumentava a ternura
e ascendia o poder
O que fazer? Pensou de repente
como se aquela gente
não tem sentimento.
E agora o olhar interno
fica no inferno
na dúvida e na dor
de saber que não sabe nada
e toda aquela coisa malvada
escureceu um povo de dor.
Tenho sede
Tenho sede de música,
de mar, de silencio e de fúria.
Tenho sede de carinho,
de arte, de fé e de desobediência.
Tenho sede de sabedoria,
de conhecer o mundo, pessoas e alegorias,
de guardar o mundo em min.
Esta sede que nunca passa,
esse passo que sempre se esgarça
no tempo, espaço, no infinito do ser
serei alvo deste seu alvorecer
ou amanhecerei dormindo no seu entardecer?
Não sei, só sei que nada sei
e nisto posto, sou seu oposto
no gosto e desgosto, na tristeza e alegria
será que algum dia haverá um florescer?
Nesse seu jeito tão liso, nessas formas que existo
ou mesmo no seu cheiro de jasmim,
não sei, guardo o mundo em mim.
E quer saber? O mundo é muito complexo,
se nos amamos, deixe essas questões em amplexo,
vamos viver o último dia do resto de nossas vidas
o que há de acontecer, viveremos em pleno prazer
o resto é dúvida, interrogação,
é melhor vivermos essa paixão
o fim é um sim ou um não.
Parceira certeira, coração: Alessandra
Nesta primeira sexta-feira do ano, 06 de janeiro (o número seis é chamado perfeito nas partes - componentes primos somados ou multiplicados entre si dão sempre seis como resultado: 1+2+3=6; 1x2x3=6) vou dedicar a colega, amiga Alessandra bem à moda de Caetano Veloso: “Eu sou apenas um velho baiano, um fulano, um Gutemberguiano, um mano qualquer, vou contra a via, canto contra a melodia, nado contra a maré...”.
Pois bem, nossa Alessandra é luminosa, sorridente, transparente, o que vai em nossa mente. Ela é inspiração, paixão, parceira, certeira, coração. Só pensa no bem, em tudo, não esquece ninguém. É assim o dia todo, uma festa para os olhos, uma canção para os ouvidos, uma benesse aos nossos sentidos. E o que dizer de sua família? Duas filhas maravilhosas, um marido presente, tudo na vida como dádiva, elegantemente.
E elegância é o que não lhe falta. Lembra aquelas grandes divas do cinema europeu Catherine Deneuve, Grace Kelly, Ingrid Bergman, Penélope Cruz.... Alessandra seu nome é de guerreira, mulher que desde pequena luta, altaneira, passa por todas as adversidades, mas é faceira, sabe compartilhar o bem, com certeza. Alegre e bem humorada, isso é só o começo, tem um sorriso tão limpo, transparente e um olhar que ilumina a vida da gente
Passou pela adolescência como uma flor, sem rebeldia, sem constrangimento. Os pais sempre atentos lhe reservaram uma educação exemplar que ela agora repassa às filhas. Sua bandeira é de paz, de harmonia, de fazer pelos outros os que alguns não fariam, se dedicar sem nada para reivindicar. Santa? Nada disso...ética, focada, concentrada naquilo que quer, ajudar ao próximo.
Assim é minha visão de Alessandra. Para que não a conhece pensa que ela tem um ar assim, meio esnobe. Um ar de quem sabe que sabe, o que tantas outras não sabem. Um ar de quem deseja viajar, conhecer o mundo, os lugares. Mas por enquanto nada é certo, a crise na Europa é o certo, mas ela sente arder na pele, esse desejo de rodar o mundo, conhecer outros assuntos, visitar Marrakech, Amsterdã, Indonésia, Filipinas, Paris, Grecia...
Mas essa garota que da vida muito sabe, mas do mundo não sabe o bastante, merece ser coberta de flores, beijos, diamantes, a cada instante
Aqui estão seus cincos poemas
Alessandra (1)
Alessandra você é dez!
Certeira, faceira, inteira
uma mulher com viés
Alessandra você é julho
no tempo, no vento, no sofrimento
uma garota no escuro.
Alessandra você é demais
no diálogo, no estalo, no embalo
e tudo o que se diga, faz.
Alessandra só há uma
e essa eu guardo com ternura.
Alessandra (2)
Quando você passa, que graça, que finura
seus passos delicados vão deixando pra atrás tristeza, amargura.
Quando você chega, que alegria, que beleza
até parece um raio de sol surgindo da natureza.
Quando você fala, que ternura, que precisão
quem está perto finge que não sabe, mas é paixão
Quando você sorrir o mundo transborda em mim
Isso é força de luz, um raio que conduz.
E agora, o que mais dizer
se você é uma profissional e sabe o que fazer
é uma mãe zelosa e sabe como resolver
uma esposa habilidosa e sabe transcrever
essa vida tão arriscada mas bela de se viver.
Quando ela passa com seu jeito carinhoso
ninguém repara a tristeza em seu rosto.
Quando ela fala com sua voz meiga
não se escuta a melancolia da seita
Quando ela olha com olhar de diamante
o brilho é forte mas não afasta o distante.
Assim é Alessandra, uma flor de pessoa
muito educada assim não enjoa
O que ela faz é ajudar o mais próximo
a saber viver com o diagnóstico.
Nada de aventuras sem planejar
a sua vida é segura, vamos lá.
Alessandra aqui, Alessandra acolá
sem Alessandra a vida não pode ficar.
Alessandra (4)
A vida nos ensina
Logo cedo a viver
E cada vez que vivo o dia
So sei que não vou lhe esquecer
Sob a luz do sol ou a sombra da lua
Algo vai acontecer
Não sei se será noite ou dia
Dá-se a vida a florescer
Rara flor do meio dia
Ainda hei de ver nascer
Alessandra (5)
Além do amor e da paixão
Levita entre nós um coração
E faz de nós esperança
Sabendo que a vida é uma criança
Satisfeita com a bonança
Ao redor de uma lembrança
Nada de tormenta
Dada toda a evidência
Ruído não faz diferença
Amemos pois a inocência
Alessandra (6)
Sabes que tenho um grande amor por você
na amizade, na profissão, na luta da vida
sempre generosa e com um sorriso delicado
você reconforta a vida em tudo que lhe abriga.
Tens uma luz que aconchega, uma luz só de você
e isso é bom, pois ajuda ao seu redor melhor viver
Tens uma tranquilidade que é só sua
resguardando uma fé que a situa
a nunca fugir do foco que tumultua.
E a vida vai lhe dar boas surpresas
pois você vive com toda nobreza
ajudando a todos, com certeza.
E que a paz lhe retribua muita saúde,
prosperidade e uma vida cheia de felicidade.
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