MASTURBAÇÃO – Fricção dos genitais, exceto no curso de sexo oral, vaginal ou anal.
MENÁGE A TROIS – Relação sexual envolvendo três pessoas no mesmo ato.
MORAL - Veículo de controles sociais, expressão organizada dos “bons costumes”, como extrato ideológico de uso corrente para reprimir e ajustar os indivíduos. O processo civilizatório foi (tem sido) assentado na repressão. Pela versão bíblica (judaico-cristã), por conta do pecado original – a consumação do desejo – o homem foi expulso do paraíso terrestre e condenado a ganhar o pão com o suor de seu rosto. Sobre essa base edificou-se um arranha-céu de condutas morais. Historicamente, a partir do momento em que o homem se organiza como sociedade, tornou-se necessária a formulação de regras de comportamento. A violação dessas regras passou a configurar-se como erro ou crime, sujeito às normas de punição e castigo criadas pelo grupo social. Nesse processo, por essencial também a disciplina do corpo para o trabalho que, adquirindo formas de organização, engendrou limites para os instintos. O corpo, assim administrado, passa a ter os prazeres sob controle. Embora com diferenças culturais, étnicas, geográficas e temporais, sempre existem regras que orientam as práticas sociais.
A moral não é apenas uma lei de costumes, mas também formas políticas emanadas do poder. Devidamente internalizadas, tende a ser uma “coisa natural” para os indivíduos. Os códigos instituem a normalidade e o proibido é instaurado para organizar as perversões.
A partir do século XIX, quando uma configuração de teorias (Darwin, Comte, Freud e outros) levou à compreensão dos fenômenos como leis naturais, a ciência, superando a palavra divina em rigor e eficácia, assume a tarefa de controlar a sexualidade, classificando, analisando e ordenando a vida dos indivíduos e seus prazeres. O corpo envergonhado, pecador e maldito passa a possuir. Cientificamente, perturbações do instinto, anomalias genéticas, neuroses, enfermidades, práticas condenáveis e, portanto, formas adequadas de agir, pensar e amar. A respeito das formas de amar, Michael Foucault distingue dois grandes procedimentos para produzir o conhecimento do sexo. Por outro lado, as sociedades orientais produziram uma “ars erotica”, em que a verdade é extraída do próprio prazer, encarado como prática e recolhido como experiência. A civilização ocidental, por sua vez, criou uma “scientia sexualis” que, fundada na confissão – a prática discursiva de falar da sexualidade – e na penitência, evoluiu para os discursos científicos que conjugam relações do saber e do poder. Segundo Foucoult, o século XIX nos legou um aparato discursivo científico para “dizer a verdade do sexo”, extrair sua “confissão”, capaz de “implantar perversões”, tão moralizante, normativo e controlador quanto o discurso religioso.
NÁDEGA – Cada uma das partes carnudas e globosas que formam a parte superior e posterior das coxas. Bumbuns redondinhos são a preferência nacional do Brasil, tanto para homens como para mulheres, visando igualmente à retaguarda de ambos os gêneros. As nádegas evocam a gula primárias dos homens e representam (as dos machos) energia sexual e “pegada” para as mulheres.
NECROFILIA – Atração sexual por cadáveres.
NEGRO – Humano com abundância de melanina na pele. O primeiro homo sapiens, ao que indicam as pesquisas arqueológicas, nasceu na África, provavelmente em torno do planalto da Etiópia, e tinha pele escura. Dali muitos migraram para o norte, adquirindo características físicas diferenciadas como adaptação a meio natural diverso do local de origem. A cultura, por ignorância e xenofobia, entre outras razões, criou vários estereótipos em torno do negro, muito dos quais depreciativos (racismo). Nem todos. Um deles diz a sensualidade aflorada e, co relação aos homens, de grande poder sexual e falos imensos dos negros. A indústria do pornô explora o fetiche à exaustão.
NINFETA - Termo cunhado por Vladimir Nabokov em sua novela “Lolita” (1955), definiu um gênero tão velho quanto o desejo, uma imagem de inocência que guarda em sua verdadeira natureza algo de demoníaco. Até então, ela era uma imagem sem nome, inspirada nas heroínas infantis de Charles Dickens, um apreciador de menininhas na vida real, e na paixão platônica de Charles Lutwige Dogson, ou Lewis Carroll, que transformou Alice no mais criativo caso de pedofilia. Foi no cinema que originou o culto, em Mary Pickford, Lillian e Dorothy Gish, Mabel Normand e Mary Miles Minter. Brooke Shields, Nastassja Kinski e Jodie Foster jogaram mais almas no inferno. Mas a imagem definitiva foi fixada sob filtros para a revista Penthouse. As ninfetas de David Hamilton são o clichê máximo da bucólica pretty baby.
NINFOMANIA – Termo usado para mulheres dotadas de um apetite sexual insaciável.
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