04 junho 2022

ABC DA CULINÁRIA BAIANA (05)

FRIGIDEIRA

 


Ponha uma panela de tamanho apropriado com água no fogo alto e coloque o bacalhau  para ferver por aproximadamente dez minutos. Descasque e corte a batata em cubos pequenos e junte ao bacalhau na panela e deixe cozinhar por mais 5 minutos. Escorra a água e deixe reservado o bacalhau e a batata. Pique fino a cebola e o alho. Corte o tomate ao meio, descarte as sementes e corte as metades em cubos pequenos. Corte o pimentão vermelho também em cubos pequenos. Pique o coentro e deixe reservado. Volte a panela (sem água) ao fogo baixo. Espere aquecer, coloque 1 colher do azeite, acrescente a cebola, adicione a cebola, ajuste o sal e refogue por dois minutos. Coloque mais 1 colher de azeite, junte o bacalhau e a batata pré-cozidos e refogue por mais ou menos 3 minutos. Adicione mais 1 colher de azeite, junte o tomate, o pimentão, o alho e refogue por mais 3 minutos para o sabor ficar incorporado. Agora, misture o coentro picado, ajuste o sal e a pimenta.

Coloque o leite de coco no refogado, salpique com farinha e misture bem. Desligue o fogo e deixe reservado. Bata os 6 ovos com um garfo, apenas para misturar as claras com as gemas. Coloque todo o refogado em uma forma refratária de tamanho adequado e cubra os ovos batidos. Leve a forma ao forno preaquecido a 180 graus por aproximadamente trinta minutos ou até dourar. Agora decore com folhas de coentro e pimenta biquinho em conserva e sirva.

 

LAMBRETA

 


Se você vai à Bahia, definitivamente, tem que experimentar a lambreta sentado em um dos bares da orla da cidade. Preferencialmente, bebendo uma roska ou caipirinha! Ah, claro, uma cervejinha também é bem-vinda! Mas, antes de seguir adiante, um aviso: a lambreta é conhecida por ser afrodisíaca. Na culinária baiana, o molusco chega à mesa depois de cozido. Cebola, tomate, limão, coentro e sal são os temperos que fazem parte do processo. Embora pareça simples, é bem saboroso. Tanto é que algumas pessoas tomam o caldo do preparo puro.

 

MININICO DE CARNEIRO

 


Bastante comum no sertão da Bahia, o mininico de carneiro é uma releitura da buchada de bode e é um dos pratos mais pedidos em bares e bodegas no interior baiano. Esse cozido de vísceras de carneiro tem origem árabe e chegou trazido pelos árabes que vieram ao Brasil trabalhar nas lavouras de cacau, no século XVIII. Em geral, o prato é servido com pirão e farinha de mandioca temperada com pimenta e limão.

 

MOQUECA

 


A moqueca baiana é um dos pratos mais famosos da Bahia. Tradicionalmente, ela é feita da seguinte maneira: depois de preparar os frutos do mar e picar a cebola, o alho, o tomate e os pimentões, os vegetais são refogados no azeite. Em seguida, acrescenta-se o leite de coco, aguardando a sua fervura, e o azeite de dendê. Depois, são adicionados os frutos do mar, que podem ser dos mais variados: peixe branco, peixe vermelho, camarão, lula, polvo… O ingrediente escolhido dará nome ao prato (por exemplo, “moqueca de camarão” ou “moqueca de polvo”). Então, depois de os frutos do mar estarem cozidos, adiciona-se à panela o cheiro verde, e também deve ser feita a retificação do sal. Embora não haja muitas variações no modo de preparo da moqueca baiana, existem algumas variações no ingrediente principal. Uma variação muito comum é a moqueca de ovo, trazendo uma versão vegetariana à iguaria baiana. Também existe a moqueca de banana-da-terra que, por sua vez, é uma opção vegana. A depender da criatividade do cozinheiro, outras versões da moqueca podem surgir. Os acompanhamentos mais comuns da moqueca são o arroz branco, a farofa de dendê e o pirão. Também é muito comum adicionar pimenta ao prato.

 

MUNGUNZÁ

 


Conhecido na Bahia como Mungunzá ou Mugunzá, é possível que você já tenha ouvido falar deste prato com o nome de canjica. Um dos doces baianos mais famosos, a iguaria é preparada com milho, leite, açúcar, canela e manteiga. Diferentemente de outros pratos baianos, o Mungunzá é uma criação brasileira, mais especificamente nordestina. A inspiração, porém, veio da África: mungunzá, em kimbundu (um idioma angolano), significa nada menos que “milho cozido”. Além disso, o mungunzá rompeu as barreiras baianas e se transformou em um doce consumido em todo o Brasil, especialmente durante as festas juninas, celebrações de cunho religioso que tiveram sua origem no Nordeste.

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