Adelaide Carraro (1925/1992) – Com 48 títulos
publicados entre romances e contos, a escritora paulista teve 16 livros
censurados e esteve diversas vezes presa por atentado ao pudor. Durante os anos
60 e 70 pela sua suposta militância comunista, sempre negada por ela. De
família humilde perdeu os pais na primeira infância. Durante a adolescência
viveu
A partir de 1973, Carraro começa nova fase. Passa a
publicar pela Editora Global dedicando nos últimos anos à literatura
infanto-juvenil e a campanhas contra o uso de drogas. Eu e o Governador
(Editora Loren) publicado em 1963 é um dos seus títulos mais conhecido e
polêmico. Narra o suposto caso de amor que ela teria mantido com Jânio Quadros,
no período em que ele foi governador de São Paulo. Escritora Maldita, A Amante
do Deputado, Adúltera, De Prostituta a Primeira-dama são alguns títulos da
autora de livros considerados pornográficos. Chamada de “negociante do sexo”,
de “dona do filão pornô”, de “escritora maldita”, etc, Adelaide rejeita a todas
essas classificações acreditando em seu trabalho como forma de denúncia dos
problemas políticos e sociais.
Em Literatura da Cultura de Massa, Waldenyr Caldas
analisa a chamada “paraliteratura”, tendo por base a obra da escritora Adelaide
Carraro. “Dizendo-se uma escritora de temas
políticos e sociais e usando a sexualidade apenas como pretexto para denunciar
a corrupção dos políticos Adelaide inverte toda a situação. A
sexualidade assume o primeiro plano em sua obra e a corrupção política, os
problemas sociais aparecem apenas como uma questão secundária, portanto, de
menor importância”, informou Waldenyr Caldas. (Texto inédito da pesquisa que
realizei nos anos 1980/90 sobre Erotismo e Pornografia na Literatura, Musica,
Cinema, Artes Plasticas, Fotografia e HQ)
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