20 janeiro 2021

Gatos são livres como a imaginação (02)

A trupe de felinos não tem só sete vidas, eles se tornaram imortais.

 

E nos desenhos animados não se pode esquecer do Manda Chuva (da dupla William Hanna e Joseph Barbera), líder de uma turma que mora em um beco. Junto com seus amigos dá golpes para arranjar dinheiro e adora aprontar com o Guarda Belo.A turma estreou em 1961 com 30 episódios. Já Tom e Jerry brigam o tempo todo e o gato sempre leva a pior, mas insiste em perseguir Jerry, rápido e esperto que sempre consegue escapar. Tem o Frajola e sua vontade de eliminar o passarinho Piu Piu. Ambos moram na casa de uma simpática velhinha e o gato sempre se dá mal nas suas tentativas.

 


Ainda dos estúdios de Hanna Barbera surgiram Zé Bolha e o parceiro do rato Juca Bala. Quem lembra da turma da Gatolândia? E de Chuvisco sempre correndo atrás de Plic e Ploc?. E China, o fiel Ajudante de Hong Kong Fu?. Bu, o gato fantasma de O Fantasminha Legal. Ou mesmo do detetive Olho Vivo. E Bacamarte que não dava trégua a Chumbinho. E Jambo e Ruivão?

 


Dos estúdios Disney não dá para esquecer do Gato Risonho de Alice no País das Maravilhas, ou dos irmãos Si e Ão, de A Dama e o Vagabundo. Lembra-se de Fígaro, o gato de Gepeto em Pinóquio, ou mesmo Aristogatas. Não esquecer de Ron ron bagunçando a vida do atrapalhado Peninha...

 

Do Brasil temos um casal de gatos (ele branco e ela preta) que apronta muito na tira diária O Condomínio, do desenhista Laerte Coutinho. E Maurício de Sousa traz Mingau, tão faminto quanto sua dona Magali.

 


O gorducho e preguiçoso Garfield (criação de Jim Davis), todo mundo conhece. Ele adora lasanha, estraçalha o carteiro, acaba com as cortinas e ataca a geladeira do seu dono, Jon. Garfield detesta as segundas-feiras e gosta de mostrar o quanto os cachorros são bobos. Odie, o cão com que mora, é sua vítima preferida.

 


E o que dizer do libidinoso Fritz, the Cat, criação do papa dos quadrinhos underground, Robert Crumb a partir de 1965. Crumb foi um dos artífices do movimento de introdução do sexo, drogas e política nos quadrinhos, uma forma de contestação do american way of life. São muitos exemplos desses animais que estão nos sonhos de todos, viraram mitos. Mas não poderia esquecer de duas obras imprescindíveis em homenagear esses felinos. Os Olhos do Gato, de Moebius e Jodorowski, e Maus, de Art Spiegelman, esse último uma crítica ao nazismo.

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