Estamos na Década do
Oceano. Começou agora em 2021 e vai até 2030, A proposta é da Organização das
Nações Unidas (ONU) para que todos os países voltem atenção ao ecossistema
marinho-costeiro para conscientizar a população global sobre a sua importância,
assim como mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada
em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares.
Diplomatas, ambientalistas e cientistas
esperam que nos próximos dez anos a humanidade aumente o conhecimento sobre as
águas que cobrem 70% do planeta e proteja melhor essa imensidão, que absorve um
terço do gás carbônico produzido pela atividade humana, retém o aquecimento
global e serve à subsistência direta de bilhões de pessoas.
O relatório mundial sobre a ciência
oceânica descobriu que a ciência oceanica é responsável por 0,04 a 4% dos
gastos em pesquisa do mundo todo; entretanto os estudos dos oceanos vem se
tornado uma tendência já que o oceano gera bem estar para humanidade
armazenando carbono, produzindo oxigênio, estabilizando o clima e fornecendo
recursos alimentares, minerais, energéticos, recreativos e culturais, a década
dos oceanos foi idealizada para podermos usufruir desses serviços de maneira
consciente e sem prejudicar o maior ecossistema do planeta terra.
Os oceanos têm papel importante na
história da Terra. Foi dentro dele que a vida começou. Serviram de principal
via para expansão dos horizontes da humanidade com o advento das grandes
navegações. Os oceanos são o envoltório líquido que encobre o planeta Terra em
71% da sua superfície. E todos os organismos vivos são constituídos na maior
proporção em peso de água.
Por recobrirem a maior parte da superfície
terrestre, absorvem, redistribuem para a atmosfera ou refletem de volta para o
espaço a maior parte da radiação solar, energia recebida do Sol pela Terra.
Dessa forma, são também os principais responsáveis, com a atmosfera, que é
nosso envoltório gasoso, pelo controle do clima.
Mares e oceanos foram utilizados pelo
homem desde o início da nossa civilização primeiro como fonte de alimentos pela
pesca artesanal ou coleta de moluscos e algas, depois como fonte de
matérias-primas como sal, bromo, magnésio, calcário e, principalmente, como
meio de transporte. Hoje o oceano é uma grande fonte de matérias para a
indústria der alimentos e farmacêutico.
Fonte da vida e da morte, cenário da
história, o mar sempre foi objeto de guerras e disputas. A história das grandes
armadas, quase sempre às voltas com grandes batalhas, é mais ou menos
conhecida, envolvendo Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda. O mar
ainda tem se oferecido à contemplação e à inspiração artística, o que resultou
na produção de valiosos monumentos históricos. Dois bons exemplos para
ilustrar: Camões imortalizou os feitos singulares dos lusíadas. Sangue no mar
de Camões, sal de lágrimas no mar de Fernando Pessoa.
VIDA - Oceanos são grandes extensões de
água salgada que ocupam as depressões da superfície terrestre. Eles são
importantes para o planeta, neles se originou a vida. Os oceanos são os grandes
produtores de oxigênio (as microalgas oceânicas), regulam a temperatura da
Terra, interferem na dinâmica atmosférica, caracterizam tipos climáticos. Além
disso, a maior parte da população mundial mora junto ao litoral.
São cinco oceanos: Antártico, Atlântico,
Pacífico, Ártico e Índico. O oceano Atlântico é considerado o mais importante
por ser usado para a navegação e comércio de produtos entre a Europa e a
América, principalmente a do Norte. O Pacífico é o maior dos oceanos, com 175
milhões de quilômetros quadrados.
Grande conhecedor das coisas do mar,
Jacques Cousteau preocupou-se com a sua transformação em esgoto universal.
Navios, petroleiros e plataformas a partir das quais se perfuram poços de
petróleo inundam os mares e oceanos com seus detritos. Baleeiros e caçadores
exterminam exterminam aos poucos várias espécies de fauna marinha. As
indústrias lançam ao mar resíduos contendo chumbo, mercúrio, cádmio e outros
elementos nocivos à fauna e flora marinhas – e, também, aos banhistas. Inventos
(pulmão aquático ou aqualung), cientista, oceanógrafo, cineasta (O Mundo em
Silêncio, O Mundo sem Sol), Cousteau dedicou mais der 40 anos à pesquisa
submarina.
ESGOTADOS - Ninguém ignora que os recursos
minerais existentes na superfície da Terra estão quase esgotados. Os governos
tenderam a ver o mar como a solução para a carência futura, tentando
assenhorear-se das riquezas nele contidas: na massa líquida, no assoalho dos
oceanos (manganês) e em seu substrato sólido (petróleo, gás, etc).
Um número crescente de países estende o
limite de seu mar territorial até 200 milhas da costa. Outras nações,
interessadas em continuar explorando as riquezas contidas nesta faixa, não
reconhecem esses limites. O debate em torno do mar territorial de 200 milhas
tem feito com que não se levem em conta os recursos contidos no “mar de
ninguém” e as discussões travadas a seu propósito.
O esgotamento das reservas terrestres de
petróleo, gás e outros minérios, junto com o crescente temor de que as
atividades agrícolas não bastam para as futuras necessidades de alimento, tem
levado cada governo a tomar medidas para a proteção de seu litoral. A questão é
saber quanto podemos subtrair do mar sem prejuízo de estoques existentes.
Há milhares de anos a Chapada Diamantina
era uma praia e parte da região ficava no fundo do mar. O mais interessante é
que os diamantes surgiram da ação da água sobre as rochas. Hoje os solos são
arenosos e pouco profundos, e há uma grande quantidade de nascentes de diversos
rios, o que ajuda na formação de cachoeiras e quedas d´água.
Desde a Antiguidade o peixe constitui o
principal recurso natural extraído dos oceanos. Mas os peixes se distribuem de
uma forma desigual por eles. Nas áreas em que os nutrientes das plantas são
abundantes e é possível a fotossíntese, os mares chegam a produzir, num ano,
até 60 quilos de peixes por 100 metros quadrados. Já em outras regiões, os
nutrientes de que as plantas necessitam localizam-se abaixo da zona em que
existe luz na quantidade requerida para a fotossíntese. Aí, as possibilidades
de vida marinha são quase nulas.
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