30 maio 2022

CURIOSIDADES BAIANAS (35) Cinema ajudou nas obras sociais de Irmã Dulce

 


Nos anos 1940, a televisão não existia. O sucesso eram as rádios-novelas. As séries cinematográficas exibidas semanalmente - num embrião do que hoje seria um canal fechado ou Netflix - em películas preto e branco ganhavam o mundo. O baixo custo de operação era outro atrativo para a disseminação da sétima arte. Bastava um bilheteiro e um operador de projeção. Diante desse cenário, a mente fértil de Irmã Dulce viu no cinema a chance de fazer dinheiro para tocar seus projetos sociais. Junto com o frei Hildebrando Kruthaup (1902- 1986), teve a ideia de criar cinemas no Círculo Operário da Bahia (COB). No total, criaram três: Cine-Roma, Cine Plataforma e Cine São Caetano entre os anos de 1948 e 1949 - todos erguidos com doações e feitos pela construtora Odebrecht. Nos anos 1950, o frei fundou o Pax Roma conhecido como ‘Gigante da Baixa dos Sapateiros’ para exibir filmes religiosos, que foi gerenciado pelo COB. Foram os primeiros cinemas em bairros periféricos de Salvador. Na época, o Cine-Teatro Jandaia (fundado em 1911) e o Tupy, na Baixa dos Sapateiros, eram os que faziam sucesso com a classe média soteropolitana. O maior dos três cinemas, o Cine-Roma tinha capacidade para 1.850 espectadores - bem maior do que a média de 400 lugares das salas de cinema atuais.

 

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