Frank Miller, aliado a talentos como
Moore, Sienkiewicz, Gibbons, Bolland e Muzuchelli encabeçou
um movimento que
trouxe uma nova era para os quadrinhos. A profundidade com que as suas edições
atingiram os leitores, comparável ao melhor da literatura e do cinema, produziu
um estardalhaço na imprensa que trouxe novos leitores: os adultos.
Com uma nova e mais ampla fatia do
público à disposição, aliada a uma significativa mudança no perfil do
consumidor, as editoras puderam passar a programar edições de melhor qualidade,
com papel e impressão de alto nível e onde os artistas passavam a dispor de
muito mais tempo para dedicar a seus trabalhos graças a um aumento
significativo de sua remuneração.
Entre seus trabalhos, podem ser citados:
Demolidor:
A Queda de Murdock
(1985) - Miller e Mazzucchelli reconstruíram totalmente Matt Murdock, fazendo
com que o leitor tivesse uma conexão instantânea com o protagonista. O Rei do
Crime desenvolve a identidade do Demolidor e transforma a vida do herói num
inferno.
Daredevil:
Love and War
(1986): em parceria com Bill Sienkiewicz, retoma o embate do protagonista com
seu principal oponente, Kingspin (no Brasil, O Rei);
Elektra:
Assassin
(1986-1987): também em parceria com Sienkiewicz, apresenta uma incursão no
passado da personagem por ele criada para as histórias do Demolidor (Elektra
Assassina);
Ronin (1983) - Minissérie
foi publicada pela DC Comics contando a saga de um Samurai que depois evolui
para um conto distópico e cyberpunk. Miller escreveu e ilustrou a série,
criando Ronin depois de ver uns filmes e quadrinhos de Kung Fu.
Batman:
Year One
(1987): a versão de Miller para o passado de Batman, criada em parceria com
David Mazzucchelli (Batman Ano Um);
Elektra
Lives Again
(1990): com cores de Lynn Varley, apresenta a história da ressurreição da
heroina e de sua busca pelo Demolidor (Elektra Vive);
Daredevil:
Man without Fear
(1993): trabalhando com John Romita Jr., reconta a história da origem do Demolidor
de forma semelhante à que fizera em Batman: Year One, mas sem obter o mesmo
sucesso (Demolidor: O Homem Sem Medo);
300 (1998):
publicada no Brasil como 300 de Esparta, mostra a versão de Miller, com cores
de Lynn Varley, de um episódio das Guerras Médicas, em que os antigos gregos e
os medo-persas se enfrentaram, no século V a.C. Conhecido como Batalha das
Termópilas, esse episódio relata a resistência do Rei Leônidas e seu exército
de 300 espartanos e 1000 gregos livres de outras regiões contra o exército do
Rei Xerxes, da Pérsia, estimado entre 60 e 70 mil homens;
Batman
O Cavaleiro das Trevas (1987): História violenta de um Batman cinquentão que
ressurge para libertar Gothan City. Destaques: a luta com o Super Homem e uma
menina no lugar de Robin.
Liberdade (1990): Desenhada por
David Gibbons, narra as aventuras da garota negra Martha Washington num cenário
futurista de guerra.
Sin
City:
Cotos violentos da vida noturna de uma metrópole.
Batman:
The Dark Knight Strikes Again (2001-2002): seqüência de Batman: The
Dark Knight Returns, desta vez realizada apenas com a ajuda de Lynn Varley na
colorização; representou a capitulação de Miller ao fascínio do lucro fácil
proporcionado pela proximidade às grandes corporações dos quadrinhos, sendo uma
obra controversa e bastante criticada pelos leitores, que a consideram uma
traição ao que o autor havia feito em sua incursões anteriores com o Cavaleiro
das Trevas.
The
Big Guy and Rusty the Boy Rebot: Parceria com Geoff Darrow, é um flerte
de Miller com os filmes japoneses de monstros.
Martha
Washington Goes War:
Continuidade de Liberdade.
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