JULGAR
O julgamento é um uso importante de
nosso arbítrio e exige grande cuidado, especialmente quando julgamos outras
pessoas. Todos os nossos julgamentos precisam ser guiados por padrões justos.
“Não julguem, para que vocês não sejam julgados” (Mateus 7.1). Quem muito
julga, muito esconde. Quem muito condena, quer tirar de foco seus erros e
apontar o dedo para os erros dos outros. A quantidade de pedras que você tem na
mão é proporcional ao tamanho da máscara que você usa. À primeira vista, a
recomendação de Jesus sobre o julgamento ("Não julgueis para não serdes
julgados" - Mateus 7:1) parece conter uma proibição a que se avalie, do
ponto de vista moral, o que se passa a nossa volta. No entanto, o mal, ou seja,
a desarmonia em relação às Leis Divinas, certamente ocorre num planeta como o
nosso e seria ilusão ver em toda a parte só o bem. Não devemos condenar aquele
que erra (denegrir, desejar-lhe o mal) mas nada impede que vejamos o mal, onde
ele exista. Por outro lado, julgar, não no sentido dos tribunais humanos que
devem proferir sentenças necessárias ao funcionamento da sociedade, mas no de
definir a responsabilidade moral de alguém perante determinado fato, é tarefa
inacessível a nós, que jamais conhecemos completamente todas as circunstâncias
que envolvem uma ocorrência qualquer nem as motivações e influências a que
estiveram submetidas as pessoas que dela participaram. Para o filósofo
Friedrich Holderlin (1770-1843), julgar é separar.
JUSTIÇA
Igualdade formal a todas as pessoas em
uma sociedade ou grupo deve ser tratada de acordo com as mesmas regras, mas os
critérios de justiça de dependem da “esfera” em que as distribuições estão
sendo consideradas, de forma que, por exemplo, a justiça econômica e a justiça
política são coisas distintas (WALZER, 1983, p.23-5), e os padrões de justiça são
relativos às compreensões e expectativas correntes em sociedades específicas.
PENSAR
Processo pelo qual a consciência
apreende em um conteúdo determinado objeto; refletir; formar, combinar ideias.
Meditar, raciocinar. Supor, cuidar, imaginar. Cogitar, planejar. Formar ou
combinar ideias. Fazer reflexões. Raciocinar. O pensar pode ocorrer de
diferentes modos. Um é rebuscado, característico de uma cultura que valoriza a
acumulação de conhecimento. Outro é o pensamento transformador do ser humano
fundamental para aquele que busca o autoconhecimento e o desenvolvimento final.
PODER
Do latim potere é, literalmente, o
direito de deliberar, agir e mandar e também, dependendo do contexto, a
faculdade de exercer a autoridade, a soberania, ou o império de dada circunstância
ou a posse do domínio, da influência ou da força. Em seu significado mais
genérico, poder é a capacidade de produzir ou contribuir para resultados –
fazer com que ocorra algo que fiz diferença para o mundo. Na vida social, poder
é a capacidade de produzir ou contribuir para resultados que afetem
significativamente um outro ou outros.
QUERER
Ter vontade, desejar. Gostar de: querer
muito a alguém; querer bem a alguém; querer mal a alguém. Exigir, pedir.
Desejar, pretender. Manifestar vontade. Querer é transitivo direto no sentido
de desejar, ter vontade de, cobiçar (Querem melhor atendimento. Queremos um
país melhor). Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar,
amar (Exemplos: Quero muito aos meus amigos. Ele quer bem à linda menina.
Despede-se o filho que muito lhe quer.)
TRANSGRESSÃO
Face obscura da sociedade que dá apoio
involuntário à ordem social. Violação das regras, normas ou expectativas
sociais, passível de punição. Transgressão significa a ação humana de atravessar,
exceder, ultrapassar, noções que pressupõem a existência de uma norma que
estabelece e demarca limites. Seu significado transitou da esfera geográfica,
na qual fixava o limite para as águas do mar à concepção ético-filosófica, que
abriga desde preceitos morais e religiosos até as leis do Estado. Daí, as
contraposições entre bem e mal, mandamento e pecado, código e infração.
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