Depois de
lançar Amadeu um bandido nordestino, Os funerais de dona Camila, As confissões sexuais deMaria Francisca, Memória da Imprensa Contemporânea da Bahia, Relicário, entre dezenas de
outras obras, Sérgio
Mattos comemora
50 anos de jornalismo, 50 anos de literatura e 40 anos de dedicação ao ensino
universitário com uma obra de peso: Vida
Privada no Contexto Público pela Quarteto Editora. Trata-se de seu 49º
livro onde ele resgata a história contemporânea da Bahia, contextualizada com
sua experiência. O lançamento está marcado para o dia 08 de outubro na Reitoria
da Ufba, a partir das 17h.
“Sérgio Mattos revela uma rara habilidade para aprisionar o
tempo, sobrevivendo a ele, ao mostrar o quanto se pode fazer pela vida à fora
sem perder a própria identidade”, informa o editor José Carlos Sant´Anna na
orelha do livro. “Ao longo dos anos exerci múltiplas atividades, às quais me
entreguei com dedicação. Mas duas delas sempre se destacaram e estiveram próximas:
Jornalismo e Educação, contribuindo e influenciando diretamente na construção
de mina obra”, informa Sérgio.
O livro, de 648 páginas, é dividido em sete partes. Na
primeira (A origem de tudo) ele conta a trajetória de seu pai, Sêo Zebinha, os
avós paternos e maternos e sua mãe, Dona Helena. Em seguida, a infância em três
etapas: Fortaleza, Recife e Salvador, quando descobre o mundo mágico da
leitura.
Na segunda parte (adolescência que vai de 1963 a 1967), o
trabalho e consciência política, aventuras e descobertas, engajamento político
e teatro e seu envolvimento na Ação Católica. A terceira parte, os sonhos
perseguidos, iniciando o jornalismo profissional, o primeiro projeto, o embrião
da Associação Nacional dos Jornais, atuação como editor local, e a paternidade:
sentimento composto de alegria e medo.
A quarta parte que vai de 1978 a 1982 os desafios e
conquistas no exterior, vencendo obstáculos, realizando pós graduação, ocupando
espaços na literatura. De 1982 a 1984 a convivência com os contrários. É a
quinta parte os transpira política na universidade, enfrenta desafios, sem
perder o entusiasmo. Na sexta parte, em busca de novos caminhos. Vai de 1985 a
1999, São as descobertas, sucessos e perdas, atuando como agitador cultural, o
projeto A Tarde Municípios, presidindo instituições culturais.
Na sétima e última parte, de 2000 a 2014 vamos encontrar a
construção e desconstrução. Novos projetos
editoriais e musicais, promove a
cultura baiana (Revista de Arte e Cultura Neon) e os novos desafios educacionais.
Há também nessa obra, sete anexos importantíssimo para quem acompanha a
trajetória deste ser iluminado.
Vale ressaltar que a União dos Municípios da Bahia (UPB), em
reconhecimento ao trabalho de interesse público que desenvolvia em benefício
das comunidades interioranas e da valorização da diversidade cultural de cada
região, lhe agraciou três vezes com a Medalha do Mérito Municipalista. Em
1989,
durante a gestão de Severiano Alves, em 1994 durante a gestão de Ariston
Andrade como presidente da entidade. E em 2014 na gestão de Maria Quitéria,
quando das comemorações do Jubileu de Ouro da UPB.
“Disciplina, determinação, dedicação e persistência são
palavras que servem para expressar tudo o que fiz e continuo a fazer, tato na
área profissional, como jornalista, como educador na área acadêmica”, escreveu
na quarta parte da recente obra.
Este é o Sérgio que conheço. Um ser humano que semeia
otimismo e planta sementes de entusiasmo,
esperança e fé. Amoroso, prestativo,
partilha conhecimento com todos ao seu redor. Ele possui uma áurea positiva que
transborda em todo local que chega. Pelo seu conhecimento, humildade,
simplicidade e força ética. E como escreveu Dirceu Lindoso, “é escrevendo o que
se viveu que se cria o passado. O passado é o pai da memória. E a memória é a
mãe da história”. E é Sérgio que em busca das raízes se apresenta:
“Cada ser humano nasce com uma história própria, um código
genético específico, dentro de um contexto histórico diferente e só atingirá a
plenitude se a história de vida dele tiver relações com o passado e com o
ambiente no qual está inserido e vive o seu presente. Como diz Carl Jung ´se um
indivíduo cresce sem ligação com o passado, é como se tivesse nascido sem olhos
nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo que
mutilá-lo´.”.
EXPERIÊNCIAS - O aprendizado de Sérgio Mattos vai da
poesia a semiótica, do teatro ao cinema, da tevê para a imprensa. Tudo sob a ótica aprimorada do articulista que passeia com desenvoltura nos diversos assuntos da contemporaneidade. “Caminhar com Sérgio é desbravar novos espaços e rotas, abertos em ritmos variados desde os parágrafos e entrelinhas, pinçando aqui e ali gotas de sentimento daquele que considero a maior incógnita do universo – o multifacetado ser humano, com seus conflitos, verdades, angústias e dúvidas, desafio permanente para quem tem coragem de tentar decifrá-lo. Sérgio tem. É ler para crer!”, escreveu o jornalista José Jorge Randam na orelha do livro Relicário.
Mattos dedica-se
à pesquisa e ao ensino mas não abdicou de atuar no mercado e sempre se manteve no exercício o jornalismo diário, em inúmeras funções editoriais nos jornais baianos. Foi o primeiro professor a orientar tese de doutoramento no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Contemporânea. Tem tratado de temas como tevê, imprensa, rádio, internet em publicações e simpósios. Recebeu o Prêmio de Comunicação Luis Beltrão, na categoria de maturidade acadêmica. Poeta com oito livros publicados e compositor com dezenas de composições gravadas por diversos intérpretes.
Criou a
revista Neon, de arte cultura e entretenimento que circulou de 199 a 2004, foi presidente fundador da Academia de Letras e Artes de Salvador, diretor do Instituto de Radiodifusão Educativa do Estado da Bahia e desde 2008 ingressou na Universidade Federal do Recôncavo como professor concursado. Assim é Sérgio Mattos, o “vigia do tempo” sempre atento ao que passa pela vida, revigorando o sentido do novo, em busca do “princípio invisível do existir”.
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