09 dezembro 2014

Cronologia dos personagens de desenho animado (9)




1964 (EUA) – Jonny Quest. O desenho teve 26 episódios a cores em seu primeiro ano (assinado por
Walter Black) exibidos originalmente pela emissora ABC até 1965, todos tinham como inspiração a revolução científica e tecnológica que acontecia no fim dos anos 50 e início dos anos 60. Raios laser, computadores, aviões supersônicos, foguetes lunares, robôs inteligentes e engenharia genética eram coisas comuns no desenho. O seriado levou dois anos para ser realizado e concretizou um sonho antigo de William Hanna e Joseph Barbera.

Foi o primeiro a abrir caminho para as séries de super heróis que mais tarde tomaram conta da TV. Havia boas doses de ficção nos modernos equipamentos e meios de transporte que o cientista Benton Quest utilizava para concluir suas pesquisas. Ao lado da aventura e espionagem, havia uma história humana, que prendia a atenção dos jovens. Jonny perdeu a mãe, vítima dos inimigos do pai, que guardava segredos do Estado.

Para proteger o garoto, que também tinha sua vida ameaçada, foi contratado o piloto Roger Race Bannon, uma espécie de segurança, professor e amigo da família. Fazia parte do grupo o mini buldogue esperto chamado Bandit, responsável por inúmeras gags do seriado e também o amigo indiano Hadji, incorporado no segundo episódio. A trilha sonora assinada por Hoyd Curtin marcava a ação. Em cada semana podia-se viajar para um lugar exótico: Egito, África, Polinésia. Em 1986, nova etapa do desenho não conseguiu obter a mesma repercussão. No Brasil foi exibido por várias emissoras.

Criado por Doug Wildey, The Adventures of Jonny Quest teve 26 episódios exibidos pela norte-americana ABC, entre 18 de setembro de 1964 e 09 de setembro de 1965, reprisados nos EUA até 1981. Marcado estilo realista nos seriados de animação dos anos 60, Jonny Quest foi o primeiro desenho de Hanna-Barbera voltado para adolescentes. Era mais caro do que as produções para TV da época. Comprada pela Turner Company em 1991, que se fundiu em 1995 à ABC, a Hanna-Barbera resolveu radicalizar o personagem. Jonny Quest invade a década de 90 em versão hiper-realista. O herói perdeu os traços pré-adolescentes e ganhou 65 episódios de animação por computação.

Jonny Quest. The Real Adventures é uma homenagem ligh tech a um dos maiores desenhos de aventuras de todos os tempos. No Brasil foi exibido pela SBT. Nas novas aventuras, Jonny e seus amigos trafegaram não apenas no mundo real, mas também combaterão o mal num perigoso universo criado a partir da realidade virtual, o QuestWorld. Os 65 novos episódios foram criados numa operação multinacional pela Japan Pacific Animation Corp junto com a firma francesa Toon’s Factoy e dirigida pelo inglês Peter Lawrence.

Jonny Quest era um garoto que acompanhava pelo mundo o pai, o cientista Benton Quest. O pai trabalhava para o governo norte-americano, tinha acesso a novos equipamentos e contava com a companhia da ex-agente secreto Race Bannon. Completando o grupo, o rapazinho indiano Hadji, possuidor de alguns dons paranormais, e o divertido cachorrinho Bandit que sempre arrumava encrenca por causa do seu faro para  encontrar os vilões, deixando-o em apuros diversas vezes. E Dr. Zin era um grande cientista, mas voltado para o mal.

A série Jonny Quest foi inspirada em aventuras dos quadrinhos como Terry e os Piratas, e do rádio, como Jack Armstrong. Para criar os personagens, o estúdio Hanna-Barbera chamou o veterano dos quadrinhos Doug Wildley (de Buffalo Bill, Hopalong Cassidy e The Saint). Seus cenários criativos, acompanhados pela música atmosférica de Hoyt Curtin, marcaram uma nova fase para os desenhos animados. As aventuras em geral envolviam cientistas loucos, animais míticios e temas afins. Em 1966, os estúdios Hanna-Barbera tentaram reviver os personagens na série The Real Adventures of Jonny Quest, mas numa época pós-Indiana Jones, pós-McGyver, pós-Star Wars, a inocência e o frescor do original haviam desaparecido. Fazer um Jonny um pouco mais velho (14 anos, contra os 11 do original) e acrescentar a menina Jessie Bannon só contribuiu para dar saudades dos primeiros Jonny Quest.

1964 (EUA) – Os Beatles. Produzido entre 1964 e 1967 por Al Brubax, o mesmo que produziria o
longa de animação Yellow Submarine, em 1968, os desenhos animados dos Beatles narravam historinhas bobas como forma de promover as canções do grupo. Funcionavam como uma espécie de videoclipe. Transformados em habitantes de Toontown, o mundo mágico da animação, os Beatles tornaram-se, como todos os habitantes daquele universo, imunes a todas as ameaças como quedas de alturas gigantescas ou acidentes de qualquer espécie. Era o auge da beatlemania e as historinhas do Fab Four endereçadas ao público infanto-juvenil funcionavam como um bom marketing de apoio aos discos e filmes do grupo. No Brasil foram exibidos pela TV Tupi entre 1966/1967.

1964 (EUA) – A Pantera Cor de Rosa (Pink Panter). Divertida, carismática e elegante por natureza, a Pantera Cor de Rosa não foi criada para uma série animada. A história começou na série de filmes sobre o Inspetor Closeau (interpretado pelo ator Peter Selers). O primeiro filme trata do roubo de um famoso diamante chamado The Pink Panter e o inspetor Closeau é contratado para recuperá-lo. A produção do filme criou uma animação como introdução do filme. Esse mini desenho animado mostra o inspetor Closeau correndo atrás da Pantera Cor de Rosa. Só que ao invés de desenharem o diamante, fizeram uma brincadeira ao pé da letra e desenharam mesmo uma pantera. Apesar de só aparecer por alguns minutos na tela do cinema, a Pantera Cor de Rosa agradou tanto ao público que acabou ganhando uma série animada só dela. A música de abertura criada por Henry Mancini foi sucesso internacional. O desenho foi criação de Friz Freleng e David DePatie.

           

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