1964 (EUA) – Jonny Quest. O
desenho teve 26 episódios a cores em seu primeiro ano (assinado por
Walter
Black) exibidos originalmente pela emissora ABC até 1965, todos tinham como
inspiração a revolução científica e tecnológica que acontecia no fim dos anos
50 e início dos anos 60. Raios laser, computadores, aviões supersônicos,
foguetes lunares, robôs inteligentes e engenharia genética eram coisas comuns
no desenho. O seriado levou dois anos para ser realizado e concretizou um sonho
antigo de William Hanna e Joseph Barbera.
Foi o primeiro a abrir caminho
para as séries de super heróis que mais tarde tomaram conta da TV. Havia boas
doses de ficção nos modernos equipamentos e meios de transporte que o cientista
Benton Quest utilizava para concluir suas pesquisas. Ao lado da aventura e
espionagem, havia uma história humana, que prendia a atenção dos jovens. Jonny
perdeu a mãe, vítima dos inimigos do pai, que guardava segredos do Estado.
Para proteger o garoto, que
também tinha sua vida ameaçada, foi contratado o piloto Roger Race Bannon, uma
espécie de segurança, professor e amigo da família. Fazia parte do grupo o mini
buldogue esperto chamado Bandit, responsável por inúmeras gags do seriado e
também o amigo indiano Hadji, incorporado no segundo episódio. A trilha sonora
assinada por Hoyd Curtin marcava a ação. Em cada semana podia-se viajar para um
lugar exótico: Egito, África, Polinésia. Em 1986, nova etapa do desenho não
conseguiu obter a mesma repercussão. No Brasil foi exibido por várias
emissoras.
Criado por Doug Wildey, The
Adventures of Jonny Quest teve 26 episódios exibidos pela norte-americana ABC,
entre 18 de setembro de 1964 e 09 de setembro de 1965, reprisados nos EUA até
1981. Marcado estilo realista nos seriados de animação dos anos 60, Jonny Quest
foi o primeiro desenho de Hanna-Barbera voltado para adolescentes. Era mais
caro do que as produções para TV da época. Comprada pela Turner Company em
1991, que se fundiu em 1995 à ABC, a Hanna-Barbera resolveu radicalizar o
personagem. Jonny Quest invade a década de 90 em versão hiper-realista. O herói
perdeu os traços pré-adolescentes e ganhou 65 episódios de animação por
computação.
Jonny Quest. The Real Adventures
é uma homenagem ligh tech a um dos maiores desenhos de aventuras de todos os
tempos. No Brasil foi exibido pela SBT. Nas novas aventuras, Jonny e seus amigos
trafegaram não apenas no mundo real, mas também combaterão o mal num perigoso
universo criado a partir da realidade virtual, o QuestWorld. Os 65 novos
episódios foram criados numa operação multinacional pela Japan Pacific
Animation Corp junto com a firma francesa Toon’s Factoy e dirigida pelo inglês
Peter Lawrence.
Jonny Quest era um garoto que
acompanhava pelo mundo o pai, o cientista Benton Quest. O pai trabalhava para o
governo norte-americano, tinha acesso a novos equipamentos e contava com a
companhia da ex-agente secreto Race Bannon. Completando o grupo, o rapazinho
indiano Hadji, possuidor de alguns dons paranormais, e o divertido cachorrinho
Bandit que sempre arrumava encrenca por causa do seu faro para encontrar os vilões, deixando-o em apuros diversas
vezes. E Dr. Zin era um grande cientista, mas voltado para o mal.
A série Jonny Quest foi inspirada
em aventuras dos quadrinhos como Terry e os Piratas, e do rádio, como Jack
Armstrong. Para criar os personagens, o estúdio Hanna-Barbera chamou o veterano
dos quadrinhos Doug Wildley (de Buffalo Bill, Hopalong Cassidy e The Saint).
Seus cenários criativos, acompanhados pela música atmosférica de Hoyt Curtin,
marcaram uma nova fase para os desenhos animados. As aventuras em geral
envolviam cientistas loucos, animais míticios e temas afins. Em 1966, os
estúdios Hanna-Barbera tentaram reviver os personagens na série The Real
Adventures of Jonny Quest, mas numa época pós-Indiana Jones, pós-McGyver,
pós-Star Wars, a inocência e o frescor do original haviam desaparecido. Fazer
um Jonny um pouco mais velho (14 anos, contra os 11 do original) e acrescentar
a menina Jessie Bannon só contribuiu para dar saudades dos primeiros Jonny
Quest.
1964 (EUA) – Os Beatles.
Produzido entre 1964 e 1967 por Al Brubax, o mesmo que produziria o
longa de
animação Yellow Submarine, em 1968, os desenhos animados dos Beatles narravam
historinhas bobas como forma de promover as canções do grupo. Funcionavam como
uma espécie de videoclipe. Transformados em habitantes de Toontown, o mundo
mágico da animação, os Beatles tornaram-se, como todos os habitantes daquele
universo, imunes a todas as ameaças como quedas de alturas gigantescas ou
acidentes de qualquer espécie. Era o auge da beatlemania e as historinhas do
Fab Four endereçadas ao público infanto-juvenil funcionavam como um bom
marketing de apoio aos discos e filmes do grupo. No Brasil foram exibidos pela
TV Tupi entre 1966/1967.
1964 (EUA) – A Pantera
Cor de Rosa (Pink Panter). Divertida, carismática e elegante por natureza,
a Pantera Cor de Rosa não foi criada para uma série animada. A história começou
na série de filmes sobre o Inspetor Closeau (interpretado pelo ator Peter
Selers). O primeiro filme trata do roubo de um famoso diamante chamado The Pink
Panter e o inspetor Closeau é contratado para recuperá-lo. A produção do filme
criou uma animação como introdução do filme. Esse mini desenho animado mostra o
inspetor Closeau correndo atrás da Pantera Cor de Rosa. Só que ao invés de
desenharem o diamante, fizeram uma brincadeira ao pé da letra e desenharam
mesmo uma pantera. Apesar de só aparecer por alguns minutos na tela do cinema,
a Pantera Cor de Rosa agradou tanto ao público que acabou ganhando uma série
animada só dela. A música de abertura criada por Henry Mancini foi sucesso
internacional. O desenho foi criação de Friz Freleng e David DePatie.
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