Os
mares e oceanos foram utilizados pelo homem desde o início da nossa
civilização: primeiro como
fonte de alimentos pela pesca artesanal ou coleta de
moluscos e algas. Posteriormente, como fonte de matérias-primas como sal,
bromo, magnésio, calcário e, principalmente, como meio de transporte. Hoje, o
oceano é uma grande fonte de matérias para a indústria de alimentos e farmacêutico.
No Brasil, por exemplo, especialmente na região da plataforma continental, os
hidrocarbonetos de petróleo e os calcáreos são extraídos em larga escala
industrial.
O
homem sempre alterou o seu meio ambiente, mas a extensão dessas alterações
somente passou a ser significativa após a Revolução Industrial do século 18. A
partir dessa época, o homem passou a mobilizar quantidades crescentes de
matérias-primas e energia e a transportar por via marítima grande quantidades
de produtos industrializados. O despejo de esgoto sem tratamento nos mares do
mundo polui as águas, o litoral e põe em risco a saúde e o bem-estar dos povos
e dos animais que habitam essas árias, de acordo com um relatório elaborado
pela Organização das Nações Unidas (ONU) sob a questão. Além dos esgotos, os
oceanos sofrem com o despejo cada vez maior de nutrientes, como os que escorrem
a partir de terras cultivadas. Esses nutrientes estimulam o desenvolvimento de
algas tóxicas, que acabam com o oxigênio das águas, promovendo a destruição de
ecossistemas, com os manguezais.
Os
grandes polos de concentração humana e industrial se estabeleceram próximos ou
na zona costeira
ou estuarina levando ao uso indiscriminado dos oceanos como
repositório final. Hoje, quase metade da população mundial vive nas cidades
costeiras ou em regiões bem próximas a elas. E o esgoto doméstico continua a
ser um dos maiores problemas a nível global. A exploração de recursos é outro
desafio. Os recursos pesqueiros estão sendo explorados excessivamente, sem
controle e isso é ruim, pois não há renovação do estoque. Sem limitação na
capacidade de renovação do estoque, haverá colapso e não poderá mais recuperar
aquela parte perdida.
Diante
de tantas denúncias contra a poluição no mar, o cinema, a música, a literatura
e os quadrinhos também incorporam na luta. No final da década de 80, os
franceses Thierry Cailletau e Olivier Vatini lançaram "Aquablue"
(1988), uma saga em quadrinhos que aborda a vida de um planeta aquático onde os
habitantes vivem exclusivamente dos recursos que a natureza oferece. Com
roteiro de Michael Turner e Bill O´Neil e desenhos de Turner foi publicada em
2003 "Fathom" (Água Pesada), a saga de uma garota, Aspen, treinada
para desempenhar importante papel que pode determinar futuro de dois mundos - a
raça subaquática e a terrestre. Em 2007 a Panini publicou a história no Brasil.
Àgua pesada é a principal substância utilizada em um tipo de reator nuclear
onde o plutônio é desenvolvido a partir do urânio. Ela existe naturalmente na
água, mas apenas em quantidades mínimas. A água pesada é um dos principais
moderadores que permitem o funcionamento de um reator nuclear que utiliza
urânio como combustível.
Em
1995 Kevin Costner realiza seu "Waterworld". Uma ligação ancestral
dos seres humanos com mágicos habitantes das águas é a trama de "A Dama na
Àgua", filme do cineasta M. Night Shyamalan. No Brasil em 2003 Flavia
Moraes estrea no longa "Acquária": em mil anos, a Terra secou, e os
poucos humanos que sobraram vivem em escassez de líquido. O acidente ecológico
serviu também para o surgimento de alguns seres mutantes. Um casal de
cientistas está perto de conceber uma máquina que cria água. São atacados,
mortos, um de seus filhos é raptado e outra criança consegue se esconder. Anos
depois, eles se reencontrarão já adultos. Essa é a história.
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