09 outubro 2015

Trajetória da filosofia (2)



Pitágoras (571-497 a.C.) insistia que os ingredientes básicos do cosmo eram números e proposições. 

Heráclito (536-470 a.C.) era um recluso, gostava de enigmas, paradoxos e jogos de palavras enigmáticas que ocultava seus próprios significados. Para ele a natureza só seda a conhecer a muitos poucos. 

Por  trás de todas as coisas existe um princípio organizador que chamou de logo se o mundo estava em constante mudança, “em fluxo”, e a estabilidade aparente era uma ilusão.

Ele usou a teoria das proporções para explicar,
entre outras coisas, a natureza da música e os movimentos dos astros. Outro filósofo milésio,

A noção de que a essência da natureza é transformação, e que por trás dessa transformação e suas diferentes manifestações existe uma unidade, constitui um dos princípios mais fundamentais da física moderna. Para Heráclito, o agente transformativo é o jogo que purifica e transforma, é parte do espírito do homem. Esse pensamento vai inspirar, mais tarde, os alquimistas. “Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio”, disse sobre o que parece haver de constante no universo – a mudança.

Parmênides (515-450 a.C.) propôs que tudo é feito da combinação de quatro raízes: terra, água, ar e fogo – determinado pelo equilíbrio entre duas tendências: o amor (que une) e a discórdia (que separa). Ao misturar sal e água ação é o amor. Quando há separação (na decomposição) vemos a ação da discórdia. Forças de atração e repulsão. Segundo ele, os sentidos que usamos para perceber a realidade podem nos enganar.

Demócrito (460-370 a.C.) levou adiante a ideia das posições cada vez menores de matéria. Tudo é feito de partículas indivisíveis chamadas átomo (em grego, o que não pode ser cortado). Sócrates (470-399 a.C.) foi provocador, acreditava que a virtude é o mais valioso de todos os bens.  

Platão (427-347 a.C.) trazia a teoria de dois mundos, um deles é o nosso cotidiano de mudança e transitoriedade e o outro um mundo ideal povoado por formas ideais.



Aristóteles (384-322 a.C.) foi cosmólogo, astrônomo, meterologista, físico, geólogo, biólogo, psicólogo e muitas de suas ideias sobre as ciências naturais continuariam 500 anos após sua morte. E acabou por se transformar num enorme obstáculo ao progresso científico, pois  suas concepções ocuparam um lugar tão central nas doutrinas da todo poderosa Igreja medieval que a formulação de teorias alternativas em ciência foi ativamente desencorajada durante séculos. 

Para Aristóteles, as coisas têm um potencial. Trata-se da teleologia, a intencionalidade das coisas.

Epicuro (341-270 a.C.) acreditava na paz de espírito, sua meta era libertar-se da ansiedade, alcançar a tranqüilidade. Há, até o momento, ausência de registros, ideias nas culturas da África e das Américas. Mas houve trabalhos florescentes, tradições diferentes e diferentes maneiras de ver o mundo e nele viver, mas grande parte de seus ensinamentos foram queimados pelos conquistadores, principalmente os espanhóis.

Jesus Cristo (c.5 a.C-30 d.C.) levou ensinamentos como o amor e a importância de auxiliar os desaventurados. 

Um pensador judeu, Filo (20 a.C.-40 d.C.) reinterpretou as histórias
bíblicas como formulações míticas acerca da natureza da condição humana e da relação da humanidade como o divino.

Plotino (c.205-269 d.C.) trouxe a teoria de emanações.  

Santo Agostinho (354-430 d.C.) abraçou a concepção de que o guia correto para a revelação eram as Escrituras. “Penso, logo existo”, afirmação atribuída a Descartes, aparece nos escritos de Agostinho 12 séculos antes. Com ele, a vida pessoal, interior, do espírito começa a ocupar o centro do palco no pensamento ocidental.


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