Já Pitágoras (571-497 a.C.) insistia que os ingredientes básicos do
cosmo eram números e proposições.
Heráclito
(536-470 a.C.) era um recluso, gostava de enigmas, paradoxos e jogos de
palavras enigmáticas que ocultava seus próprios significados. Para ele a
natureza só seda a conhecer a muitos poucos.
Por trás de todas as coisas existe um princípio
organizador que chamou de logo se o mundo estava em constante mudança, “em
fluxo”, e a estabilidade aparente era uma ilusão.
entre outras coisas, a natureza da música e os movimentos dos astros. Outro filósofo milésio,
A noção de que a essência da
natureza é transformação, e que por trás dessa transformação e suas diferentes
manifestações existe uma unidade, constitui um dos princípios mais fundamentais
da física moderna. Para Heráclito, o agente transformativo é o jogo que
purifica e transforma, é parte do espírito do homem. Esse pensamento vai
inspirar, mais tarde, os alquimistas. “Não se pode entrar duas vezes no mesmo
rio”, disse sobre o que parece haver de constante no universo – a mudança.
Parmênides (515-450 a.C.) propôs que tudo é feito da combinação de
quatro raízes: terra, água, ar e fogo – determinado pelo equilíbrio entre duas
tendências: o amor (que une) e a discórdia (que separa). Ao misturar sal e água
ação é o amor. Quando há separação (na decomposição) vemos a ação da discórdia.
Forças de atração e repulsão. Segundo ele, os sentidos que usamos para perceber
a realidade podem nos enganar.
Demócrito (460-370 a.C.) levou adiante a ideia das posições cada
vez menores de matéria. Tudo é feito de partículas indivisíveis chamadas átomo
(em grego, o que não pode ser cortado). Sócrates
(470-399 a.C.) foi provocador, acreditava que a virtude é o mais valioso de
todos os bens.
Platão (427-347 a.C.)
trazia a teoria de dois mundos, um deles é o nosso cotidiano de mudança e
transitoriedade e o outro um mundo ideal povoado por formas ideais.
Aristóteles (384-322 a.C.) foi cosmólogo, astrônomo, meterologista,
físico, geólogo, biólogo, psicólogo e muitas de suas ideias sobre as ciências
naturais continuariam 500 anos após sua morte. E acabou por se transformar num
enorme obstáculo ao progresso científico, pois
suas concepções ocuparam um lugar tão central nas doutrinas da todo
poderosa Igreja medieval que a formulação de teorias alternativas em ciência
foi ativamente desencorajada durante séculos.
Para Aristóteles, as coisas têm
um potencial. Trata-se da teleologia, a intencionalidade das coisas.
Epicuro (341-270 a.C.) acreditava na paz de espírito, sua meta era
libertar-se da ansiedade, alcançar a tranqüilidade. Há, até o momento, ausência
de registros, ideias nas culturas da África e das Américas. Mas houve trabalhos
florescentes, tradições diferentes e diferentes maneiras de ver o mundo e nele
viver, mas grande parte de seus ensinamentos foram queimados pelos
conquistadores, principalmente os espanhóis.
Jesus Cristo (c.5 a.C-30 d.C.) levou ensinamentos como o amor e a
importância de auxiliar os desaventurados.
Um pensador judeu, Filo (20 a.C.-40 d.C.) reinterpretou as
histórias
bíblicas como formulações míticas acerca da natureza da condição
humana e da relação da humanidade como o divino.
Plotino (c.205-269 d.C.) trouxe a teoria de emanações.
Santo Agostinho (354-430 d.C.) abraçou
a concepção de que o guia correto para a revelação eram as Escrituras. “Penso,
logo existo”, afirmação atribuída a Descartes, aparece nos escritos de
Agostinho 12 séculos antes. Com ele, a vida pessoal, interior, do espírito
começa a ocupar o centro do palco no pensamento ocidental.
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