A história da autoconsciência da
humanidade e de seu maravilhamento com o mundo, a paixão pela sabedoria. Assim
é a filosofia. A mais antiga filosofia registrada veio da Índia. O hinduismo
tem um rico legado de sábios, de especulações e de instituições profundas sobre
as maneiras do mundo.
Os antigos textos hindus chamados
Vedas remontam a 1400 a.C. e os Upanixadis que se seguiram aos Vedas, datam de
800 a.C. Durante muitos séculos, os filósofos indianos haviam defendido uma concepção
de realidade absoluta, ou Brahman, que era totalmente independente da
experiência humana comum e por ela desconhecida. Segundo os escritores hindus,
o Buda desenvolveu uma visão pela qual nossa concepção comum do universo e de
nós mesmos é uma espécie de ilusão. E seus adeptos desenvolveram ricas teorias
do conhecimento, da natureza, do eu e suas paixões.
Os hebreus antigos foram uma
outra pujante força filosófica no mundo antigo. A concepção de um Deus único e
da lei dada por Deus armaram o palco para a civilização ocidental. Eles nos
deixaram um dos mais influentes livros da história, a Bíblia hebraica, ou o
Antigo Testamento.
Mas antes dos hebreus antigos
muitos povos já acreditavam na ideia de um Deus único como os babilônicos, mas
o êxito dos hebreus foi contar sua própria história e refletir sobre ela. Já no
Oriente Médio (Pérsia), um sujeito chamado Zaratustra
de Balkh, ou Zoroastro (660-583
a.C.) começou a se mover rumo a um monoteísmo moral abrangente. Ele já se
preocupava com o sofrimento e a maldade no mundo: como pode Deus permitir
tamanho sofrimento?.
A China, no século VI a.C.
já era uma cultura política extremamente
avançada. Confúcio (600-500 a.C.) já
falava da arte de governar, de conviver com os outros, do cultivo da virtude
pessoal e a evitação do vício. Ele não tinha intenção de fundar religião, mas
depois de sua morte ele foi admirado e o confucionismo (assim como o budismo)
tornou-se a religião de um terço do mundo.
E é na China do século VI que
surge outro sábio chamado Lao-tsé
que atribuía grande importância à natureza. Assim tanto o confucionismo quanto
para o taoísmo, o desenvolvimento do caráter pessoal é a principal meta da
vida. O pessoal é o social (confucionista). O pessoal é a relação com a cultura
(taoísta). A filosofia chinesa coincidira na necessidade de harmonia na vida
humana.
Os gregos (helenos) não foram, no
início, grandes inovadores com a historiografia atual detalhada. Eram um grupo
de indo-europeus nômades que vieram do norte e tomaram o lugar de um povo já
estabelecido às margens do mar Egeu. Ao começar a comercializar em torno do
Mediterrâneo, apropriaram de elementos de outras culturas. Dos fenícios,
tomaram um alfabeto, alguma tecnologia e idéias religiosas\ousadas. Do Egito,
tomaram os modelos que mais tarde definiram a arquitetura grega, os fundamentos
da geometria e algumas das ideias exóticas da religião grega do “mistério” primordial.
Da Babilônia (hoje Iraque), os gregos tomaram a
astronomia, a matemática, a geometria e ainda outras ideias religiosas. Assim,
a filosofia grega emergiu dessa mistura, desses pensamentos que a filosofia (do
grego philein, amor, e sophie, sabedoria) nasceu na Grécia.
O primeiro dos filósofos que
queria entender a essência de todas as coisas foi o grego Tales, que viveu na Ásia Menor (Turquia) no século VII a.C.
(624-546). Ele propôs que tudo efeito de água, via que todos os seres vivos
precisam de água para sobreviver, e que, sem ela, a vida é impossível. E ele
teve seus discípulos.
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