O coelho mais famoso do cinema e da televisão completou 75 anos e julho deste ano. A personagem
começou a ser desenhado na Warner Cartoons sem nome definido. Ele era apenas um coelho maluco. Dois anos mais tarde, com a realização de “A Wild Hare”, Pernalonga mostrou suas verdadeiras qualidades: impetuoso, mas tranquilo, inteligente e cheio de piadas para deixar seus coadjuvantes enlouquecidos e a plateia às gargalhadas. Nada melhor para esquecer os horrores e traumas da Segunda Guerra do que um desenho que fugia completamente à realidade e um coelho que debochava de tudo, saindo sempre por cima de qualquer situação.
Foi nessa época que ele passou
para o primeiro lugar no ranking do gênero, batendo o sucesso dos desenhos
concorrente da Walt Disney. Era o coelho cheio de autoconfiança, que mudava o
mundo em função de suas próprias vontades. O sucesso de “A wild hair” foi tanto
junto ao público que a Warner precisou batizar imediatamente e deixar o coelho
ganhar vida própria. Foram 160 curtas e cinco longas, além de uma série na Tv
que vem sendo apresentada, continuadamente, por mais de 40 anos.
Pernalonga ganhou o Oscar de
Melhor Curta de Animação em 1958. E uma estrela na Calçada da Fama em 1985,
sendo o segundo desenho a ter essa honra, depois de Mickey Mouse em 1975.
Em 2002 a revista TV Guide
classificou Pernalonga como o melhor personagem de desenho animado de todos os
tempos. Os Looney Tunes voltaram recauchutados em 2011, numa versão caprichada
e atualizada.
Sua primeira aparição oficial com o nome
de Bugs Bunny, Pernalonga no Brasil, ocorreu em 27 de julho de 1940, há exatos
75 anos, no curta "A Wild Hare" (O Coelho Selvagem), dirigido por Tex
Avery. No desenho, Pernalonga contracena com seu eterno caçador, Hortelino.
Enquanto Happy Rabbit era um coelho
branco meio amalucado com sotaque caipira, numa personalidade mais parecida com
a do Patolino, Pernalonga possui a pelagem cinza e uma personalidade mais
voltada para a esperteza, e seu sotaque lembra o utilizado pelos moradores de
Brooklyn, em Nova York, local onde ele foi criado.
Os Looney Tunes voltaram recauchutados
em 2011, numa versão caprichada e atualizada.
Pernalonga protagonizou por volta de 160
curtas animados, além de longa-metragens como Space Jam - O Jogo do Século e
Looney Tunes - De Volta a Ação. No Brasil, ele foi dublado por Ronaldo
Magalhães, Ary de Toledo, Cauê Filho, Mário Monjardim e Alexandre Moreno. Na TV
aberta, Pernalonga e sua turma foi exibido no Brasil pelo SBT em programas como
Bom Dia & Cia e Festolândia e pela Rede Globo.
Foi também em seu curta de estreia que
Pernalonga utilizou pela primeira vez seu famoso bordão: "O que que há,
velhinho?". Entre suas frases famosas, que ele usa para debochar dos
adversários, está “O que é que há, doutor?”. Esta já fazia parte do primeiro
filme e foi introduzida por Fred Tex Avery, que se inspirou em lembranças da
infância, passada no Texas. A sua displicente forma de mastigar a cenoura é
outra atitude engraçada, mas o beijo usado como insulto (inspirado em Charles
Chaplin) e outras referências cinematográficas, ainda diverte as novas
gerações.
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