19 junho 2013

O povo quer justiça social (02)





Tem ainda a insegurança, o local do medo, em vez de esperança. E a vida não tem de ser assim. O espaço que coabitamos pode ser (consensualmente) bem estruturado. Nesse espaço em que muitas das coisas vitais para a vida de cada um de nós (transportes, escolas, hospitais, trabalho) são compartilhadas, podem nos ver uns aos outros como condições, mais que como obstáculos, para nosso bem estar, coletivo e individual.

Eles podem, dizem muitos. A pergunta é: eles o fariam?. Eles o farão?. As pessoas podem influenciar os assuntos que lhe digam respeito de duas maneiras: por meio da voz (exigir mudanças no tipo de coisa feita e na forma como ela é feita) ou por meio da saída (virar as costas para a coisa que não satisfaz e se mover completamente para outro lugar, a fim de buscar satisfação). Mas a possibilidade de se contrapor às pressões atuais por um lugar as vidas privadas e pública de motivações éticas e de avaliações morais depende ao mesmo tempo de mais autonomia para esses indivíduos e de uma partilha mais vigorosa das responsabilidades coletivas.

O dilema Estado versos indivíduo é como tirar leite das pedras. Cidadãos autônomos, moralmente auto sustentados e independentes (ou seja, rebeldes, incômodos e desagradáveis) numa comunidade política como Salvador onde o índice de analfabetismo é alto, é pedir demais. Enquanto isso, na batcaverna, eles fazem o que querem, o povo que se exploda.

A felicidade, em nossa cidade, é uma fuga da insatisfação. Nossa capacidade de afastamento do exigir mais do político e saber o que ele faz, é a medida da arbitrariedade dele e, assim, num mundo regido pela política e de sua insustentabilidade, a necessidade de mudança e a capacidade de mudar se induzem e definem mutuamente. Ou seja, é pura ilusão. Quanto mais facilmente possamos nos afastar da política, menos autoridade estamos inclinados a lhe conceder. E é isso o que eles querem. Atuar como se não existissem ninguém. O que eles fazem é só para satisfação própria.

O sociólogo baiano Antonio Risério em uma de suas colunas quinzenais publicadas no jornal A Tarde informou que a primeira profissão que vingou na Cidade da Bahia foi a de ladrão (Passeios Públicos. A Tarde 30/03/2013, p.2): “E o primeiro dos ‘dous ff’ de que falava Gregorio. Terra de gatunos, denunciava-se no século 18 (...). E hoje, para tudo quanto é lado que olho, diviso logo algum ilustre, poderoso e envernizado ladrão, proprietário de casas e de casos”.

O escritor Hélio Pólvora escrevendo sobre insegurança consentida (A Tarde 09/06/2013, p.2) afirmou: “Somos governados por uma minoria hábil na simulação de condutas democráticas”. Terceira maior cidade do país em população, Salvador sofre, há tempos, com uma crônica falta de recursos. Tem a pior arrecadação per capita entre as capitais dos estados brasileiros, Salvador cresceu de forma desordenada e desorganizada e nenhum gestor tentou mudar isso...

A prática de legislar em causa própria, ignorando as aspirações da sociedade, transformando o Poder Legislativo em uma casa de negócios, criou uma imagem negativa do Congresso Nacional perante a opinião pública. As eleições de Eduardo Alves e Renan Calheiros para a presidência da Câmara e do Senado são exemplos de distanciamento dos parlamentares brasileiros em relação à sociedade. Outra deterioração política foi a Comissão de Ética em que oito dos 15 membros titulares são acusados em 20 inquéritos e ações penais. E para presidir tal comissão um pastor, reu no STF e acusado de homofobia e racismo. Até quando a população vai aguentar isso?

perdi a esperança
de ter na política o respeito
que sei que não é direito
usufruir do dinheiro público
e a justiça ficar cega no que
pois faz conluio com o poder
e agora, em quem acreditar?
Siga seu caminho reto
respeite o próximo e direto
naquilo que tem e tenha certeza
que o que faz é uma proeza
de saber viver simples, com humildade
não pisar no outro e falar sempre a verdade
e se inspirar naquilo que acredita
em frente, amigo, a vida é bendita!


Léo Pirão: a favela da porta para fora

O publicitário, historiador, músico e poeta Léo Pirão escreveu no Correio um artigo muito bom. Acesse:


Veja o que você pode fazer para eliminar os maus políticos:


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Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Brotas), Galeria do Livro (Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (Barris em frente a Biblioteca Pública) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras, 28, Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929)

Um comentário:

Janciron João Cirino Gomes disse...

Enquanto houver a lei de imunidade e o foru privilegiado para acobertar os políticos corruptos e os juízes que vendem sentenças, só os pobres sem poder aquisitivo serão punidos! Sem distinção de cor, raça, credo, ou partido; a história vem nos mostrando que todo ser que se diz humano busca vantagens pessoais!
Diante das atuais circunstancias, acabamos sendo obrigados a eleger o político que vai atar nossas mãos, e nos escravizar para manter suas mordomias e vantagens pessoais!

Enquanto toda a população não souber como funciona uma eleição, o voto deve ser facultativo!

A população não pode ser obrigada a votar, pois da maneira que esta, é o mesmo que jogar sem conhecer as regras do jogo! Depois das alianças entre os partidos, os eleitores podem votar em A, B que seu voto pode servir para eleger o C; Ou seja, o voto pertence ao partido, e serve para fortalecer os presidentes de partido, para eleger um candidato do mesmo partido e até da coligação!
O governo, digo desgoverno deveria dar estas instruções, mas já agem desta maneira de caso pensado, a intenção das raposas velhas é se manterem mamando eternamente nas tetas suculentas da Nação!
Então o abaixo assinado pelo fim da imunidade é a solução, seja político quem quiser, mas se roubar, desviar ou superfaturar, devera ser julgado pelos eleitores em um júri popular; e se condenado deve ser punido, e devolver o valor que surrupiou!
Quem é eleito pelo povo, deve ser julgado pelo povo!

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=Janciron

Sem a lei de imunidade e o foru privilegiado para acobertar os maiores bandidos, vai sobrar verbas para a educação, saúde, moradias e segurança, pois os vagabundos descarados vão pensar antes de surrupiar verbas publicas.