13 junho 2013

Fio Vermelho, uma lenda chinesa (2)



Simetria é a linguagem do universo. É escrita em linguagem matemática, e as letras são triângulos, círculos e outras figuras geométricas, sem as quais é humanamente impossível compreender uma única palavra. Mas alguns de nós conseguem falá-la. Vemos o padrão exato, nos mosaicos. Aquelas formas geométricas… giraram e refletiram… repetidamente, infinitamente. E quando você fala a língua, segue a lógica; pode prever o próximo passo. Tem apenas que confiar onde o caminho vai dar
.

Somos todos parte deste mosaico infinito, cada cela um único favo de mel. E mesmo que partes individuais do quebra cabeça nunca se toquem, todas formam um grande mosaico. Como tijolos na parede, o todo é mais forte por cada tijolo. Tire um, e tudo cai. Apesar de não percebermos, a integridade da parede é testada diariamente. Mas a parede se sustenta… Pelo apoio coletivo de todos!     

“A escala cromática consiste em 12 tons. Arranjados por tempo e sequência, esses 12 tons simples, criam uma infinita variedade musical. Harmonia e dissonância, tensão e resolução, todos podem ser descritos pela razão matemática entre os tons. Se pudermos traduzir todas as relações em som, podemos ouvir a Musica das Esferas; um som tão imenso e poderoso quanto o próprio Universo, tão quieto como uma pedra, tão sedutor como o coração humano. Para alguns a música eleva o espírito, a um lugar que transcende a beleza. Outros simplesmente ouvem a beleza nos próprios números. A terra, quando rotaciona, emite uma frequência. Uma nota musical, em 7.83 hertz. Mas essa frequência se altera ligeiramente por razões ainda desconhecidas. Alguns afirmam ser as erupções solares, ou distúrbios elétricos na atmosfera. Mas talvez, haja uma explicação simples. Talvez o som do planeta seja influenciado pelas 7 bilhões de almas sussurrando ao redor dela. Cada uma produzindo sua própria música. Acrescentando sua própria harmonia”. Jake Bohm

Dizem que a menor distância entre dois pontos, é uma linha reta. Mas o que acontece se o caminho
for bloqueado? Quando um obstáculo impede o correr do rio, ele redireciona… Em zigue-zague ao invés de seguir um curso reto. O que para nós parece um desvio, é para a água o melhor caminho da nascente ao deságue. A natura encontra um desvio. Se dois pontos são destinados a se tocar… O universo sempre encontrará um jeito de ligá-los. Mesmo quando tudo pareça estar perdido, alguns laços não podem ser quebrados. Eles definem quem nós somos… E quem podemos ser. Através do espaço, através do tempo… Ao longo de caminhos que não podemos prever… A natureza sempre dá um jeito.

“Os números são constantes, até deixarem de ser. Nossa incapacidade de influenciar o resultado é o grande equalizador. Torna o mundo justo. Computadores geram números aleatórios, na tentativa de extrair sentido da probabilidade. Sequências numéricas intermináveis, sem qualquer padrão. Durante
eventos cataclísmicos globais, tsunami, terremoto, os ataques do 11 de setembro, esses números de repente deixam de ser aleatórios. Quando nossa consciência coletiva entra em sincronia, o mesmo ocorre com os números. A ciência não consegue explicar o fenômeno, mas a religião explica. Chama-se “oração”. Um pedido coletivo, enviado em uníssono. Uma esperança compartilhada. Um medo mitigado. Uma vida poupada. Os números são constantes, até deixarem de ser. Em tempos de tragédias… Tempos de alegria coletiva… Nesses breves momentos, somente a experiência emocional compartilhada faz o mundo parecer menos aleatório. Talvez seja coincidência. Ou talvez seja uma resposta para as nossas orações”. Jake Bohm

“Há outras maneiras de nos perdermos. Nas escolhas que fazemos. Nos acontecimentos que nos devastam. Até mesmo dentro de nossas próprias mentes. O que poderia ser nossa âncora então? Para qual farol poderíamos nos voltar, para nos guiar da escuridão para a luz? E se forem as outras pessoas? As vidas que tocam as nossas, com maior ou menor importância?… Porque a luz que elas trazem nunca enfraquecerá.” Jake Bohm


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