04 junho 2013

Consumo consciente II: Mau uso da energia desperdiça cerca de R$10 bilhões por ano


Acredite, no Brasil se desperdiça cerca de R$ 10 bilhões por ano em petróleo, eletricidade e gás natural. O dado é da Associação Brasileira de Conservação de Energia (ABESCO) e serve como alerta para o mau uso da energia. O desperdício está espalhado por todas as esferas econômicas, sendo o comércio o responsável pela perda de 30%, a indústria com 15% e o campeão é o setor público com uma perda de 45%. No país pouco se fala do consumo consciente de energia através de alternativas econômicas e ambientalmente corretas, mas ações individuais podem refletir na diminuição de dióxido de carbono (CO2) emitido na atmosfera. 

O dióxido de carbono é um gás completamente tóxico e um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. Esse gás é encontrado no carvão e petróleo e em seus derivados, e utilizá-los de forma exagerada ou errada contribui para a formação do efeito estufa. Com o aumento da população e com o excesso de uso dos gases poluentes (dióxido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) o planeta pede ajuda.

CONSUMO RESIDENCIAL – Em 2007 o consumo de energia do Nordeste cresceu, chegando a superar o Sudeste do país que mantinha por longos anos o título de maior consumidora de energia elétrica. O responsável por esse aumento é o Programa Luz para Todos, iniciativa do Governo Federal através do Ministério de Minas e Energia atendendo em todo Brasil, 8.237.560 pessoas. Com o fornecimento de energia para regiões onde antes não se sabia o significado da televisão, houve um aumento de 44% de venda dos aparelhos e, conseqüentemente, um aumento na utilização da energia.
 
Além de levar eletricidade para onde não existia, o Luz para Todos juntamente com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL – levam políticas públicas direcionadas para o uso consciente dos novos consumidores atuando através de diversos programas de forma significativa. No nordeste, por exemplo, o projeto de melhoria na iluminação pública municipal garante uma redução de 11.754 kW gerando uma economia no consumo de energia elétrica de 49.820 MWh/ano, equivalente ao consumo médio de 26.785 residências.

Mas para contribuir não é necessário esperar que organizações não governamentais ou empresas estatais realizem programas de incentivo. A ação pode começar dentro de casa, de forma quase silenciosa. Um exemplo é optar por lâmpadas compactas fluorecentes, que pode economizar 80% de energia em relação a convencional, proporcionando uma economia de R$ 60 a R$ 120 na conta. O chuveiro é um dos principais vilões caseiros. Ele consome entre 25% a 30% do gasto de eletricidade de uma residência apresentando um consumo médio mensal de 120kWh, equivalente a 1,06 quilos de dióxido de carbono enviados para a camada de ozônio. Para reduzirmos o consumo, é necessário a diminuição no tempo de uso e o consumo consciente da água, fechando o registro quando for ensaboar, além de optar por banhos frios durante o verão.

Outras formas de desperdiço de energia se dão pelo mau uso dos aparelhos eletrônicos. O dispositivo stand-bay caracterizado pelo controle remoto presente em DVD's, TV's, sistemas de som e outros equipamentos é responsável pelo consumo de 25% de energia do aparelho e para não desperdiçar, desligá-los é sempre a melhor opção, valendo também para computadores e monitores de vídeo.

ALTERNATIVAS VERDES - Quando compramos um produto, estamos levando junto todo ciclo de produção do mesmo, e em todo seu processo de fabricação, ele consome energia. Uma alternativa de consumo consciente é optar por produtos fabricados por empresas que se preocupam com a redução de energia e/ou que trabalhem com energias alternativas. Uma outra opção é escolher produtos com o selo do PROCEL, que garante
a economia doméstica.

“Assoviar e chupar cana”, famoso ditado popular referente a não realizar duas ações ao mesmo tempo pode “cair por água abaixo”. Brincadeiras à parte uma das principais fontes de energia alternativa está sendo encontrada nas lavouras. Um exemplo é a cana de açúcar que além de gerar energia para o consumidor através do seu caldo é também responsável pela produção de etanol cujo consumo no país foi de 20,1 bilhões de litros, produzindo conseqüentemente um aumento nas safras com a produção de 495 milhões de toneladas. O etanol pode servir para o consumo de combustível (biodisel), porém é mais conhecido através da sua utilização como solvente em processos industriais, anti-séptico, conservante, componente de diversas bebidas alcoólicas, em desinfetantes domésticos e hospitalares, e também, solvente de fármacos importantes.

Outra forma energética retirada da lavoura é a produção do óleo do dendê gerando combustível e energia. Do dendê é possível extrair dois tipos de óleo. O óleo de dendê ou de palma que é extraído da polpa (utilizado também para o biodisel) e o óleo de palmiste (utilizado principalmente pela indústria farmacêutica e de cosméticos) que é extraído da semente.

Diferente do petróleo, essas formas de energias são renováveis e se plantadas de forma racional elas garantem menos agressão ao ambiente. Já estão em fase de implantação no Brasil e existe ainda, uma outra fonte de combustível que não é derivada do petróleo. Estamos falando do Gás Natural Veicular (GNV), conhecido como combustível do futuro e por queimar muito pouco monóxido de carbono é considerado o melhor combustível para veículos. Para os motoristas conscientes, a melhor opção é escolher carros que disponibilizam sistemas de GNV.
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