Acredite, no Brasil se desperdiça
cerca de R$ 10 bilhões por ano em petróleo, eletricidade e gás natural. O dado
é da Associação Brasileira de Conservação de Energia (ABESCO) e serve como
alerta para o mau uso da energia. O desperdício está espalhado por todas as
esferas econômicas, sendo o comércio o responsável pela perda de 30%, a
indústria com 15% e o campeão é o setor público com uma perda de 45%. No país
pouco se fala do consumo consciente de energia através de alternativas
econômicas e ambientalmente corretas, mas ações individuais podem refletir na
diminuição de dióxido de carbono (CO2) emitido na atmosfera.
O dióxido de carbono é um gás
completamente tóxico e um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.
Esse gás é encontrado no carvão e petróleo e em seus derivados, e utilizá-los
de forma exagerada ou errada contribui para a formação do efeito estufa. Com o
aumento da população e com o excesso de uso dos gases poluentes (dióxido de
carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) o planeta pede
ajuda.
CONSUMO RESIDENCIAL – Em 2007 o
consumo de energia do Nordeste cresceu, chegando a superar o Sudeste do país
que mantinha por longos anos o título de maior consumidora de energia elétrica.
O responsável por esse aumento é o Programa Luz para Todos, iniciativa do
Governo Federal através do Ministério de Minas e Energia atendendo em todo
Brasil, 8.237.560 pessoas. Com o fornecimento de energia para regiões onde
antes não se sabia o significado da televisão, houve um aumento de 44% de venda
dos aparelhos e, conseqüentemente, um aumento na utilização da energia.
Além de levar eletricidade para
onde não existia, o Luz para Todos juntamente com o Programa Nacional de
Conservação de Energia Elétrica – PROCEL – levam políticas públicas
direcionadas para o uso consciente dos novos consumidores atuando através de
diversos programas de forma significativa. No nordeste, por exemplo, o projeto
de melhoria na iluminação pública municipal garante uma redução de 11.754 kW
gerando uma economia no consumo de energia elétrica de 49.820 MWh/ano,
equivalente ao consumo médio de 26.785 residências.
Mas para contribuir não é
necessário esperar que organizações não governamentais ou empresas estatais
realizem programas de incentivo. A ação pode começar dentro de casa, de forma
quase silenciosa. Um exemplo é optar por lâmpadas compactas fluorecentes, que
pode economizar 80% de energia em relação a convencional, proporcionando uma
economia de R$ 60 a R$ 120 na conta. O chuveiro é um dos principais vilões
caseiros. Ele consome entre 25% a 30% do gasto de eletricidade de uma
residência apresentando um consumo médio mensal de 120kWh, equivalente a 1,06
quilos de dióxido de carbono enviados para a camada de ozônio. Para reduzirmos
o consumo, é necessário a diminuição no tempo de uso e o consumo consciente da
água, fechando o registro quando for ensaboar, além de optar por banhos frios
durante o verão.
Outras formas de desperdiço de
energia se dão pelo mau uso dos aparelhos eletrônicos. O dispositivo stand-bay
caracterizado pelo controle remoto presente em DVD's, TV's, sistemas de som e
outros equipamentos é responsável pelo consumo de 25% de energia do aparelho e
para não desperdiçar, desligá-los é sempre a melhor opção, valendo também para
computadores e monitores de vídeo.
ALTERNATIVAS VERDES - Quando
compramos um produto, estamos levando junto todo ciclo de produção do mesmo, e
em todo seu processo de fabricação, ele consome energia. Uma alternativa de
consumo consciente é optar por produtos fabricados por empresas que se
preocupam com a redução de energia e/ou que trabalhem com energias
alternativas. Uma outra opção é escolher produtos com o selo do PROCEL, que
garante
a economia doméstica.
“Assoviar e chupar cana”, famoso
ditado popular referente a não realizar duas ações ao mesmo tempo pode “cair
por água abaixo”. Brincadeiras à parte uma das principais fontes de energia
alternativa está sendo encontrada nas lavouras. Um exemplo é a cana de açúcar
que além de gerar energia para o consumidor através do seu caldo é também
responsável pela produção de etanol cujo consumo no país foi de 20,1 bilhões de
litros, produzindo conseqüentemente um aumento nas safras com a produção de 495
milhões de toneladas. O etanol pode servir para o consumo de combustível
(biodisel), porém é mais conhecido através da sua utilização como solvente em
processos industriais, anti-séptico, conservante, componente de diversas
bebidas alcoólicas, em desinfetantes domésticos e hospitalares, e também,
solvente de fármacos importantes.
Outra forma energética retirada
da lavoura é a produção do óleo do dendê gerando combustível e energia. Do
dendê é possível extrair dois tipos de óleo. O óleo de dendê ou de palma que é
extraído da polpa (utilizado também para o biodisel) e o óleo de palmiste
(utilizado principalmente pela indústria farmacêutica e de cosméticos) que é
extraído da semente.
Diferente do petróleo, essas
formas de energias são renováveis e se plantadas de forma racional elas
garantem menos agressão ao ambiente. Já estão em fase de implantação no Brasil
e existe ainda, uma outra fonte de combustível que não é derivada do petróleo.
Estamos falando do Gás Natural Veicular (GNV), conhecido como combustível do
futuro e por queimar muito pouco monóxido de carbono é considerado o melhor
combustível para veículos. Para os motoristas conscientes, a melhor opção é
escolher carros que disponibilizam sistemas de GNV.
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