A cidade comemora hoje 464 anos de fundação e suas características têm muito da natureza do seu signo, que é o fogo. Pelo dia, mês e ano da fundação da cidade sabemos que vivemos num pedaço de terra relacionado com Áries, o primeiro signo do zodíaco, baseado com o nascimento. Salvador tem muito da natureza do seu signo, que é fogo. Aqui há um movimento grande de energia e as coisas têm uma tendência à instabilidade. Nada é duradouro.
No mapa astral da cidade se
constata que as coisas nesse território crescem e desaparecem com a mesma
rapidez. Diferente do que vemos em outras cidades, onde há uma tendência em se
conservar o que foi realizado. Convivemos com um espírito de destruição. E
isso, segundo os astrólogos, estaria relacionado ao planeta Marte, ligado a
Áries.
A influência de Marte sobre nós
habitante é de ímpeto com muita agressividade. Isso vale também para o ritmo de
Salvador. As coisas em nossa terra não acontecem por acaso. Sob o signo de
Áries, a cidade está ligada à primavera, que também representa nascimento. Como
as flores, as realizações em Salvador surgem, crescem, embelezam e acabam.
Nesse movimento astral, que influencia todos n[os seres humanos aqui na terra,
os governantes e a população precisam se unir para trabalhar no sentido de
conservar o que é feito em Salvador. O descompromisso das metas a serem
alcançadas recai, sobretudo, sobre os governantes e o poder público.
DIZIMADOS – Doze mil anos antes
da chegada dos portugueses, os povos originários, chamados de índios pelos
portugueses, foram à quase dizimação num curto intervalo de cerca de um século,
o XVI. Mas o espírito festivo e alegre dos índios, que gostavam de cantar e
dançar em grandes rodas, é um traço característico dos soteropolitanos. A cidade
surgiu e para proteger os lucros do rei de Portugal, dom João III.
A cidade do Salvador nasceu mais
fortaleza do que cidade protegida pelos baluartes de São Jorge, São Tomé e São
Tiago, em direção ao mar, parte vulnerável a invasões.
Salvador figurava, no final do
século XVII, como importante sede da América. Com o declínio do açúcar, o poder
muda de cidade. Salvador é substituída pelo Rio de Janeiro no posto de capital
da mais importante colônia lusitana. Durante o período colonial, Salvador
passou por vários acontecimentos alegres, mas também trágicos acometeram sua
população – a falta de higiene e saneamento foram as principais causas das
epidemias frequentes até o século XVIII. O saneamento é um dos problemas em
muitas localidades e a invasão da dengue mostra como a cidade hoje continua
frágil.
Distorções sociais que marcaram
as relações entre indígenas, europeus e africanos, desde o século XVI, estão
presentes até hoje na cidade e são traço de sua identidade. Em Salvador há
bairros com a qualidade de vida de países desenvolvidos e outros iguais aos
piores índices da África. Mesmo com todas as dificuldades, desigualdades e
injustiças sociais, a geografia da cidade, com altos e baixos deixam ver
ângulos cheios de novidades e encantos. Esse povo de ascendência indígena,
africana e europeia é alegre, cordial e com vontade de viver. Uma alto estima
que o faz viver mesmo com todas as contradições. O futuro da cidade depende de
projeto e ações de todos.
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