Streeter-Phelps,
o
clássico
da
poluição
das
águas,
é
autor
de
uma
frase
inspiradora,
que
muito
justificadamente
vem
sendo
reproduzida
em
inúmeros
trabalhos
que
tratam
da
proteção
dos
rios:
“Um
rio
é
um
ser
vivo,
um
ser
dotado
de
energia,
de
movimento,
de
transformações.
Tal
como
o
sangue
que
circula
em
nossas
veias,
o
rio
contém
células
que
nutrem
e
que
respiram
oxigênio.
Em
sua
infância,
é
leve
e
irrequieto,
como
qualquer
criança
ou
animal
novo:
corre,
salta,
ora
atirando-se
de
grandes
alturas,
ora
cascateando
ruidosamente
por
entre
os
seixos,
ora
descansando,
ofegante,
em
seu
leito”.
“Seu aspecto é sadio e límpido, irradiando pureza; seu corpo é
fresco como o orvalho da manhã; sua cor é o puro azul do céu
refletido. Depois cresce. Suas águas se avolumam. Torna-se majestoso
e tranquilo. Viaja. Percorre grandes planícies, profundos vales,
circunda montanhas, salta perigosos penhascos. Conhece o homem.
Avizinha-se de suas cidades, trabalha para ele – move seus
engenhos, transporta suas embarcações, dessedenta-lhe os rebanhos e
as plantações, oferece-lhe seus peixes e prova o sabor amargo de
sua ingratidão”.
PATRIMÔNIO
- Àgua grande é o nome batizado pelos índios nativos. Vaidoso,
também respondia por mar grande e grande rio. O Paraguassu é, de
fato, extenso, luxuriante desde a sua nascente diamantífera no Morro
do Ouro, na Chapada Diamantina, mas, principalmente, quando muda de
direção e parte para banhar as cidades históricas de Maragogipe,
São Félix e Cachoeira, numa corrida sedutora em direção à Baia
de Todos os Santos.
Durante a
viagem, o rio refresca as margens de onde se descortina um rico
acervo arquitetônico que inclui a casa grande da antiga Fazenda São
Roque, o Engenho da Vitória, o Fortim do Salamina, a Capela de Nossa
Senhora da Penha e as ruínas do convento, igreja e hospital de São
Francisco de Paraguassu. Mas não é apenas a natureza e a
arquitetura. Em cada uma das cidades por onde passa, o rio
genuinamente baiano empresta inspiração para o samba de roda, as
orações das damas da Irmandade de Boa Morte e ainda dá gosto nas
palhas da mandioca que engrossam os pratos suculentos de maniçoba. É
esse roteiro cultural que o Instituto do Patrimônio Artístico e
Histórico Nacional (Iphan) quer tornar patrimônio da humanidade.
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