Na década de 1950 os
quadrinhos de super-herois entraram em baixa e as editoras investiram em outros
gêneros, inclusive faroeste. Foi nessa época que a Marvel criou o cowboy
Rawhide Kid (no Brasil, publicado coo Billy Blue), que fez relativo sucesso até
cair no esquecimento poucos anos depois. Com a chegada de Joe Quesada à direção
da Marvel, trouxeram o cowboy de volta, mas com uma nova roupagem. O personagem
perdeu o ar de homem durão do velho oeste e adotou atitudes de um homossexual
estereotipado. Rawhide Kid levantou muita polêmica com sua volta, em 2003. A
editora tirou o personagem do ostracismo, mas também do armário. Na minissérie
Slap Leather (algo como Tapa no couro), publicada pelo selo Marvel Max, o herói
é apresentado como homossexual. O personagem da década de 1950 tinha jeito de
mau e era durão e bom de briga. Anos depois é retratado bem afeminado. Isso
tudo antes de O Segredo de Brokeback Mountain virar sucesso nos cinemas.
Criado em 1955 por Stan
Lee e Bob Brown, a personagem era conhecido por sua timidez com as garotas, mas
nunca tinha sido abordado desta forma. Billy Blue, como é conhecido no Brasil,
teve série própria com mais de 150 edições entre 1960 e 1979, e apareceu
esporadicamente em outras publicações da Marvel, incluindo as recentes mini-séries
western Blaze of glory e Apache skies, de John Ostrander e Leonardo Manco,
junto com outros velhos caubóis da Marvel. Nas duas, era heterossexual
convicto.
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