Criado pelo roteirista René Goscinny
(1926-1977) e pelo desenhista Albert Uderzo (nascido em 1927), as aventuras de
Asterix pelo mundo antigo foram sucesso imediato, tornando-se uma das BDs
(sigla de bande dessinée que, em tradução literal significa “tira desenhada”
ou, na tradução mais correta, simplesmente histórias em quadrinhos) mais
famosas do mundo. O primeiro álbum, publicado em 1961 (Asterix, o Gaulês,
contendo material dos números 1 a 38 da Pilote), vendeu 6 mil cópias na França
à época de seu lançamento. O segundo álbum, A Foice de Ouro, publicado em 1962,
vendeu 20 mil cópias. Só aí, com a triplicação das vendas em apenas um ano na
década de 60, é possível notar o quão influente a obra da dupla Goscinny/Uderzo
seria. E não deu outra. O nono álbum, Asterix e os Normandos, de 1967, vendeu
impressionantes 1,2 milhões de cópias não durante o ano de seu lançamento, mas
em apenas dois dias.
Criado em 1959 na revista Pilote como
insulto aos livros escolares que contavam as glórias dos gauleses, “antigos
franceses”. E acabou adotado como material didático. De insulto, o personagem
passou a identidade nacional. Unindo aulas de história com muito humor, os até
agora 37 álbuns de Asterix, o Gaulês são um verdadeiro tesouro dos quadrinhos
que precisam ser explorados e devorados por todos, além das adaptações para TV
e cinema. Além das histórias serem muito boas, elas representavam um sentimento
nacional francês. Na década de 1950 o país perdia sua importância para a nova
potência mundial, os EUA e Asterix acabou se tornando símbolo da resistência
cultural francesa.
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