Localizado ao norte da Chapada
Diamantina, a 368 km de Salvador, o município de Miguel Calmon esbanja
exuberantes belezas naturais que fazem do local uma excelente opção de turismo
e lazer. A região é farta em canyons e
cachoeiras, ou seja, um “prato cheio” para os amantes do turismo de aventura. A
cidade também abriga o Parque das Sete Passagens, um verdadeiro oásis em pleno
semi-árido. Nesta terça, 06 de agosto, Miguel Calmon comemora 95 anos de
autonomia política.
O Parque é embelezado por dezenas
de serras verdejantes, entrecortadas por vales, um espetáculo da natureza que
vale a pena desde a aventura em chegar até a forma selvagem e pouco explorada
em que este se encontra. Com mais de 2.820 hectares, o parque alia a riqueza da
fauna e da flora da região com uma estrutura de área para camping, quiosques,
churrasqueiras, espaço para piqueniques e uma bica. Dentro do espaço, o
visitante encontra mais de 15 cachoeiras, de diversos tamanhos e formatos,
propícias para quem curte roteiros de ecoturismo e turismo de aventura. Macaco
guariba, guigó, quati, tamanduá-mirim, gavião, beija-flor, nambu, codorna,
seriema, irara, macaco prego do papo amarelo, espécie ameaçada de extinção, são
algumas das muitas espécies que compõem a fauna do parque, que tem como ave
símbolo da região a bela e misteriosa araponga.
Outra atração turística da
localidade: Mocambo, próximo à gruta localizada no distrito de Itapura estão
guardados os tesouros arqueológicos deixados pelos povos primitivos que
habitaram essa região. As relíquias pré-históricas estão registradas nas
pinturas rupestres feitas sobre as formações rochosas.
A culinária local é baseada nos
pratos típicos da região, como cuscuz, beiju, banana assada, avoador, sequilho,
biscoito de leite, aipim, galinha caipira com pirão, maxixe com nata, cabeça de
carneiro, cozido de bode, feijão tropeiro, quiabada, carne do sol com pirão de
leite, buchada e mocotó. Assim, o município de Miguel Calmon se apresenta com
forte atrativo turístico na área de eventos com uma tradicional festa de São
João que atrai um grande número de turistas de todos os estados e a Cavalgada,
considerada uma das maiores do Estado.
Até princípio do século XX,
Miguel Calmon era uma simples fazenda. Hoje, é uma cidade que preserva boa
parte do seu patrimônio histórico, inclusive cerâmicas fabricadas pelos
primeiros habitantes da região, os índios Payayazes, do grupo dos Cariris, uma
tribo pacífica que vivia na região entre Jacobina e o Vale do Paraguaçu
ocupando um belo pedaço da Bahia. Os silvícolas da região tinham como principal
atividade a cerâmica.
A atual Miguel Calmon originou-se
da Fazenda Canabrava, uma área de 170 léguas que começou a ser vendida em
partes, a partir de 1810. Em 1812, as primeiras famílias vindas de Jacobina
chegaram para habitar a região e, aproveitando a boa qualidade das terras,
fizeram o cultivo de milho, feijão, mandioca, café e, posteriormente,
cana-de-açúcar e gado.
Miguel Calmon localiza-se na microrregião
da encosta da Chapada Diamantina, incluída totalmente no polígono da seca. Faz
limites, ao sul, com o Rio Jacuípe que a separa de Piritiba, ao Norte, Jacobina
e ao Oeste, Morro do Chapéu e Jacobina.
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