04 novembro 2014

Violencia (3)



Vemos violência e corrupção crescerem ao redor. São enormes chagas do nosso tempo. Como
superá-las. A única saída é pela Educação, pela assimilação, pela incorporação de valores.

Habituamo-nos a conviver com roubos e corrupções. O desrespeito pela pessoa humana banalizou-se. O Brasil está imerso numa profunda crise moral. Fingir que não se vê poderá considerar-se corrupção moral passiva. Platão nos avisava, é curta a distância entre a corrupção moral e a tirania.

Quando o time de futebol perde, o brasileiro reclama, vai ao aeroporto de madrugada, para xingar os atletas.

Por que não exige a reforma política, o acabar de aposentadorias milionárias, a pressão de políticos corruptos? Vivemos numa sociedade enferma de uma total inversão de valores.

Temos uma cultura de impunidade, suborno, da conhecida Lei de Gerson, levar vantagem em tudo. O povo quer uma carga tributária aliviada, parlamentares com salários menos astronômicos e deixar de legislar em seu favor, cessar aposentadorias fantasmas no Congresso e no Judiciário.

A compra de parlamentares para ampliar a base de sustentação política no Congresso é antiga.

Os ditadores (com capa de democratas) querem ficar no poder pela eternidade. Se muitos reclamam dos vândalos misturados no movimento dos jovens que pedem mudanças (esses vândalos cometem assaltos e homicídios colocando o Brasil entre os países mais violentos do planeta), há vândalos também nos altos escalões públicos, praticando saques contra o erário acobertado pela impunidade.

Afinal, eles tem imunidade parlamentar.

O poeta Carlos Drummond de Andrade já  
anunciava:

“Provisoriamente não cantaremos o amor/que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos/cantaremos o medo, que esteriliza os abraços/existe apenas o medo., nosso pai e nosso companheiro”.

Lembrem-se que Dignidade era o nome de um dos campos de concentração da ditadura chilena, e Liberdade era o nome da maior prisão da ditadura uruguaia.

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