Que tipo
de cidadão o Brasil
quer ter? Até hoje
nunca tratou a educação
básica como investimento
indispensável a qualquer
país que pretenda um
lugar no mundo moderno.
Atualmente, mais do
que nunca, a educação
é decisiva para construir
uma economia próspera e
uma democracia participativa,
fundada no pacto
dos cidadãos.
Hoje, as
formas de produção pedem
trabalhadores com habilidades
técnicas superiores
à medida quea
inovação tecnológica
sai dos laboratórios
de pesquisa e desenvolvimento
para o chão das
fábricas. Os países
que possui modelos econômicos
baseados no uso
intensivo de mão
de obra barata e
não qualificada estão
esfacelados. Assim, a
educação fundamental
(ensino universalizado)
virou condição prevalente
do desenvolvimento econômico.
A palavra
educação vem do
latim ex +
ducare, ou seja,
“trazer para fora”.
A pessoa bem educada,
portanto, foi aquela
a quem deram a
oportunidade de trazer
para fora o que
ela tinha de melhor
para trocar com o
mundo.
A educação
chegou no Brasil trazida
pelos jesuítas e impregnada
de Contra Reforma e
sofreu um rude golpe
com as reformas do
marquês de Pombal
(secretário português
de Negócios Estrangeiros).
Ele substituiu na colônia
os jesuítas por leigos
mal remunerados e
completamente despreparados.
Assim, nossos problemas
educacionais começaram
nos séculos XVIII e
XIX a ficar ainda
mais parecidos com os
de hoje.
A educação
nunca foi prioridade.
Há mais de 60
anos o país apoia
sua política em estatísticas
equivocadas para ajudar
a transformar o
problema da educação
em moeda de barganha
eleitoreira. Até quando?
Educação
de qualidade
A Emenda Constitucional nº 59, de 11 de
novembro de 2009, declara: "Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4
aos 17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os
que a ela não tiveram acesso na idade própria". A Constituição de 1988 deu
aos municípios poder de execução das políticas públicas, desse modo, a educação
passou a ser uma das responsabilidades do município.
Oferecer educação a todos os munícipes
conforme a EC 59 em si, não cumpre o que a lei propõe, uma vez que é necessário
perceber que há de ser assegurado, além da oferta, qualidade na educação. Para
que esta oferta seja de ótima qualidade, o gestor e sua equipe técnica devem
compreender, por exemplo, a diferença entre ensino e educação. O primeiro
envolve apenas atividades didáticas com o fim de dar ao aluno a compreensão,
conhecimento das matérias estudadas.
Educação vai além, ela entrega
conhecimento em uma totalidade que envolve cidadania e ética,
reflexão sobre as
diversidades culturais, entre outras. Desta forma é possível listar certas
condições para alcançar este alvo: Organização inovadora, aberta, dinâmica,
projeto pedagógico participativo, docentes bem preparados intelectual,
emocional, comunicacional e eticamente, bem remunerados, motivados e com boas
condições profissionais.
Relação efetiva entre professores e
alunos que permita conhecê-los, acompanhá-los, orientá-los, infraestrutura
adequada, atualizada, confortável, tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas,
alunos motivados, preparados intelectual e emocionalmente, com capacidade de
gerenciamento pessoal e grupal.
O problema da qualidade da educação
brasileira apresenta-se de forma clara a partir dos dados do Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal de 2013, (IDHM), a educação ficou abaixo dos
outros sub índices, saúde e renda. Alguns pesquisadores apresentam este como o
principal problema da educação brasileira.
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