1937 (EUA) – Patolino. O
personagem apareceu pela primeira vez no cartoon “Porky’s Duck Hunt”, de Tex
Avery. Em seguida, ele figurou nas séries Merrie Melodies e Looney Tunes.
Apenas um biruta irritante nos anos 40, o personagem evoluiu para se tornar o
rival de Pernalonga e Hortelino Trocaletras nos anos 50. E quando foi lançado o
cartoon “Duck Amuck”, Chuck Jones transformou Patolino num ególatra frustrado.
Outros diretores, como Robert McKimson e Friz Freleng, também aprontaram com o
pato, colocando-o em diversos papéis inusitados.
1938 (EUA) - Pernalonga
(Bugs Bunny). A personagem começou a ser desenhado na Warner Cartoons sem nome
definido. Ele era apenas um coelho maluco. Dois anos mais tarde, com a
realização de “A wild hare”, Pernalonga mostrou suas verdadeiras qualidades:
impetuoso, mas
tranquilo, inteligente e cheio de piadas para deixar seus
coadjuvantes enlouquecidos e a plateia às gargalhadas. Nada melhor para
esquecer os horrores e traumas da Segunda Guerra do que um desenho que fugia
completamente à realidade e um coelho que debochava de tudo, saindo sempre por
cima de qualquer situação. Foi nessa época que ele passou para o primeiro lugar
no ranking do gênero, batendo o sucesso dos desenhos concorrente da Walt
Disney. Era o coelho cheio de autoconfiança, que mudava o mundo em função de
suas próprias vontades. O sucesso de “A wild hair” foi tanto junto ao público
que a Warner precisou batizar imediatamente e deixar o coelho ganhar vida
própria. Foram 160 curtas e cinco longas, além de uma série na Tv que vem sendo
apresentada, continuadamente, por mais de 40 anos.
Entre suas frases famosas, que
ele usa para debochar dos adversários, está “O que é que há, doutor?”. Esta já
fazia parte do primeiro filme e foi introduzida por Fred Tex Avery, que se
inspirou em lembranças da infância, passada no Texas. A sua displicente forma
de mastigar a cenoura é outra atitude engraçada, mas o beijo usado como insulto
(inspirado em Charles Chaplin) e outras referências cinematográficas, ainda
diverte as novas gerações.
1940 (EUA) – Tom & Jerry.
A famosa dupla surgiu no curta Puss Gets the Boot, estrelando um gato chamado
Jasper e um rato ainda sem nome. A partir dali, a idéia de um gato viver
perseguindo um rato começou a ser explorada. Mais tarde o gato passou a se
chamar Tom e o rato recebeu o nome de Jerry. Durante 18 anos, Hanna e Barbera
produziram cerca de 200 episódios de Tom & Jerry, com produção de Fred
Quimby. As perseguições eram acompanhadas de boa música, normalmente um jazz
tradicional ou uma big band. As armadilhas e maldades que cada um preparava
para o outro davam o toque final nessa relação de arqui-inimigos que existia
entre os dois. A série ganhou sete Oscars e Tom & Jerry chegaram a
contracenar com Gene Kelly e Esther Williams.
Com a popularização da
televisão, as coisas foram mudando e a
produção de desenhos para o cinema já não era um negócio tão seguro. Entre 1956
e 1957, Fred Quimby se aposentou, Hanna e Barbera decidiram produzir desenhos
animados para tv e a MGM fechou a sua divisão de desenhos animados. Tom &
Jerry ficou sem ter um episódio novo até o início da década de 60, época em que
a MGM decidiu trazer de volta a série de tanto sucesso. Desta vez, a produção
ficou a cargo de Gene Deitch. Foram 13 episódios entre 1961 a 1962.
A nova fase de Tom & Jerry
veio em 1963 com Chuck Jones, animador saído da Warner Brothers. Os personagens
foram remodelados. Tom e Jerry receberam um novo visual que se assemelhava mais
ao estilo de Pernalonga, mas seus episódios ainda traziam as mesmas brigas
entre gato e rato. Depois de 34 episódios, em 1967 a MGM decidiu novamente
parar de produzir a série. Essa pausa durou até 1975, quando a dupla Hanna e
Barbera resolveu tomar a frente de uma nova fase de Tom & Jerry. Desta vez,
as brigas e perseguições do gato e rato ficaram um pouco de lado, para juntos
resolverem mistérios e tramas nas aventuras. Com isso evitava as reclamações e
protestos de alguns grupos de pais mais radicais sobre violência no desenho
animado. Em 1989, surgia Tom & Jerry Kids estrelado pelos filhos da dupla
cinquentona, e nesta versão os filhotes perseguem um ao outro como seus pais o
faziam. Até hoje é fácil encontrar um canal de tevê que exibe os vários
episódios do gato perseguindo o rato.
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