Desenho animado é tudo de bom.
Muitos consideram diversão para crianças, mas na verdade, jovens e adultos se
deliciam com um bom desenho animado. E cada geração tem seu personagem
favorito. Esse trabalho começou a ser feito em 1980, sempre parando para dar
lugar as outras atividades. Voltei a acrescentar no ano de 2004 e parei de vez.
Listei alguns dos mais importantes e divertidos desenhos. A lista não está
completa, nem poderia pois é muito desenho produzido em diversas partes do
mundo. Mesmo assim, vale conferir alguns deles. Essa cronologia vai durar
alguns meses, então se prepare e boa leitura.(Gutemberg Cruz)
1919 (EUA) – Gato Félix. O
desenhista Otto Messmer cria o primeiro desenho animado a ter uma personalidade
própria: Gato Félix. Até então, os desenhos se resumiam a uma série de corridas
e
lutas. Mas Félix tinha um caráter distinto e seus próprios maneirismos –
costumava andar com as mãos atrás das costas quando tinha de resolver um
problema, uma mania do próprio Otto Messmer – e caráter. Ele pára, pensa,
tentar achar a solução de um problema. As plateias da época tornaram Gato Félix
um fenômeno de popularidade. Os filmes tinham, non-sense que encantava, onde os
pontos de interrogação que pairavam sobre a cabeça do pensativo Félix se
tornavam varas de pescar. Pat Sullivam o produtor, teve a esperteza de
registrar o personagem e comercializar a sua imagem em até 200 produtos. Félix
foi um ícone dos anos 20. Otto dirigiu 150 curtas preto-e-branco e desenhou
Feliz até 1928, quando foi desbancado pelos desenhos falados, e o gato começou
a perder terreno para o rato Mickey, de Walt Disney.
1929 (EUA) – Betty Boop. Ela
foi criada como uma caricatura das selvagens garotas “flapper”,
jovens
independentes que tentavam quebrar regras tradicionais, especialmente no
comportamento, maneira de se vestir e liberdade sexual. Combinando inocência e
ingenuidade com maturidade, Betty Boop tinha uma imagem de “menina-mulher”. Ela
nasceu nos estúdios Fleischer. Eles começaram a trabalhar em uma nova série
chamada “Talkartoons”, no episódio chamado Dizzy Dishes como uma cantora de
cabaré. A série era representada por cachorros e essa pré-Betty aparecia com
longas orelhas e um nariz preto ao lado de seu namorado, o cãozinho Bimbo, que
trabalhava como garçom. Em agosto de 1932 com “Stopping the Show” ela fez um
inesquecível topless. Seu desenhista era Grim Natwick que mais tarde foi o
responsável por dar vida a Branca de Neves, na Disney. O desenhista Natwick que
criou a personagem conta que sua ideia era fazer uma charmosa cadelinha de luxo
com um belo par de pernas. Seu penteado foi inspirado no da cantora Helen Kane,
muito popular nos anos 20. A cantora chegou a processar o Fleischer Studios e a
Paramount Pictures, em 1934, alegando que a personagem era uma deliberada
caricatura dela. Helen Kane, que então estava fora de moda, exigia US$ 250 mil
de indenização. O processo foi um tanto surreal, girando principalmente em
torno da frase “boop-oop-a-doop” (pronuncia-se bu-pu-pi-dú), que marcava a
personagem e que teria sido usado antes por Heklen Kabne.
Um elemento chave para o sucesso
da série, além do charme do desenho, era a trilha sonora. O jazz integrava suas
pequenas aventuras. Sua sensualidade causou escândalo nos anos 30. Seus filmes
chegaram a ser proibidos em Nova York. Hoje é reconhecida como a primeira
personagem de desenhos animados feminina. A batalha judicial contra Helen Kane
foi ganha, mas provocou a ira dos conservadores que exigiram mais pano em suas
roupas e mais moral em suas histórias. Max Fleischer, dono dos estúdios não
resistiu as pressão: a saia da personagem cresceu até ao joelho e o decote
sumiu. Bimbo seu parceiro das primeiras aventuras, foi substituído por Pudjy,
um inocente cachorro, parceiro para infantis aventuras domésticas. De cantora
de night club em respeitável dona da casa Bebby Boo não resistiu, perdeu o
charme e a série parou de ser produzida em 1939.
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