Estudos científicos identificaram as
substâncias responsáveis para iniciar o processo de atração
sexual: dopamina,
feniletilamina e ocitocina. Esses produtos químicos são todos relativamente
comuns no corpo humano e são encontrados apenas durante as fases iniciais do
flerte. Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova
Iorque, “os seres humanos são biologicamente programados para se sentirem
apaixonados durante 18 a 30 meses”, tempo suficiente para que o casal se
conheça. Copule e produza uma criança.
Com o tempo, o organismo vai se tornando
resistente aos efeitos da feniletilamina, e toda a “loucura” da paixão
desvanece gradualmente – a fase de atração não dura para sempre. O casal,
então, se vê frente a uma dicotomia: ou se separa ou habitua-se a manifestações
mais brandas de amor – companheirismo, afeto, e tolerância -, e permanece
junto.
A feniletilamina é uma molécula
(neurotransmissor) natural semelhante à afetamina e sua produção no cérebro é
desencadeada por eventos tão simples como uma troca de olhares ou um aperto de
mãos. Esta substância pode responder em grande parte, pelas sensações e
modificações fisiológicas que experimentamos quando estamos apaixonados.
Pesquisadores afirmam que exalamos
continuamente, pelos bilhões de poros na pele e até mesmo pelo hálito, produtos
químicos voláteis chamados feromônios. Assim como os animais, que se deixam
guiar pelo olfato durante o acasalamento, os seres humanos usam inconscientemente
este sentido no momento de escolher um parceiro. Assim, por meio dos feromonas
somos capazes de detectar o cheiro corporal dos demais e responder diante deste
estímulo.
O odor corporal é fortemente
influenciado pelo tipo de alimentação e influência nossas preferências por
certos aromas. Pessoas que gostam de comidas muito temperadas também preferem
fragrâncias fortes e penetrantes, como as que contêm patchuli, sândalo ou
gengibre. Aquelas que consomem mais laticínios
preferem florais, como lavanda e néroli (flor de laranjeira). Os
japoneses (alimentação baseada em peixes, verduras e arroz) são atraídos por
fragrâncias delicadas. E, enquanto os esquimós são tidos como tendo cheiro de
peixe e os africanos cheiro de amoníaco, o resto do mundo concorda que o cheiro
azedo dos europeus é o mais nauseante, dizem os pesquisadores.
Os sentidos humanos estimulam a paixão.
A visão é, provavelmente, a fonte de estimulação mais importante que existe. No
homem, existem numerosos estímulos visuais envolvidos na atração sexual, que
vão muito além da visão dos genitais do sexo oposto. A forma de mover-se, um
olhar, um gesto, inclusive a forma de vestir-se, são estímulos que podem
resultar mais atraentes que a contemplação pura e simples de um corpo nu. O
amor entra pelos olhos.
O uso de frases e canções amorosas
constitui uma das preliminares mais habituais n as sociedades humanas como meio
de solicitação sexual. Através da audição, uma frase erótica, sussurrada ao
ouvido, pode resultar tão incitadora quanto um bramido de elefante na imensidão
da selva. E não só as primeiras palavras, mas também os tons de voz deverão
responder aos padrões de saúde e genética desejados na escolha do (a) parceiro
(a).
O tato é outra preciosidade, a pelo com
a qual amamos. A superfície do corpo humano, com
aproximadamente dois metros
quadrados de extensão é, poderíamos dizer, o maior órgão sexual do homem. Mais
do que simplesmente um dos sentidos, o tato é a resultante de muitos
ingredientes: sensibilidades superficiais, profundas, vontade de explorar e
atividade motora, emoções, memória, imaginação. Existe cerca de cinco milhões
de receptores do tato na pele – as pontas dos dedos têm uns 3.000 que enviam
impulsos nervosos ao cérebro através da medula. O tato é o mais primitivo e
elementar dos sentidos.
A boca é a primeira fonte de prazer. Vai
da fase em que o bebê se amamenta através do mamilo da sua mãe até a fase
adulta, quando o paladar fica cada vez mais apurado. A língua é a base de todo
o paladar e a boca é uma das partes mais sensíveis do corpo e mais versáteis.
Um beijo combina os três sentidos de tato, paladar e olfato. Favorece o
aparelho circulatório, aumento de 70 paras 150 os batimentos do coração e
beneficia a oxigenação do sangue. Sem esquecer que o beijo estimula a liberação
de hormônios que causam bem-estar.
E quem pensa que o amor começa quando os
olhares se encontram está enganado. É um pouco mais embaixo, no nariz. Há
circuitos que vão do olfato ao cérebro e leva uma mensagem muito clara: sexo.
Os feromônios que falamos no início e exalam pelos bilhões de poros na pele
envolve nosso comportamento sexual e a marcação de território. Eles produzem
reações químicas que resultam em sensações prazerosas. Quando decidimos que
temos química com alguém, o mais provável é que estamos literalmente certos.
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