Da mistura do samba de raiz com a batida
africana nasceu o samba-reggae. Da união do samba-reggae com a mulher surgiu a
Didá. Fundada em 1993 pelo mestre Neguinho do Samba (1945-2009) – que também
foi o criador desse ritmo que marcou a Bahia no mapa do mundo -, a banda foi a
primeira de percussão formada apenas por mulheres, negras e humildes, dando a
elas os instrumentos necessários para sua reafirmação na sociedade. Conhecidas
como “Rainhas que tocam tambor”, as integrantes que formam a primeira banda só
de mulheres a tocar samba-reggae no mundo, a Didá, completaram em 2019, 25 anos
de história e contagiam com a mistura do samba de raiz e batida africana. Um
grupo de mulheres que tocavam tambores na sede do Instituto Didá decidiu se
apresentar em frente ao Mercado Modelo, em 1994. Foi assim, sem grandes
pretensões, que começou a história do bloco Didá. O samba-reggae das mulheres
fez tanto sucesso que elas foram convidadas, no mesmo ano, para abrir o
Carnaval de Salvador. Percebendo o potencial do grupo, o instituto Didá criou
um bloco afro de mulheres, desfilando até hoje pelas ruas da capital baiana.
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