O acervo das obras do artista plástico
Zofir Oliveira Brasil, encontra-se em instalações provisórias à Praça Largo do
Rosário, no centro histórico, em Rio de Contas, ao lado da prefeitura
municipal, cidade da Chapada Diamantina – BA. O artista utilizava sucatas para
a confecção de suas obras. Materiais muitas vezes tidos como imprestáveis por
muitas pessoas. Pedras, madeiras, raízes, pedaços de plástico, de metal,
isopor, cédulas, moedas em desuso, foram transformados, ganharam vida nova,
nasceram de novo nas peças criadas pelo artista. Além de materiais citados,
peças em papel machê, são vistas neste mesmo acervo. A literatura de Cordel
também faz parte da vida desse artista. Amante da natureza, natureza essa fonte
que lhe serviu de inspiração e foi por ele defendida. O acervo, quase sempre grandes instalações,
objetos feitos de dezenas de outros objetos descartáveis. As peças, lúdicas e
interativas, são feitas para dialogar com o espectador. Feitas, também, para
diverti-lo. A Mula-sem-Cabeça tem rosto, sim, mas corpo e pescoço são uma coisa
só. Frutos que Pecaram reúne notas bancárias de diversos governos brasileiros,
de J.K. ao final do ciclo militar. Quadro das Chaves é uma colagem com chaves
envelhecidas que não abrem mais porta alguma; são dezenas e dezenas delas,
verdadeiro labirinto borgiano. Cuidado com sua Língua é uma língua enorme que
adverte: se não tomar cuidado, fica desse tamanho. Negro, nascido em uma
família carente de Ituaçu, Bahia, em 1926, Zofir Oliveira criou uma obra de um
humor cáustico com as sobras dos objetos que encontrava.
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