31 março 2011

O ano é das matas

O ano de 2010 foi da biodiversidade. 2011 é o ano das florestas. Mais que uma homenagem, o objetivo da Organização das Nações Unidas (ONU) é lembrar ao mundo a importância que as matas têm para a sobrevivência de todo tipo de vida. Inserir como pauta prioritária na agenda de governos e da população mundial a preservação do patrimônio natural, propagando a ideia de que ela é essencial para a manutenção de toda a vida no planeta, o combate às mudanças climáticas e a sustentação da economia global.


Hoje, restam no mundo pouco mais de 20% da cobertura florestal original. Números da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) revelam que, de 2000 a 2010, a cada ano, globalmente, 13 milhões de hectares desses remanescentes foram convertidos para outros usos. No Brasil, que está entre os cinco países que mais detêm florestas, a perda chegou a 2,6 milhões de hectares anuais. As taxas são menores do que os 16 milhões mundiais e 2,9 milhões nacionais perdidos a cada ano nos anos 1990, mas ainda são assustadoras pelos impactos e perdas a elas associados.

Nos últimos anos, surgiram diversas alternativas que inserem indivíduos e iniciativa privada em ações de proteção à biodiversidade que beneficiam toda a sociedade. O Brasil dispõe, por exemplo, de mecanismos inovadores de pagamentos de serviços ecossistêmicos, a exemplo do Projeto Oásis, que premia financeiramente proprietários particulares de terra em regiões de manancial de São Paulo e Apucarana (PR) por conservarem suas áreas naturais. A Certificação Life, surgida no Paraná e idealizada por um grupo de instituições não-governamentais e empresas, é outro exemplo.


E o Brasil ficará cada vez mais em evidência com os eventos como Florestas 2011, Década da Biodiversidade, convenções da ONU e da Rio+20 em 2012. Afinal, tem,os grande parte das riquezas naturais globais, incluindo a maior floresta tropical, a Amazônia.


Uma curiosidade: você sabia que o Pau Brasil é uma árvore excelente e simplesmente fundamental para a construção de violinos? Pois é, a madeira é perfeita para se fazer os arcos, “a alma do violino”. Desta forma, sem a árvore,m a música erudita seria totalmente diferente.


Debate sobre novo código florestal


O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP) vem ao sul da Bahia na próxima sexta-feira (01.04), a convite da Associação dos Produtores de Cacau (APC), para discutir com os agricultores da região o novo Código Florestal Brasileiro, do qual é o relator. O evento será realizado no auditório do Cepec, situado no quilômetro 22 da rodovia Ilhéus – Itabuna, a partir das 9 horas.


O projeto de lei de número 18.786/99 foi elaborado, segundo explica Aldo Rebelo, levando em conta a realidade de cada região produtora do país. Nas palestras que vem proferindo sobre o tema, o ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro de Estado, destaca que o Código é de 1965, mas vem sendo modificado por meio de resoluções, portarias e decretos ao longo do tempo, restando do texto original apenas o título.


Em recente evento promovido pela Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Aldo Rebelo ressaltou o fato de o Brasil ser o único país no mundo que ainda mantém o conceito de reserva legal. Ele disse que as regras para a preservação permanente que estão em vigor deixam na ilegalidade a grande maioria dos produtores agropecuários. Seu objetivo é promover uma reforma profunda para evitar que o setor caia na ilegalidade.


O debate terá como foco o sistema agro florestal cabruca. Para o presidente da APC, Henrique Almeida, este enfoque é extremamente importante para os produtores de cacau. “A cabruca é o sistema de produção que menos agride o meio ambiente, está consolidado há mais de 250 anos e é o grande responsável pela biodiversidade da mata atlântica do sul da Bahia”, ressalva. O evento conta com apoios da Ceplac, site Mercado Cacau e dos institutos Cabruca e Biofábrica de Cacau.

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