CINEMA
Para começar, um filme de 1926, Metrópolis, de Fritz Lang, baseado na obra “Thea von Harbu”. História passada no ano 2000, numa cidade dividida em duas classes distintas: os trabalhadores, que vivem no subsolo, e a elite, que vive na superfície, na luxúria. Quase toda a obra do canadense David Cronemberg, como Scanners (1981), onde relaciona as capacidades parapsicológicas, tais como a telepatia e telecineses; a paranóia via satélite de Videodrome (1983), onde um programa de tevê causa alucinações e tumores no cérebro. Há, também, o cult Liquid Sky (1983), de Slava Tsukerman, que maneja um aspecto da ficção científica que era tabu até o cyberpunk – as drogas sintéticas, criadas e produzidas por alta tecnologia.
Mathew Broderick vive um jovem que consegue penetrar no sistema de defesa norte-americano ao descobrir a palavra-chave de acesso ao computador que controla o sistema balístico do país. O filme é Jogos de Guerra (1983), dirigido por John Badham. James Cameron, um apaixonado por quadrinhos, dirige, em 1984, O Exterminador do Futuro, com Arnold Schwarzenegger no papel de um cyborg que retorna ao passado com o objetivo de exterminar uma mulher cuja vida teria grande importância no futuro. A atuação de Schwarzenegger é perfeita no papel do andróide exterminador. Na continuação desse filme O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final (1991), Arnold volta a encarnar o andróide, dessa vez em missão de justiça, para ajudar o futuro líder. O problema é que surge outro robô de uma linha mais avançada, de metal líquido, modelo T-1000 – com poder de mimetismo e praticamente indestrutível Com direção de Cameron, foi uma das produções mais cara da história do cinema (US$100 milhões) e mostrou um show de tecnologia.
Blade Runner (1982) é exemplar e todos os autores cyberpunk são unânimes em situar no filme de Ridley Scott algumas das inspirações mais constantes para o movimento. A fita é uma adaptação de um livro de Philip K.Dick. Um cult movie dos anos 80. Dois livros do mesmo K.Dick inspiraram a base do roteiro de O Vingador do Futuro (1990), dirigido pelo holandês Paul Verhoeven. Outros filmes: a transformação do policial em RobocopHardware – O Destruidor do Futuro (1990); o design do filme punk-aspocalíptico de Mad Max 2 (1981), de George Miller, e Batman (1989), de Tim Burton, que traz uma atmosfera dark do gibi de Frank Miller. (1987), dirigido por Verhoeven; o desenho Akira, do japonês Katsuhiro Otomo; o futuro tecnopsicodélico no filme de Richard Stanley,
QUADRINHOS
O mercado de quadrinhos já absorveu a linguagem da nova era. Em
Outra publicação da Epic, Interface, conta a história de uma mulher que entra no reino eletromagnético do computador, através de seus poderes psíquicos, de um modo impossível de ser detectado, como se fosse um vírus. Interface foi produzida por James D. Hudnall e Paul Johnson. Mas a nova onda da ficção científica chegou aos quadrinhos bem antes. Na década de 70, com as revistas Metal Hurlant e Heavy Metal, em quase todo o trabalho de Moebius, Philippe Druilett, Jean Pierre Dionet, e Farkas, alguns dos mais proeminentes artistas da França fundaram a seita dos Humanóides Associados e lançaram, em
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