12 julho 2022

Curiosidade dos quadrinhos (57): O movimento na Bahia

 

No dia 25 de setembro de 1968, a Bahia começou a participar do movimento de estudo das histórias em quadrinhos com a fundação do Clube da Editora Juvenil, assim denominado em homenagem aos primeiros gibis juvenis. Junto com alguns jovens resolvemos difundir o hábito de ler e analisar os quadrinhos no Brasil. Lançamos nossas pesquisas no fanzine Na Era dos Quadrinhos. Foram publicados 37 números: de julho de 1970 a julho de 1973, na sua primeira fase em mimeógrafo. Outra atividade do Clube era realizar exposições (1a Exposição de HQ no Salão Nobre do ICEIA, 1970 seguida da exposição Os Quadrinhos no Mundo na Bib. Central em 1971, Quadrinhos no Brasil em 1973 na Bib. Central, Quadrinhos na Bahia na Bib. Central em 1976, Quadrinhos na Imprensa Baiana no ICBA em 1977, Cartuns e Quadrinhos de Artistas Baianos na Bib. Central em 1977, 1o Salão de Humor da Bahia Ria, é uma Ordem! Na Galeria Eucatexpo,1978), palestras, seminários e debates nas escolas e bibliotecas.

 


Foi com o Na Era que surgiram as primeiras manifestações conscientes no sentido de se construir HQ autenticamente nacional - e popular. O quadrinho baiano tomou fôlego com o surgimento do tabloide A Coisa, do jornal Tribuna da Bahia. A Coisa foi um seguimento natural do Na Era e tinha como meta principal “uma maior valorização do autor brasileiro e em particular baiano”. “Pretendemos também – dizia o editorial -, divulgar e abrir novas perspectivas aos humoristas e desenhistas que ainda não tiveram oportunidade de publicar seus trabalhos”. Em pouco tempo o suplemento revelou novos cartunistas e desenhistas de quadrinhos.

 

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