21 janeiro 2021

Década do Oceano

 

Estamos na Década do Oceano. Começou agora em 2021 e vai até 2030, A proposta é da Organização das Nações Unidas (ONU) para que todos os países voltem atenção ao ecossistema marinho-costeiro para conscientizar a população global sobre a sua importância, assim como mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares.

Diplomatas, ambientalistas e cientistas esperam que nos próximos dez anos a humanidade aumente o conhecimento sobre as águas que cobrem 70% do planeta e proteja melhor essa imensidão, que absorve um terço do gás carbônico produzido pela atividade humana, retém o aquecimento global e serve à subsistência direta de bilhões de pessoas.


O relatório mundial sobre a ciência oceânica descobriu que a ciência oceanica é responsável por 0,04 a 4% dos gastos em pesquisa do mundo todo; entretanto os estudos dos oceanos vem se tornado uma tendência já que o oceano gera bem estar para humanidade armazenando carbono, produzindo oxigênio, estabilizando o clima e fornecendo recursos alimentares, minerais, energéticos, recreativos e culturais, a década dos oceanos foi idealizada para podermos usufruir desses serviços de maneira consciente e sem prejudicar o maior ecossistema do planeta terra.

                                             

Os oceanos têm papel importante na história da Terra. Foi dentro dele que a vida começou. Serviram de principal via para expansão dos horizontes da humanidade com o advento das grandes navegações. Os oceanos são o envoltório líquido que encobre o planeta Terra em 71% da sua superfície. E todos os organismos vivos são constituídos na maior proporção em peso de água.

 



Por recobrirem a maior parte da superfície terrestre, absorvem, redistribuem para a atmosfera ou refletem de volta para o espaço a maior parte da radiação solar, energia recebida do Sol pela Terra. Dessa forma, são também os principais responsáveis, com a atmosfera, que é nosso envoltório gasoso, pelo controle do clima.

                                   

Mares e oceanos foram utilizados pelo homem desde o início da nossa civilização primeiro como fonte de alimentos pela pesca artesanal ou coleta de moluscos e algas, depois como fonte de matérias-primas como sal, bromo, magnésio, calcário e, principalmente, como meio de transporte. Hoje o oceano é uma grande fonte de matérias para a indústria der alimentos e farmacêutico.

 




Fonte da vida e da morte, cenário da história, o mar sempre foi objeto de guerras e disputas. A história das grandes armadas, quase sempre às voltas com grandes batalhas, é mais ou menos conhecida, envolvendo Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda. O mar ainda tem se oferecido à contemplação e à inspiração artística, o que resultou na produção de valiosos monumentos históricos. Dois bons exemplos para ilustrar: Camões imortalizou os feitos singulares dos lusíadas. Sangue no mar de Camões, sal de lágrimas no mar de Fernando Pessoa.

 

 

VIDA - Oceanos são grandes extensões de água salgada que ocupam as depressões da superfície terrestre. Eles são importantes para o planeta, neles se originou a vida. Os oceanos são os grandes produtores de oxigênio (as microalgas oceânicas), regulam a temperatura da Terra, interferem na dinâmica atmosférica, caracterizam tipos climáticos. Além disso, a maior parte da população mundial mora junto ao litoral.

 

São cinco oceanos: Antártico, Atlântico, Pacífico, Ártico e Índico. O oceano Atlântico é considerado o mais importante por ser usado para a navegação e comércio de produtos entre a Europa e a América, principalmente a do Norte. O Pacífico é o maior dos oceanos, com 175 milhões de quilômetros quadrados.

 

Grande conhecedor das coisas do mar, Jacques Cousteau preocupou-se com a sua transformação em esgoto universal. Navios, petroleiros e plataformas a partir das quais se perfuram poços de petróleo inundam os mares e oceanos com seus detritos. Baleeiros e caçadores exterminam exterminam aos poucos várias espécies de fauna marinha. As indústrias lançam ao mar resíduos contendo chumbo, mercúrio, cádmio e outros elementos nocivos à fauna e flora marinhas – e, também, aos banhistas. Inventos (pulmão aquático ou aqualung), cientista, oceanógrafo, cineasta (O Mundo em Silêncio, O Mundo sem Sol), Cousteau dedicou mais der 40 anos à pesquisa submarina.

 

ESGOTADOS - Ninguém ignora que os recursos minerais existentes na superfície da Terra estão quase esgotados. Os governos tenderam a ver o mar como a solução para a carência futura, tentando assenhorear-se das riquezas nele contidas: na massa líquida, no assoalho dos oceanos (manganês) e em seu substrato sólido (petróleo, gás, etc).

 

Um número crescente de países estende o limite de seu mar territorial até 200 milhas da costa. Outras nações, interessadas em continuar explorando as riquezas contidas nesta faixa, não reconhecem esses limites. O debate em torno do mar territorial de 200 milhas tem feito com que não se levem em conta os recursos contidos no “mar de ninguém” e as discussões travadas a seu propósito.

 

O esgotamento das reservas terrestres de petróleo, gás e outros minérios, junto com o crescente temor de que as atividades agrícolas não bastam para as futuras necessidades de alimento, tem levado cada governo a tomar medidas para a proteção de seu litoral. A questão é saber quanto podemos subtrair do mar sem prejuízo de estoques existentes.

 

Há milhares de anos a Chapada Diamantina era uma praia e parte da região ficava no fundo do mar. O mais interessante é que os diamantes surgiram da ação da água sobre as rochas. Hoje os solos são arenosos e pouco profundos, e há uma grande quantidade de nascentes de diversos rios, o que ajuda na formação de cachoeiras e quedas d´água.

 

Desde a Antiguidade o peixe constitui o principal recurso natural extraído dos oceanos. Mas os peixes se distribuem de uma forma desigual por eles. Nas áreas em que os nutrientes das plantas são abundantes e é possível a fotossíntese, os mares chegam a produzir, num ano, até 60 quilos de peixes por 100 metros quadrados. Já em outras regiões, os nutrientes de que as plantas necessitam localizam-se abaixo da zona em que existe luz na quantidade requerida para a fotossíntese. Aí, as possibilidades de vida marinha são quase nulas.

 

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